sábado, 31 de maio de 2008

Hoje nasceu...



31 de Maio de 1819

Walt Whitman

Poeta americano




Artigos relacionados:
Biografia
Poemas: Sento-me e observo ; Separando a erva dos prados ; Sou o poeta do Corpo

Walt Whitman

Walt Whitman nasceu no dia 31 de Maio de 1819, em West Hills, Long Island. Criança solitária, era neto de camponeses e filho de um carpinteiro de Brooklyn, então uma simples aldeia dos arredores de Nova Iorque.
Exerceu várias profissões: tipógrafo, professor, jornalista, operário agrícola, enfermeiro, empregado de escritório...
Percorreu Nova Iorque ao lado de um cocheiro da Broadway, e aí, curioso de tudo, descobriu a multidão, o music-hall, o teatro popular e a ópera italiana. Leu Dante em plena floresta e a Ilíada a bordo, em pleno Atlântico. Recebeu a influência de Robert Owen, de Fanny Wright, de Ralph Waldo Emerson, e do movimento Quaker. Deu conferências, frequentou a boémia literária, o meio dos operários das docas. Desceu o Ohio e o Mississipi, contactou índios no mercado francês de Nova Orleães, teve breves e fogosos amores na Louisiana...
De regresso ao norte, em 1854, definiu num longo e permanentemente inacabado poema, aquilo que pretendia vir a ser a bandeira de um novo espírito. Sentindo-se na posse de novas verdades que queria comunicar ao mundo, em 1855 publicou, pagando a edição do seu próprio bolso, a primeira versão de Leaves of Grass (Folhas de Erva), oitocentos exemplares que na altura não conseguiu vender e que lhe valeram a maledicência e o repúdio da crítica: o tom era demasiado livre, demasiado novo, insuportável para a sensibilidade dominante. A obra introduzia o verso livre e dava tratamento poético a coisas quotidianas, como o progresso técnico ou o sexo. Esta primeira edição não mencionava o nome do autor e continha apenas 12 poemas e um prefácio.
A segunda edição (1856) já ostentava na capa o nome do seu autor e foi recebida com entusiasmo por poucos críticos, a grande maioria continuaria e repudiar a obra. Esta segunda edição tinha 32 poemas.
Em 1871 (depois de já ter publicado 5 edições de Leaves of Grass, a última já com 71 poemas) expôs os seus pontos de vista políticos no ensaio Democratic Vistas, que teve grande repercussão.
Durante anos, Leaves of Grass foi aumentando constantemente. Whitman cantou nele a natureza, o futuro, a democracia, os barcos de Brooklyn, os índios, as cidades, as estradas, os grandes espaços, a América...
Em 1873 uma doença vascular deixou-o parcialmente paralítico. Foi viver para Camden, Nova Jersey, com a família, continuando a escrever, sempre obcecado pela sua única obra (a sua edição definitiva, a nona, contém muitos milhares de poemas), até ao fim da vida. Provavelmente sem suspeitar do impacto que esta viria a ter no novo século que se aproximava.
Em fins de 1891 publicou essa última edição de “Leaves of Grass” e morreu poucos meses depois (em 26 de Março de 1892).
Cinco anos depois foi publicada a décima edição de Leaves of Grass, onde se juntaram os poemas póstumos "Old Age Echoes".
A influência de Walt Whitman, um corajoso experimentalista tanto na vida pessoal como na sua arte, tem sido imensa, quer na prática de muitos activistas sociais quer na obra de numerosos poetas e de outros escritores do século XX.
Revolucionário na forma e na temática da sua poesia, defendia a abolição da escravatura, os direitos da mulher, o amor livre e o desenvolvimento tecnológico.
Walt Whitman foi um dos maiores poetas da América e considerado um bardo ao serviço da democracia. Ninguém como ele até então tinha enaltecido, com versos soberbos, o regime dos Estados Unidos da América, além de ter iniciado a emancipação da literatura do seu país, acostumado a imitar os europeus.
O poeta exerceu um profundo e merecido fascínio em Fernando Pessoa (que lhe dedicou a «Saudação a Walt Whitman»).

I Sit and Look Out



I Sit and Look Out


I Sit and look out upon all the sorrows of the world, and upon all oppression and shame;
I hear secret convulsive sobs from young men, at anguish with themselves, remorseful after deeds done;
I see, in low life, the mother misused by her children, dying, neglected, gaunt, desperate;
I see the wife misused by her husband — I see the treacherous seducer of young women;
I mark the ranklings of jealousy and unrequited love, attempted to be hid — I see these sights on the earth;
I see the workings of battle, pestilence, tyranny — I see martyrs and prisoners;
I observe a famine at sea — I observe the sailors casting lots who shall be kill’d, to preserve the lives of the rest;
I observe the slights and degradations cast by arrogant persons upon laborers, the poor, and upon negroes, and the like;
All these — All the meanness and agony without end, I sitting, look out upon,
See, hear, and am silent.


