quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Exposição "A passagem das Odes"

"A Passagem das Odes", uma exposição de 35 obras do pintor Pedro Proença organizada pela editora Assírio & Alvim, está patente na casa onde Fernando Pessoa nasceu há 120 anos, no Largo de São Carlos, em Lisboa, e que é hoje a sede da sociedade de Advogados ABBC. O espaço das exposições foi baptizado de "Espaço Pessoa & Companhia". Esta é a primeira de uma série de exposições que a editora Assírio e Alvim pretende organizar nas instalações da firma.
Em "A passagem das Odes" Pedro Proença apresenta uma série de 35 obras.
O próximo artista a ocupar o espaço e a homenagear o poeta é Ilda David, a que se seguirá uma exposição colectiva, também sobre Fernando Pessoa.
Neste espaço vão estar disponíveis livros do poeta e de outros autores de poesia.
"A passagem das Odes" pode ser vista até 6 de Fevereiro de 2009.

Para a promoção do "Espaço Pessoa & Companhia", a Assírio & Alvim produziu este vídeo, realizado por Manuel Guerra:


Som: poema «Aniversário» dito por Germana Tânger.

Curso de Poesia no El Corte Inglés

Inserido nos Cursos de Âmbito Cultural, o El Corte Inglés vai realizar mais um Curso de Poesia com início em Janeiro, dirigido por José Fanha.
O curso, com vagas limitadas, é gratuito e exclusivo para os clientes com cartão El Corte Inglés.
Terá 10 sessões e será leccionado na Sala de Âmbito Cultural, no Piso 7 do El Corte Inglés em Lisboa, às terças e quintas-feiras, às 19 horas, nos dias 13, 15, 20, 22, 27 e 29 de Janeiro e 3, 5, 10 e 12 de Fevereiro de 2009.
Mais informações, aqui.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Jamila Mejri preside União dos Escritores Tunisinos

A poetisa Jamila Mejri foi eleita presidente da União dos Escritores Tunisinos (que tem cerca de 400 membros), tornando-se assim a primeira mulher a assumir este cargo desde a criação da instituição, há 38 anos.
Jamila Mejri, eleita presidente para um mandato de três anos, diz-se orgulhosa por ser a primeira mulher a ocupar este cargo, considerando que este é um sinal de abertura.
A poetisa deseja tornar a literatura tunisina conhecida no mundo e promover a intervenção das mulheres de Letras.
Jamila Mejri é poetisa e crítica literária, escreve essencialmente em árabe e já recebeu vários prémios literários, entre os quais o Prémio Tahar Haddad.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Paraíso

Deixa ficar comigo a madrugada,
Para que a luz do sol me não constranja.
Numa taça de sombra estilhaçada,
Deita sumo de lua e de laranja.

Arranja uma pianola, um disco, um posto,
Onde eu ouça o estertor de uma gaivota…
Crepite, em derredor, o mar de Agosto…
E o outro cheiro, o teu, à minha volta!

Depois, podes partir. Só te aconselho
Que acendas, para tudo ser perfeito,
À cabeceira a luz do teu joelho,
Entre os lençois o lume do teu peito…

Podes partir. De nada mais preciso
para a minha ilusão do Paraíso.

David Mourão-Ferreira


Interpretado pela Andante:

Voz: Cristina Paiva; Música: Stephan Micus; Sonoplastia - Fernando Ladeira

Sugestão da Andante para esta semana


Curiosidades estéticas


O mais importante na vida
É ser-se criador — criar beleza.

Para isso,
É necessário pressenti-la
Aonde os nossos olhos não a virem.

Eu creio que sonhar o impossível
É como que ouvir uma voz de alguma coisa
Que pede existência e que nos chama de longe.

Sim, o mais importante na vida
É ser-se criador.
E para o impossível
Só devemos caminhar de olhos fechados
Como a fé e como o amor.