Sento-me e observo

Sento-me e observo todos os sofrimentos do mundo, e toda a opressão e vergonha;
Ouço secretos e convulsivos soluços de rapazes, angustiados, cheios de remorsos após os actos cometidos;
Vejo a triste vida da mãe maltratada pelos seus filhos, morrendo, negligenciada, desolada, desesperada;
Vejo a esposa abusada pelo marido — vejo o pérfido sedutor de jovens mulheres;
Registo a raiva do ciúme e do amor não correspondido, que se tenta esconder — vejo estas visões na Terra;
Vejo o desenrolar das batalhas, peste, tirania — vejo mártires e prisioneiros;
Observo a fome no mar — observo os marinheiros sorteando quem será morto, para preservar a vida dos demais;
Observo o desprezo e a degradação lançados pelos arrogantes contra os operários, os pobres, e sobre os negros, e outros discriminados;
Tudo isto — toda a mesquinhez e agonia sem fim, sento-me, observo,
Vejo, ouço e fico em silêncio.

Walt Whitman

(versão para português de Inês Ramos)

Separando a erva dos prados

Separando a erva dos prados, aspirando o seu raro aroma,
Dela reclamo a espiritualidade,
Exijo o mais íntimo e abundante companheirismo entre os homens,
Peço que ergam as suas folhas as palavras, actos, seres,
Esse de límpidos ares, rudes, solares, frescos, férteis,
Esses que traçam o seu próprio caminho, erectos e livres avançando, conduzindo e não conduzidos,
Esses de indomável audácia, de doce e veemente carne sem mácula,
Esses que olham de frente, imperturbáveis, o rosto dos presidentes e governadores como se dissessem Quem és tu?
Esses de natural paixão, simples, nunca constrangidos, insubmissos,
Esses de dentro da América.

Walt Whitman
(tradução de José Agostinho Baptista)

Sou o poeta do Corpo

Sou o poeta do Corpo e sou o poeta da Alma,
As aventuras do Céu estão em mim e as penas do Inferno estão em mim,
As primeiras enxerto e reforço em mim mesmo, as últimas traduzo para uma nova língua.

Sou o poeta da mulher e do homem.
E digo que é tão grande ser mulher como ser homem.
E digo que não há nada maior que a mãe dos homens.

Canto o canto do crescimento ou do orgulho,
Já baixámos bastante a cabeça, já implorámos,
Provo que a medida é apenas desenvolvimento.

Já excedeste o resto? És o Presidente?
É uma ninharia, eles excederão isso e muito mais.
Eu sou o que caminha entre a crescente e terna noite,
Convoco a terra e o mar meio abraçado pela noite.

Aperta-me, noite, no teu peito nu — aperta-me, noite magnética e abundante!
Noite silenciosa e sonolenta — louca e nua noite de Verão!

Sorri, oh voluptuosa terra fresca!
Terra das árvores adormecidas e cintilantes!
Terra do sol-posto — terra das montanhas cobertas de névoa!
Terra do fluir vítreo da lua cheia e azul!
Terra de luz e sombra derramadas sobre a maré do rio!
Terra de límpidas nuvens pálidas resplandecendo para mim!
Terra de braços arrebatados ao longe - rica terra de macieiras em flor!
Sorri, que aí vem o teu amante.

Pródiga, deste-me amor — e assim te dou amor!
Oh, indizível e apaixonado amor.

Walt Whitman
(tradução de José Agostinho Baptista)
Sábado, 31 de Maio:

16:00H: Sessão de Autógrafos com Sofia Pinto Correia Melo
Espaço Quasi Edições

16:00H: ATÉ AO INFINITO - Sessão de apresentação da obra poética de Glória Machado.
Coordenação da sessão e breve reflexão sobre a obra e autora por Ângelo Rodrigues. Apresentação da obra pelo crítico literário von Trina. Leitura de dois poemas da obra por Fernando Coelho. Momento musical por João Núncio (guitarra).
Auditório Principal - APEL

17:30H: Sessão de Autógrafos com Ângelo Rodrigues
Pavilhão da Editorial Minerva
Sábado, 31 de Maio:

15:30H: Sessão de Autógrafos com Albano Martins
Espaço Quasi Edições

17:00H: Sessão de autógrafos com Pedro Sena-Lino
Porto Editora - Workshop
Auditório

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Hoje, 30 de Maio:

16:00H: Sessão de Autógrafos com Daniel Maia-Pinto Rodrigues
Espaço Quasi Edições
Hoje, 30 de Maio:

18:00H: Sessão de Autógrafos com Manuel Alegre
Espaço 1 - Dom Quixote
18:00H: Sessão de Autógrafos com Nuno Júdice
Espaço 1 - Dom Quixote
19:00H: Sessão de Autógrafos com Paulo Tavares
Espaço Quasi Edições

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Lançamentos da Revista Nova Águia

Nova Águia
Revista de Cultura para o Século XXI
Nº 1 – 1º Semestre 2008
Direcção: Paulo Borges, Celeste Natário e Renato Epifânio

A IDEIA DE PÁTRIA
Sua Actualidade
Ensaio, poesia e outros temas
Incluindo inédito de Agustina Bessa-Luís

A Águia foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Carneiro, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
A Nova Águia pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu "espírito", adaptado aos nossos tempos, ao século XXI.
A Revista resulta de uma parceria entre a Editora Zéfiro, a Associação Marânus/Teixeira de Pascoaes e a Associação Agostinho da Silva.