António Botto


Voz: Cristina Paiva; Música: Laurie Anderson; Sonoplastia: Fernando Ladeira

sábado, 27 de dezembro de 2008

Natal com Livros pelo Rascunho















O RASCUNHO tem publicado, nos últimos dias, pequenas entrevistas a escritores e poetas, sobre os livros que consideram indispensáveis oferecer pelo Natal, assim como os que gostariam de ver traduzidos ou reeditados em 2009. Podem ler-se as respostas de Ana Salomé, Luís Filipe Cristóvão, Rui Manuel Amaral, Pepetela, Manuel Jorge Marmelo e Patrícia Reis. Estão prometidas ainda, para os próximos dias, as de João Tordo e Jorge Reis-Sá, entre outros. Aqui.

Sete Retratos & Sete Poemas para Fernando Pessoa

A Portugália Editora, a propósito do 120º aniversário do nascimento de Fernando Pessoa, acaba de editar “Sete Retratos & Sete Poemas para Fernando Pessoa” uma caixa com sete obras do poeta (Poemas escolhidos — ortónimos), Mensagem, Livro do Desassossego (fragmentos), Poemas escolhidos (Alberto Caeiro), Poemas escolhidos (Álvaro de Campos), Opiário & Ode Triunfal & Ode Marítima, e Poemas escolhidos (Ricardo Reis). Contém ainda duas obras originais: Sete poemas dedicados a Pessoa (por Almada Negreiros, António Botto, Eugénio de Andrade, Luís Miguel Queirós, Rui Knopfli, Sophia de Mello Breyner Andresen e Vasco Graça Moura) e Sete retratados do poeta (por Almada Negreiros, Carlos Carreiro, Costa Pinheiro, José João Brito, Júlio Pomar, Mário Botas e Rolando Sá-Nogueira).
Ver notícia no blogue O Bibliotecário de Babel .

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

KronosPoesis

Amanhã, 27 de Dezembro, pelas 17 horas, será apresentado o livro KronosPoesis no Orfeão do Porto, na Praça da Batalha.
Além da apresentação do livro, o grupo pertencente ao blogue Kronospoesis apresentará este projecto colectivo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Harold Pinter (1930-2008)

O escritor, dramaturgo e poeta Harold Pinter — Prémio Nobel da Literatura 2005 — morreu ontem à noite, aos 78 anos.
Nasceu em Londres em Outubro de 1930 e é considerado um dos maiores dramaturgos do século XX.
Autor de cerca de 30 peças de teatro, Pinter escreveu também poesia (War, 2003), peças radiofónicas e guiões para cinema e televisão.
Para além do Prémio Nobel da Literatura, em 2005, Pinter recebeu o Shakespeare Prize (Hamburgo), o European Prize for Literature (Viena), o Pirandello Prize (Palermo), o David Cohen British Literature Prize, o Laurence Olivier Award, o Legion d’Honneur e o Moliere D'Honneur.
Harold Pinter foi, também, um defensor dos direitos humanos e da Paz.
Mais informações sobre Harol Pinter, aqui.


Death May Be Ageing

Death may be ageing
But he still has clout

But death disarms you
With his limpid light

And he's so crafty
That you don't know at all

Where he awaits you
To seduce your will
And to strip you naked
As you dress to kill

But death permits you
To arrange your hours

While he sucks the honey
From your lovely flowers

Harold Pinter
Abril 2005

Chuvoso Maio!

Deste lado oiço gotejar
sobre as pedras.
Som da cidade...
Do outro via a chuva no ar.
Perpendicular, fina,
Tomava cor,
distinguia-se
contra o fundo das trepadeiras
do jardim.
No chão, quando caía,
abria círculos
nas pocinhas brilhantes,
já formadas?

Há lá coisa mais linda
que este bater de água
na outra água?
Um pingo cai
E forma uma rosa...
um movimento circular,
que se espraia.
Vem outro pingo
E nasce outra rosa...
e sempre assim!

Os nossos olhos desconsolados,
sem alegria nem tristeza,
tranquilamente
vão vendo formar-se as rosas,
brilhar
e mover-se a água...

Irene Lisboa

Na voz de Luís Gaspar:

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros — coitadinhos — nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra — louvado seja o Senhor! — o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão

Na voz de Luís Gaspar:

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Litania para este natal

Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Num sótão num porão numa cave inundada
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Dentro de um foguetão reduzido a sucata
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Numa casa de Hanói ontem bombardeada

Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Num presépio de lama e de sangue e de cisco
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Para ter amanhã a suspeita que existe
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Tem no ano dois mil a idade de Cristo

Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Vê-lo-emos depois de chicote no templo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
E anda já um terror no látego do vento
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
Para nos vir pedir contas do nosso tempo

David Mourão-Ferreira


Interpretado pela Andante:

Voz: Cristina Paiva; Música: Penguin Cafe Orchestra; Sonoplastia Fernando Ladeira

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Festas Poéticas!

O porosidade etérea agradece e retribui os votos de Boas Festas recebidos em mensagens, e-mails, poemas, quadras, estórias, autógrafos, cartões, recadinhos, bilhetes postais, comentários, telefonemas, mensagens em garrafas, cartas em papel inodoro ou perfumado...

Prémio Palavra Ibérica 2009 para Santiago Landero

Santiago Aguaded Landero é o vencedor espanhol do Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica 2009.
Santiago Landero nasceu em Huelva em 1962. É licenciado em Biologia pela Universidade de Sevilha e doutorado em Biologia Molecular pela Universidade Politécnica de Madrid. É Professor Associado da Universidade de Huelva desde 1996.

Livros de Poesia publicados:
Tratado de lo interino, Béjar: Ediciones LF., 1999
Diario de un profesor de química, Lepe: Ayuntamiento de Lepe, 2002
La ciudad de Mayo, Huelva: Edición de autor, 2004
Diario apócrifo de un alquimista, Béjar. Ediciones LF, 2005
El perfume de Magdalena, Huelva: Diputación Provincial de Huelva, 2005
Teoría de Dolor, Huelva: Ediciones del 1900, 2006
Animalario (crespado) de fondo, Huelva: Edición de Autor, 2006

Recebeu o III Prémio de Poesia da Cidade de Lepe (2000) e foi finalista do Primeiro Prémio ARTIfice de Poesia, Loja (2000), com La conquista de Coral publicado na obra colectiva PROEMIO UNO.

Lembro que a edição portuguesa deste Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica 2009 foi entregue a Maria do Sameiro Barroso pela obra "Uma Ânfora no Horizonte".

100.000

Obrigada a todos pelas 100.000 visitas.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sugestões para os próximos dias

Exposições

Lisboa:

• Exposição “D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666)”
Conheceu o cárcere e o naufrágio, missões diplomáticas, a amizade de Quevedo e de Castelo Melhor, a Academia dos Generosos, exílios, tranquilidade campesina – vida aventurosa que Camilo viu marcada pelo talento e pela desgraça ao reeditar a Carta de Guia de Casados em 1873. Este juízo, fruto de rara intuição histórica, guarda actualidade, não obstante o trabalho recuperador de Prestage (1914) e outras contribuições posteriores.
De cultura vasta e profunda, servida pelo bilinguismo, deixou produção vultosa de que ele mesmo ensaiou classificação nas Obras Morales – trabalho, aliás, de importância psicológica e sobre o valor e o sentido da existência. Poesia de metro variado e de variado assunto, inclusivamente de teorização.
Da prosa, também rica e vasta, podem lembrar-se o Hospital das Letras nos Apólogos Dialogais, de que sobressai o crítico; as cinco Epanáforas de Vária História Portuguesa, em que se impõe o historiógrafo; ou a Carta de Guia de Casados, a ver com outros textos do tempo…; e o teatro, a epistolografia – um dos nervos literários do Seiscentismo – e ainda obras menores – menores pela extensão que não pela qualidade – publicações póstumas, obras perdidas, a crítica de atribuição, os pseudónimos…: eis quanto se pretende aflorar nesta breve evocação.
Na Biblioteca Nacional (Campo Grande, 83 - Lisboa).
De 9 de Dezembro de 2008 a 7 de Fevereiro 2009, na Sala de Referência.
Entrada livre.