Próximos lançamentos:
28 de Maio - 21h30: Atrium Chaby (Mem Martins)
31 de Maio - 17h00: Palácio Quintela/ Pombal (Lisboa)
31 de Maio - 20h00: Biblioteca Municipal de Sintra

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ciclo de Conferências "O Guardador de Papéis"

Por ocasião do 120º aniversário do nascimento de Fernando Pessoa (13 de Junho), terá lugar na Casa Fernando Pessoa um ciclo de conferências, sempre às quartas-feiras, pelas 18h30, seguidas de debate, que se estenderá até à primeira semana do mês seguinte. Este ciclo de conferências intitula-se: Fernando Pessoa, O Guardador de Papéis e a organização é de Jerónimo Pizarro.

A primeira sessão será moderada por Inês Pedrosa, no próximo dia 4 de Junho. As restantes, dias 11, 18 e 25 de Junho; e dia 2 de Julho.
Programa detalhado, aqui.

A Casa Fernando Pessoa fica na Rua Coelho da Rocha n.º 16, em Lisboa.

Novo site da Colóquio/Letras

A Revista COLÓQUIO/Letras tem novo site, aqui.

Projecto desenvolvido em conjunto com a Biblioteca de Arte, o site da COLÓQUIO/Letras permite a pesquisa e consulta da revista desde o seu primeiro número, editado em 1971.

"Itinerarte" no Clube Literário do Porto

Palavreando em Odivelas

Vai realizar-se esta sexta-feira, 30 de Maio, mais uma tertúlia "Palavreando", pelas 22 horas, na Casa do Largo, Centro de Exposições de Odivelas.
Um local onde os tertulianos poetas, escritores, amantes da poesia, anónimos ou conhecidos conversam, ouvem e lêem poesia.
Hoje, 27 de Maio:

18:30H: Sessão de Autógrafos com Fernando Pinto do Amaral
18:30H: Sessão de Autógrafos com João Rui de Sousa
Espaço 1 - Dom Quixote

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A Situação Contemporânea da Poesia Portuguesa

Vai ter lugar hoje, 26 de Maio, pelas 18h30, a última de quatro conferências pelo poeta, ensaísta e professor Manuel Gusmão denominadas "A Situação Contemporânea da Poesia Portuguesa: Alguns Mapas".
Estas conferências decorrem desde o dia 5 de Maio na Culturgest, em Lisboa.
A conferência de hoje tem o título "Onde Estamos? Uma Praia Longa – o Delta das Tradições"

domingo, 25 de maio de 2008

Hoje, 25 de Maio:

18:00H: Sessão de Autógrafos com Vasco Graça-Moura
Bertrand - Pavilhão
Hoje, 25 de Maio:

16:00H: Sessão de Autógrafos com Eduardo Pitta
QuidNovi - Café Literário

16:30H: Sessão de Autógrafos com Maria do Rosário Pedreira
Verbo Editora

17:00H: Sessão de Autógrafos com José Luís Peixoto
Edições Quasi

sábado, 24 de maio de 2008

Outras sugestões para os próximos dias


27 de Maio (terça-feira):

LISBOA – Casa Fernando Pessoa
Dia 27 de Maio às 18h30m, na Casa Fernando Pessoa, apresentação do livro O PARADIGMA DO PUDOR - Edição Crítico-Genética de A Chaga do lado de José Régio, de Maria Bochicchio (Edições Quasi).
Presidirá à sessão o poeta António Osório
Apresentação pelos Professores Giuseppe Tavani e Eugénio Lisboa
Momento musical a cargo da Soprano Mariana Alves da Costa acompanhada ao piano por Pedro Cunha
No final será servido um Porto de Honra
A Casa Fernando Pessoa fica na Rua Coelho da Rocha, 16 Campo de Ourique, em Lisboa

............................................................................................................


28 de Maio (quarta-feira):

LISBOA – Casa Fernando Pessoa
Fernando Pessoa é tema de uma edição especial da revista Egoísta, que junta contribuições de Antonio Tabucchi, Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, Hélia Correia, António Feijó, Inês Pedrosa, dos investigadores Richard Zenith, Teresa Rita Lopes, Jerónimo Pizarro e Patrício Ferrari, do fotógrafo Daniel Blaufuks, entre outros. Este número da Egoísta será apresentado na Casa Fernando Pessoa, no espaço onde se pode ver a exposição Os Lugares de Pessoa, no próximo dia 28 de Maio, pelas 18h30.
A Casa Fernando Pessoa fica na Rua Coelho da Rocha, 16 Campo de Ourique, em Lisboa.


LISBOA – Fundação Calouste Gulbenkian
Apresentação do livro “Pessoana – Bibliografia passiva, selectiva e temática” de José Blanco (Assírio & Alvim).
Dia 28 de Maio, pelas 18h30m, no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian (Av. Berna- Lisboa).
A apresentação será feita por Eduardo Lourenço.




SINTRA – Palácio Valenças
Dia 28 de Maio no Palácio Valenças (em Sintra), vai começar a V Maratona de Poesia de SINTRA, com José Fanha (entre outros poetas e diseurs), que se prolongará até 30 de Maio (sexta-feira).
Dia 28, das 14h30m às 18h30m.
Dia 19, das 10h às 13h.
Dia 30, a partir das 21h 30m.
O Palácio fica no Centro Histórico, na Rua do Museu do Brinquedo.


...........................................................................................