• António Alçada Baptista (1927-2008) • Dinis Machado (1930-2008)
ANTÓNIO ALÇADA BAPTISTA nasceu na Covilhã a 29 de Janeiro de 1927, vindo a licenciar-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, transitando do exercício da advocacia, entre 1950 e 1957, para a vida das letras. Ligando-se aos sectores católicos progressistas que assumiram posições liberais na transição do salazarismo para o marcelismo, foi, sob edição da Moraes Editora por si dirigida, co-fundador da revista O Tempo e o Modo, cuja direcção assegurou entre 1963 e 1969.
Numa escrita fortemente cronística, a linearidade expressiva surge nos primeiros livros, a que o próprio autor chamou «ensaios», de reflexão em torno das suas experiências pessoais sublimadas em máximas como o atesta o ciclo de Peregrinação Interior (1971-1982). O primeiro romance, Os Nós e os Laços (1985), alcançou um êxito significativo traduzido por sucessivas reedições, a que se seguiu a novela Catarina ou o Sabor da Maçã (1988), para de novo viajar na crónica e nas memórias.
DINIS MACHADO nasceu em Lisboa, a 21 de Março de 1930, interrompendo os estudos na Escola Comercial para se dedicar ao jornalismo, sobretudo no meio desportivo, mas também no cinematográfico. Surgiu na literatura de ficção através do género policial, que publicou sob pseudónimo de Dennis McShade com três títulos em 1968, antes do sucesso que surpreendeu o país, ou seja, seu único romance, O Que Diz Molero, com cinco edições no mesmo ano (1977) e posterior adaptação teatral.
Nos livros seguintes, regressou à crónica jornalística.
Biblioteca Nacional (Campo Grande, 83 - Lisboa).
De 19 de Dezembro de 2008 a 3 de Janeiro de 2009 , na Sala de Referência.
Entrada livre.

• "Ruedo Ibérico, Um Desafio Intelectual"
De 6 de Novembro de 2008 a 22 de Janeiro de 2009, no Instituto Cervantes de Lisboa (Rua de Santa Marta, 43 F).
A exposição percorre a história de Ruedo Ibérico, editorial fundada em Paris em 1961 por espanhóis exilados, à margem de partidos políticos através da correspondência administrativa e pessoal do editor. Integra painéis informativos, documentos, livros e outras publicações, bem como a obra de alguns dos artistas comprometidos com o projecto como Saura, Tàpies, Millares, Ortega e Seoane.
Para além da história, do ensaio político ou das memórias, o programa editorial de Ruedo Ibérico prestou grande atenção à literatura e à arte de intervenção. O seu catálogo compreende obras poéticas de Gabriel Celaya, Blas de Otero, Salvador Espriu, Ángel González, assim como romanceiros anónimos, além de antologias em homenagem a Antonio Machado ou a Cuba e, também, de carácter erótico. Entre os seus textos, enocontram-se versos dos poetas consagrados com os de jovens brilhantes. Na prosa, Ruedo Ibérico deu a conhecer ensaios literários de Goytisolo e novelas de López Salinas ou Rincón.
Ruedo Ibérico também não descartou a caricatura política como elemento gráfico corrosivo. A esta linha correspondem os livros amargos e jocosos de Bartoli e Vázquez de Sola. Arte e literatura avançaram, pois, mão na mão com a oposição académica e política.
Ruedo Ibérico é uma editora fundada em França para ser uma ferramenta política e para lutar intelectualmente contra o regime franquista, mediante a introdução em Espanha de uma informação rigorosa que pusesse em evidência os subterfúgios e as manipulações do mesmo regime, ao mesmo tempo que permitia recuperar a memória histórica. A sua orientação, tal como tinham antes tentado as revistas Las Españas no México ou Ibérica em Nova Iorque, não foi partidarista. Assim o indica a distinta sensibilidade política dos cinco fundadores que assinaram a acta constitutiva das Éditions Ruedo Ibérico em Setembro de 1961 em Paris: Nicolás Sánchez-Albornoz era activista de esquerda, Ramón Viladás estava vinculado ao nacionalismo catalão, Vicente Girbau militava na Agrupación Socialista Universitaria (ASU), Elena Romo era comunista e José Martínez Guerricabeitia provinha do anarquismo.