29 de Maio (quinta-feira):

OEIRAS – Livraria Verney
Dia 29, Quinta-Feira, das 16h00 às 18h00, na Livraria-Galeria Municipal Verney (Rua Cândido dos Reis, 90/90A – Oeiras)
Virgínia Branco apresentará a poetisa Maria João Brito de Sousa, moradora no concelho de Oeiras e recentemente premiada com o 1.º Prémio de "Poesia em Rede do Sapo".



...........................................................................................



31 de Maio (sábado):


RIO MAIOR – Biblioteca Municipal
Dia 31 de Maio, na Biblioteca Municipal de Rio Maior, pelas 18h, com apresentação de Maria de Lurdes Esteves, o Grupo de Jograis "U...Tópico" dirá os seguintes poetas:
Sebastião da Gama, Miguel Torga, Alexandre O'Neill, Jorge de Sena e José Régio.



PORTO – Clube Literário do Porto
Dia 31, pelas 21h30, no Clube Literário do Porto, mais um encontro com a Poesia com António Domingos.
O Clube Literário do Porto fica na Rua Nova da Alfândega, 22 (Porto).

Hoje, 24 de Maio:

16:00H: Sessão de Autógrafos com Pedro Sena-Lino
Porto Editora | Café Literário
Workshop

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sugestão da Andante para esta semana

A poesia (em Itália)

Desde os alvores do século se discute
se a poesia existe dentro ou fora.
Primeiro venceu o dentro, depois contra-atacou
duramente o fora
e desde há anos se assiste a um empate
que não poderá durar visto que o fora
está armado até aos dentes.

Eugenio Montale
(tradução de David Mourão-Ferreira)



Voz: Cristina Paiva; Música: Lemongrass; Sonoplastia: Fernando Ladeira


Próximo espectáculo da Andante:
24 Maio de 2008
Ateliê “A leitura em voz alta”
Biblioteca Municipal de Cabeceiras de Basto, das 10.00 às 17.00h
(Integrado no programa de itinerâncias da DGLB)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Hoje nasceu...




22 de Maio de 1891

Johannes R. Becher

Poeta alemão




Artigos relacionados:
Biografia
Poemas: O poeta evita acordes radiosos…
Estante de culto: A Alma e o Caos

Johannes R. Becher

Johannes Robert Becher nasceu no dia 22 de Maio de 1891 em Munique. Estudou Filosofia e Medicina em Berlim, Munique e Iena. Depois seguiu a carreira das Letras. Ingressou no Spartakusbund (Liga Espartaquista). Foi um elemento activo do partido comunista, com influências directas da cultura russa. Em 1933 emigrou para Praga e depois para Viena e Paris. Viveu na União Soviética entre 1935 e 1945. Foi redactor, em Moscovo, da revista de emigrantes “Internationale Literatur”. Regressou a Berlim Leste em 1945. Foi presidente da Liga Cultural para a Renovação Democrática da Alemanha. A partir de 1954 foi Ministro da Cultura da República Democrática Alemã. Foi o autor da letra do hino da RDA ("Auferstanden aus Ruinen"). Faleceu em 1958, com 67 anos.
Johannes R. Becher foi um dos expoentes da literatura no lirismo expressionista, na poesia política e no drama.

O poeta evita acordes radiosos…

O poeta evita acordes radiosos.
Sopra por tubas, chicoteia o tambor estridentemente.
Subleva o povo com frases estilhaçadas.

Eu aprendo. Preparo-me. Exercito-me.
Como trabalho? – ah!, o mais apaixonadamente! –
Ao encontro de uma visão ainda sem contornos –:
Vou aplanando rugas.
E gravo aí, da forma mais exacta,
O novo mundo
(– mundo que destrua o antigo, o místico, o mundo da dor –)
E visualizo uma paisagem: soalheira, extremamente organizada,
l a p i d a d a,
Uma ilha de humanidade feliz.
Isso exige muito (mas não é nada que ele não saiba já há muito).

Oh, trindade da obra criada: Vivência. Formulação, Acção.

Eu aprendo. Preparo-me. Exercito-me.

…em breve os vagalhões das minhas frases darão forma a uma insólita figura.
Discursos. Manifestos. Parlamento. O romance experimental.
Entoar cânticos do alto de tribunas.
Vamos pregar o novo, o sagrado
Estado; injectar no sangue dos povos sangue do seu sangue.
Vamos construí-lo até ao fim
Chega a hora do Paraíso.
– Espalhemos a atmosfera de tempestade! –
Aprendei! Preparai-vos! Exercitai-vos!

Johannes R. Becher
(tradução de João Barrento)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Na estante de culto

Dez Cartas para Al Berto
Dez Cartas de Al Berto
Organização e Prefácio de Joaquim Cardoso Dias
Quasi Edições, 2007