• "Aromas de Urze e de Lama" - Exposição
Até Janeiro de 2009.
Exposição de desenhos de Ruth Rosengarten, inspirados nos poemas de Pedro Homem de Mello e na viagem antropológica de João de Pina Cabral, acompanhada pelo filme “Regresso à Terra” (1992) de Catarina Alves Costa.
No Museu Nacional de Etnologia (Av. Ilha da Madeira, Lisboa).

• Literatura portuguesa do mundo
Weltliteratur
Na Fundação Calouste Gulbenkian, Galeria de Exposições Temporárias.
"Weltliteratur. Madrid, Paris, Berlim, São Petersburgo, o Mundo!".
A literatura da geração de Fernando Pessoa. A literatura também se expõe, como uma pintura ou uma escultura? Exposição patente ao público de 1 de Outubro a 4 de Janeiro 2009.
A expressão de Goëthe, associada ao verso de Cesário Verde, para mostrar a literatura portuguesa do Mundo. Textos literários, documentos e obras de arte que mostram a literatura e os autores da geração de Fernando Pessoa.
A exposição será acompanhada por um programa paralelo de conferências com especialistas nacionais de reconhecido prestígio e um convidado estrangeiro.


Loulé:

“Pessoa Intemporal”
Exposição da Vida e Obra de Fernando Pessoa.
Na Galeria de Arte Convento Espírito Santo - Loulé
Organização: Município de Loulé
Até 27 de Dezembro, das 09h00 às 17h30 - Sábado das 10h00 às 15h00






Loures:

• "Cruzeiro Seixas - Obra Plástica"
Exposição patente ao público de 5 de Dezembro a 9 de Abril, na Galeria Municipal Vieira da Silva, em Loures.
Esta mostra é uma parceria entre a Câmara Municipal de Loures e a Fundação Cupertino de Miranda a quem Cruzeiro Seixas doou parte significativa do seu espólio.
Cruzeiro Seixas é um poeta, pintor e ilustrador português que nasceu na Amadora em 1920. Nome maior do movimento surrealista nacional, participou no Grupo Surrealista de Lisboa que realizou a I Exposição dos Surrealistas em Junho/Julho de 1949. Nos anos 50 esteve vários anos em Angola onde organizou o Museu de Arte de Luanda. Expõe individualmente desde 1953.
Horário: Terça-feira a sexta-feira das 10 às 12 horas e das 14 às 18 horas; Sábados e domingos das 14 às 19 horas. Encerra às segundas-feiras e feriados.


Montijo:

• Exposição Miguel “Torga: o escritor do simples”

Exposição amplamente ilustrada, de teor cronológico, que dá a conhecer o trajecto delineado pela vida e pela obra de Miguel Torga, revelando-se, deste modo, a extensão e a coerência do percurso de um dos maiores escritores de língua portuguesa do século XX.
Livros, painéis e fotografias do poeta Miguel Torga podem ser apreciados, gratuitamente, até 31 de Dezembro, no seguinte horário:
Terça a sexta-feira: 10h00-12h30 e 14h30-18h00
Sábado: 15h00-18h00
Encerra ao Domingo e à Segunda-feira
No edifício do antigo Bingo, na frente ribeirinha.