Joaquim Cardoso Dias organizou este “Dez Cartas para Al Berto, Dez Cartas de Al Berto” como forma de homenagear Al Berto nos dez anos da sua morte.
Escolheu uma dezena de cartas inéditas que Al Berto lhe escreveu e convidou dez escritores (Alexandre Nave, Fernando Pinto do Amaral, Francisco José Viegas, José Agostinho Baptista, José Luís Peixoto, Luís Quintais, Nuno Artur Silva, Nuno Júdice, Tiago Torres Silva e Vasco Graça Moura) para homenagear o poeta, comentando ou escrevendo a partir de cada uma das cartas, os quais produziram textos interessantíssimos e muito diferentes.
Navegando nas páginas deste livro, vamos ficando fascinados, tantos com as cartas de Al Berto, como com as respostas dos poetas que Joaquim Cardoso Dias convidou.
As dez cartas melancólicas de Al Berto, reproduzidas em fac-símile e transcritas, acabam por constituir uma pequena biografia do poeta, dando-nos a conhecer mais ao pormenor a personalidade solitária e sofredora de Al Berto.
Joaquim Cardoso Dias presta desta maneira uma tocante e sincera homenagem a Al Berto. “Dez Cartas para Al Berto, Dez Cartas de Al Berto” é um livro inesquecível, comovente, e de elevado valor biográfico e poético, que nasceu de uma “amizade que não foi deste mundo” entre Al Berto e Joaquim Cardoso Dias.

O que se escreve navegando...

Algumas frases engraçadas, escritas em motores de busca, que direccionaram visitantes para este blogue:
- obra de Mário de Sá Carneiro " Tabacaria"
- biografia do cantor rimbaud
- Carlos drummond andrade tanque general
- "pergunta de um operario a um letrado"
- perguntas de um operario que ler
- poemas divertidos advogados
- versos de amizade enormes
- poesias de jorge regio
- horto vende manjerico
- poemas de peixe espada

(Acho que vou continuar a coleccioná-las para as publicar de vez em quando. Algumas dão que pensar...)

domingo, 18 de maio de 2008

Judith Teixeira editada pela Edições Varicelas



Satânia. Novelas
Judith Teixeira
Edições Varicelas
Colecção Pira Pública
Lisboa 2008




Judith Teixeira, a única mulher poetisa do modernismo português, foi a escolha da recém-criada “Edições Varicelas” para a publicação da primeira colecção desta editora.
O nome da colecção (“Pira Pública”) é uma triste homenagem à autora: o seu primeiro livro “Decadência” foi queimado numa Pira Pública por “corromper a moral” e os costumes da época, juntamente com os livros de António Botto e Raúl Leal, em Março de 1923.
"Satânia. Novelas" é o seu último livro publicado em vida.
Esta edição da Edições Varicelas tem actualização de texto de Luís Manuel Gaspar e posfácio de Martim de Gouveia e Sousa.

Lisboa à Letra 2008

O concurso “Lisboa à Letra” é uma iniciativa de escrita literária, organizada pelo Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Lisboa. Podem concorrer ao concurso “Lisboa à Letra” jovens entre os 15 e os 30 anos que residam, estudem ou trabalhem no concelho de Lisboa.
São admitidos a concurso trabalhos inéditos de prosa (ficção) e de poesia. Os trabalhos a apresentar deverão, obrigatoriamente, abordar, de forma livre, criativa e original, a cidade de Lisboa.
Os prémios do concurso Lisboa à Letra são atribuídos aos três melhores trabalhos em cada uma das categorias, com os seguintes valores:
1.º prémio: €750,00;
2.º prémio: €500,00;
3.º prémio: €250,00.
Para além destes prémios, poderão ser atribuídas menções honrosas a quaisquer dos restantes trabalhos apresentados a concurso.
Os trabalhos premiados, bem como os trabalhos merecedores de menções honrosas, serão publicados, gratuitamente, pelo Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Lisboa.
As normas de participação serão publicadas em Boletim Municipal e divulgadas em www.cm-lisboa.pt (consultar "Lisboa Jovem") ou
em www.lxjovem.pt e as inscrições e entrega de trabalhos decorrem até dia 31 de Maio, no Campo Grande, 25, em Lisboa.
Mais informações: Divisão de Apoio Juvenil da CML 217 988 160 / 173.

sábado, 17 de maio de 2008

Outras sugestões para os próximos dias


20 de Maio (terça-feira):

LISBOA – Apresentação de livro de Poesia
Apresentação do livro de poesia “Frátria”, de Carlos Carranca (Editora Mar da Palavra), pelas 18 horas, no Palácio Beau Séjour (Estrada de Benfica, 368, Lisboa).
A apresentação da obra será efectuada por Maria Barroso e por José d´Encarnação a que se seguirá um concerto de canto e guitarra de Coimbra.


..........................................................................................................

21 de Maio (quarta-feira):

TAVIRA – Apresentação de livro de Poesia
Vai ter lugar, no próximo dia 21 de Maio, na Biblioteca Municipal de Tavira,
pelas 18 horas, a sessão de lançamento do livro “E no Fim Era a Poesia” de Myriam Jubilot de Carvalho.
A apresentação será feita por Manuela Bento e a leitura de poemas com acompanhamento musical será feita por alguns elementos do grupo de fados e baladas "Ecos de Coimbra" (poemas ditos por António Vinagre, música por Orlando Almeida e José Maria de Oliveira, na guitarra, e Maurício Monteiro, na guitarra clássica).


FARO – Cartas Poéticas












Na Biblioteca Municipal de Faro, Quarta-feira, pelas 21:30h:
Apresentação da obra "Cartas Poéticas entre António Ramos Rosa e Manuel Madeira".
Apresentação por Varela Pires.

..........................................................................................................


23 de Maio (sexta-feira):


LISBOA – Sessão de Poesia

Na livraria Trama, terá lugar, pelas 21h30 uma Sessão de Poesia do livro "Pétalas Negras Ardem nos Teus Olhos" de Luís Falcão (editado pela Assírio & Alvim). Os poemas serão lidos pelo poeta Luís Falcão e cantados pelo trovador João Coração.
Organização: Joana Maria.
A livraria Trama fica na Rua de São Filipe Nery, 25 B, Lisboa (ao Rato).






SERPA – Apresentação de livro de Poesia

Na livraria Vemos, Ouvimos e Lemos, em Serpa, terá lugar, pelas 18h30 uma sessão de apresentação do livro "Gaveta de Papéis" de José Luís Peicxoto (editado pela Quasi), trabalho vencedor do Prémio Daniel Faria 2008, ao qual Peixoto concorreu sob o pseudónimo André Serrano.
O Espaço VOL fica na Praça 5 de Outubro, 7 (em Serpa).






VISEU – Desacordos Ortográficos

23-24 de Maio, pela meia-noite, Carlos Santiago actua no Café “O Lugar do Capitão", em Viseu.
“Desacordos Ortográficos” é um monólogo de stand up que combina humor, sátira e poesia, e no qual um jogador da Selecção Nacional de Poetas da Galiza aterra em Portugal com a intenção de jogar na Liga de Campeões da Poesia Lusófona com textos e poemas cheios de gralhas ortográficas. Confundido pela actualidade política portuguesa e a sua própria galeguidade, o jogador tratará de vencer no jogo com todos os meios ao seu alcance.
Carlos Santiago é um escritor, dramaturgo e artista galego que desenvolve a sua actividade nas artes cénicas a cavalo entre Galiza e Portugal. O seu trabalho está fortemente comprometido com apostas experimentais e com uma visão satírica da realidade. O jogo entre o real e o fictício com pano de fundo político e filosófico é uma das características da sua poética.


..........................................................................................................


25 de Maio (domingo):

LISBOA – Actividades da Associação Portuguesa de Poetas

Das 16h00 às 18h00:
Palácio Galveias (Campo Pequeno - Lisboa)
Apresentação do livro de Maria Nair Telles - "Lampejos de Sombra e Luz"
Entrega de "A nossa Antologia" 2007/2008
Leitura dos poemas dos antologiados.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Palavreando em Odivelas

Vai realizar-se hoje, 16 de Maio, mais uma tertúlia "Palavreando", pelas 22 horas, na Casa do Largo, Centro de Exposições de Odivelas.
Um local onde os tertulianos poetas, escritores, amantes da poesia, anónimos ou conhecidos conversam, ouvem e lêem poesia.
Reabre amanhã, 17 de Maio, pelas 17h30, a livraria "Vemos, Ouvimos & Lemos" do cartoonista Luís Afonso, em Serpa, agora com gerência de Paulo Barriga e Filipa Figueiredo. Na festa de inauguração haverá música, exposições e apresentação de livros.
O espaço VOL fica em Serpa, Largo 5 de Outubro, 7.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Barcelona poesia 2008

Barcelona, a partir de hoje, veste-se de Poesia. Até ao próximo dia 21 de Maio, a XII Barcelona Poesia inclui mais de 100 actividades nas ruas de Barcelona, museus, jardins e centros cívicos.
Uma das actividades que o município de Barcelona organizou, para o festival “Barcelona Poesia 2008” foi a de levar a poesia ao metro. A ideia foi retomar o que foi feito anos atrás, “Trânsito poético, Poemas no Metro”, mas com uma nova abordagem, em banda desenhada.
Foram seleccionadas obras breves de vários autores, ilustradas pelo desenhador Juanjo Sáez.


Esta e outras novidades farão parte do Festival de Poesia de Barcelona deste ano, como recitais em vários locais por toda a cidade: o Jardim Botânico, o MACBA, o Museu de Ciências Naturais, o Hospital de Sant Pau, os jardins do Tamarita, Rubió i Lluch ou o Convento de Santo Agostinho.
No Museu Frederic Marès, Luis Alberto de Cuenca, Luis García Montero e Marta Pessarrodona oferecerão no dia 15 uma degustação da sua lírica.
Haverá música, dança e literatura. A Companhia Rara Avis transformará em movimento versos de Feliu Formosa e Eduard Escoffet no Convento de Santo Agostinho no dia 16, Gerard Quintana e Névoa cantarão poemas nos jardins de Rubió i Lluch no dia 17, e ainda, recitais a duas vozes entre poetas, em museus, no dia 17.

Criança editou livro de poesia

“Fantasia de Criança” é o título do livro de poemas da pequena Ana Catarina Mateus, ilustrado também pela própria autora. Esta menina setubalense tem apenas 10 anos, adora dedicar-se à escrita e já ganhou alguns prémios, como uma menção honrosa do XI Concurso de Poesia da APPACDM de Setúbal e o prémio de honra do III Concurso do Mensageiro da Poesia.
“Fantasia de Criança” foi apresentado em Março passado na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal.
Aqui fica um dos poemas deste livro:

Rio da Minha Terra

O rio da minha terra
Espalha beleza por muita gente
É muito azul e bonito
Deixando-me sempre contente.

Tem peixes felizes
E golfinhos a nadar
Se não lhes fizessem mal
Mais poderiam lá andar.

Nasce na Serra do Caldeirão
Desagua junto a Setúbal
Os barcos por lá navegam
Deixando as suas memórias.

Neste rio da minha terra
Faz-se pesca e desporto
E quando tenho problemas
Lá está ele a meu lado

Claro que estou a falar
Do nosso Rio Sado.

Ana Catarina Mateus

Lançamento


No próximo dia 18 de Maio, às 22h30, no Blá Blá, em Matosinhos, vai ter lugar o lançamento do livro de poesia “ O Tempo das Coisas” de João Vasco, Editado pelas Corpos Editora.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Sugestão da Andante para esta semana


A um homem com um grande nariz

Um homem era a um nariz pegado,
era esse um nariz superlativo,
era esse um alambique meio vivo,
era esse um peixe-espada mal barbado;
um relógio de sol mal encarado,
elefante de tromba em pé, lascivo,
nariz algoz e escriba, punitivo,
um Ovídio Nasão mal narigado.
Era esse o esporão de uma galera,
era esse uma pirâmide do Egipto,
as doze tribos de narizes era;
era esse um narizíssimo infinito,
enorme arquinariz, carranca fera,
inchaço garrafal, purpúreo e frito.

Francisco Quevedo
(tradução de José Bento)



Voz: Cristina Paiva; Música: Aaron Copland; Sonoplastia: Fernando Ladeira


Próximos espectáculos da Andante:
14 Maio de 2008:
“A ver o mar”
Biblioteca Municipal da Mealhada (Cine-Teatro Messias), às 21.30h

16 Maio de 2008:
“Às escuras, o amor”
Biblioteca Municipal de Soure - Santa Casa da Misericórdia de Soure (XI Semana do Livro e da Cultura), às 10.30h
(Espectáculos integrados no programa de itinerâncias da DGLB)

Fernando Pessoa, uma das personalidades mais influentes da cultura europeia

O poeta Fernando Pessoa foi considerado uma das 50 personalidades mais influentes na cultura europeia, num inquérito realizado pelo Bureau Internacional das Capitais da Cultura. Esta votação, de âmbito universitário, promovida pela organização da Capital da Cultura Catalã em vários países europeus onde participaram 137.622 pessoas elegeu, nas áreas das Humanidades, Artes e Ciências, para além de Fernando Pessoa, Leonardo da Vinci, Shakespeare, Mozart, Einstein, Sócrates, Goethe, Galileu Galilei, Carlemany, Erasme de Roterdão e Dostoievski.

sábado, 10 de maio de 2008

Entrega do Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica a Amadeu Baptista

Integrada nas comemorações da Fundação de Vila Real de Santo António, vai ocorrer, no próximo dia 13 de Maio (terça-feira), pelas 10 horas, na Casa da Câmara do Município de Vila Real de Santo António, a cerimónia de entrega do Prémio e a apresentação do livro Sobre as Imagens, de Amadeu Baptista, vencedor da edição portuguesa do Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica – 2008, que foi editado, em edição bilingue (com tradução castelhana dos poemas a cargo de Uberto Stabile), pela Cosmorama Edições.

O Prémio foi instituído pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e pelo Ayuntamiento de Punta Umbria, contando com a colaboração de «Sulscrito – Círculo Literário do Algarve».
Um júri constituído por José Mário Silva, António Carlos Cortez e Fernando Esteves Pinto, decidiu por unanimidade atribuir o prémio à obra «Sobre as Imagens» de Amadeu Baptista, de entre um conjunto de 138 originais apresentados a concurso.
«Sobre as Imagens» é constituído por um ciclo de catorze poemas, tendo por referência os 14 painéis provenientes do antigo retábulo da capela-mor da Sé de Viseu, agora expostos no Museu de Grão Vasco, nessa mesma cidade de Viseu.

Ver biografia de Amadeu Baptista, aqui.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Próximas actuações dos Jograis U...Tópico

Domingo, 11 de Maio, na Galeria Matos Ferreira (R. Luz Soriano, 18 - Bairro Alto, Lisboa), pelas 18.30h:
Lançamento do livro "Poemas do Sentir" de Maria Paula Marques. O Grupo de Jograis "U...Tópico" dirá alguns poemas do livro. O livro será apresentado por Gianluca Miraglia.

Sábado, 17 de Maio, na Sociedade Portuguesa de Naturalogia (R. do Alecrim, 38 - 3º - Lisboa), pelas 16h:
Integrado na Festa da Primavera desta Sociedade o Grupo de Jograis "U...Tópico" dirá poemas de Cesário Verde.

Segunda-feira, 19 de Maio, no Wine-Bar (Covilhã), pelas 21.30h:
Café-Literário promovido pela Câmara Municipal da Covilhã com a presença do poeta Nuno Júdice. A apresentação do seu mais recente livro de poesia, "A Matéria do Poema", estará a cargo do escritor Manuel da Silva Ramos. O Grupo de Jograis "U...Tópico" dirá alguns poemas deste livro após o que o autor encerrará a sessão dialogando com os presentes sobre a sua vida e obra.

Editora procura novos autores

A Papiro procura novos autores e valoriza essencialmente obras de autores desconhecidos e com pouca visibilidade no mercado livreiro, mas que pelo seu talento merecem que o seu trabalho seja tornado público (prosa, poesia, ensaio, livro técnico, guião de teatro/cinema, livro prático…).
O contacto é: Andreia Varela (coordenadora editorial)
andreia.varela@papiroeditora.com
andreia.fsv@gmail.com
Parque das Nações, Avenida D. João II - Lote 1.02.2.2A 1.º esq.
1990-091 Lisboa
Telf: 218 931 620 • Fax: 218 931 629

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas

Amanhã, 9 de Maio, pelas 21:00h, terá lugar na Biblioteca Municipal Florbela Espanca (em Matosinhos), a apresentação do livro “Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas”, editado pela Deriva.
A apresentação será feita por Pedro Eiras, que coordenou a edição, e Rosa Maria Martelo.
Este livro é o resultado do encontro «Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas» que aconteceu no mesmo auditório, em Matosinhos, no passado dia 11 de Outubro de 2007, organizado pela Câmara Municipal de Matosinhos, com concepção inicial e coordenação de Pedro Eiras, uma reunião de ensaístas que leram poetas e de poetas que leram outros poetas.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Lançamento

Vai ter lugar no próximo dia 10 de Maio a sessão de lançamento do livro "o ciclo menstrual da noite" da autoria de Alice Macedo Campos (edição Edium Editores), no auditório da Casa-Museu Abel Salazar, S. Mamede de Infesta, pelas 16 horas.
O evento contará com interpretações de trechos musicais à viola por Carlos Andrade e serão declamados poemas da obra por Ana Paula Barros, Fátima Fernandes, Joana Serrado, Rui Fidalgo e Teresa Gonçalves.

Prémio Rainha Sofia para Pablo García Baena

O escritor espanhol Pablo García Baena foi o vencedor da 17.ª edição do Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, atribuído pelo Património Nacional e pela Universidade de Salamanca.
Este prémio, considerado um dos mais importantes do género, tem como objectivo reconhecer "o conjunto da obra de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitui uma contribuição importante para o património cultural comum ibero-americano e de Espanha".
Pablo García Baena, fundador e director da revista 'Cántico', é considerado um dos principais influenciadores das novas correntes da poesia espanhola, sendo um dos elementos mais representativos do movimento que fundiu a Geração de 27 com a chamada Nova Poesia.
Estudioso de Desenho e da História da Arte, publicou o seu primeiro livro, "A cidade dos califas", em Junho de 1923, tendo desde então trabalhado numa variedade de sectores, da pintura aos tapetes, do comércio de antiguidades à literatura.

Sítio 4


A Sítio 4 está a chegar.

Os textos são de:
Luíz Ruffato, Ozias Filho, Natércia Pontes (Brasil), Eduardo Estevez e António Alías (Espanha), Luís Naves, Maria Sousa, Miguel Real, Sérgio Luís de Carvalho, Paulo Kellerman, Carla Cook, Fernando Esteves Pinto, Lourenço Bray, Rui Matoso, André Simões, Luís Ene, José Magalhães e Nuno Travasso (Portugal).

As imagens de:
António Bártolo, Manuel Guerra Pereira e Vanessa Fernandes (Portugal).

A edição é de Luís Filipe Cristóvão e o design da Slingshot.

Na sessão de apresentação que se realiza na Livraria Trama, seguir-se-á um concerto do pianista Fernando M. Dinis.

Novidades Quasi

Gaveta de Papéis
José Luís Peixoto

“Gaveta de Papéis” é a mais recente obra poética de José Luís Peixoto. O jovem autor venceu com este título o Prémio de Poesia Daniel Faria 2008 sob o pseudónimo de André Serrano. Nesta gaveta o autor guardou os seguintes temas e objectos: Fotografias de Cidades; Documentos; Chaves; Recortes de Jornal; Postais; Bilhetes Usados; Lista de Tarefas e literalmente Desenhos Feitos pelos Meus Filhos.


O Poeta Aprendiz
Texto de Vinicius de Moraes e ilustrações de Adriana Calcanhoto

Versos que falam do menino que sonha ser poeta, ilustrados por Adriana Calcanhotto.
Vinicius de Moraes escreveu a primeira versão de “O Poeta Aprendiz” em Montevideu, capital do Uruguai, em 1958. Em 1962, o poema foi incluído no livro “Para viver um grande amor”, volume de crónicas e poemas que reunia a produção do autor de 1957 a 1960. Depois de alguns anos, “O Poeta Aprendiz” transformava-se em canção, em parceria com Toquinho, e, mais tarde, neste livro, concebido por Adriana Calcanhotto como um presente para Nina, sua afilhada e bisneta de Vinicius.


Existe Uma Linguagem Poética?
Seguido de Obra e Intertextualidade
Karlheinz Stierle

O primeiro livro traduzido para português do ensaísta germânico Karlheinz Stierle. Fundamental aos estudantes das Letras.
Nos dois artigos aqui reunidos, Karlheinz Stierle revê dois conceitos fulcrais da poética estrutural, o de intertextualidade e o de linguagem poética. Enquanto o conceito de intertextualidade é retido e adaptado às preocupações da hermenêutica, Stierle rejeita o de linguagem poética e, por conseguinte, a possibilidade de uma ciência da “linguagem poética” equiparada à Linguística. É proposto, em alternativa, o conceito de norma poética, sustentado por uma Semiótica que poderia assim constituir um fundamento da cientificidade dos Estudos Literários.