Póvoa do Varzim:

• Exposição "Da Escrita à Figura – desenhos da colecção da Fundação de Serralves"
Os trabalhos reunidos nesta exposição exemplificam diversas atitudes singulares em relação ao desenho por parte de artistas que o utilizam, seja como um suporte de provocação de códigos de comunicação visual como a escrita ou a representação matemática, seja num exercício diarístico e intimista de problematização do retrato e da representação da figura.
Num primeiro núcleo, trabalhos de Mirta Dermisache, Ana Hatherly, Jorge Pinheiro e António Sena. Os trabalhos de Hatherly e de Dermisache são exemplares de uma relação entre escrita e imagem que, desde inícios do séc. XX, tem redefinido a condição da obra de arte ao longo do século XX, das experiências dos primeiros modernismos até à emergência da poesia visual e da arte conceptual. A letra, a palavra, a frase e o texto tornaram-se suportes da obra de arte, frequentemente espacializadas para além do objecto ou do quadro. Hatherly e Dermisache utilizam a escrita, liberta dos seus significados linguísticos, como suporte de construção da imagem.
Jorge Pinheiro edita na década de 70 o álbum “Quinze ensaios sobre um tema ou Pitágoras jogando xadrez com Marcel Duchamp” (1970-74). Cada um destes “quinze ensaios” é resultante de uma diferente progressão numérica, que se estrutura através de conjuntos de pontos, linhas e curvas que se manifestam como códigos visuais construídos a partir de um conjunto de regras bem definidas. O título do álbum associa Pitágoras a Duchamp, numa conjugação irónica de referências entre um dos nomes fundamentais da história da reflexão matemática e um dos nomes fundamentais da arte do século XX, inventor do “ready made”, igualmente reconhecido pela sua prática do xadrez, jogo que, como é sabido, engendra a possibilidade de um conjunto infinito de jogadas a partir de um conjunto de regras finito.
Na obra de António Sena, o desenho é revisitado a partir da inscrição, rasura, composição, evidência e ocultação de uma complexa cartografia de marcas, sinais, escritas e representações. A obra de Sena introduz referências onde a representação de signos identificáveis origina uma objectividade surpreendente num processo de apropriação de registos do quotidiano. Numa série de trabalhos de finais da década de 70, o artista apresenta gráficos de barras cujas coordenadas e abcissas resultam em ritmos de alturas e densidades variadas, estatísticas abstractas sem referentes, cuja mensurabilidade se regista através de números, linhas, notas dispersas, rasuras e grafias para além de qualquer legibilidade.
Num outro núcleo da exposição encontramos desenhos da autoria de Sigmar Polke. São trabalhos de natureza quase diarística, registos de ideias e de projectos marcados frequentemente pelo humor e pela irisão. Os desenhos de Polke, provenientes dos seus cadernos de notas de finais da década de 60, constituem anotações de projectos que nessa altura o artista concretizaria nas suas pinturas ou esculturas subversivas e irreverentes, como acontece no caso do projecto da sua famosa “Casa de Batatas”, aqui apresentado.
Esta exposição fica patente até ao dia 10 de Janeiro.
Na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim.


Vouzela:

• Exposição Comemorativa do Livro
Até 23 de Dezembro.
Na Biblioteca Municipal de Vouzela.
Organização: C.M. Vouzela
Exposição que tem os livros como protagonistas. Especial destaque para as crianças e os seus gostos e uma motivação suplementar para os hábitos de leitura




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Nota: os Museus encontram-se encerrados nos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro

domingo, 21 de dezembro de 2008

As minhas asas

Eu tinha umas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Que, em me eu cansando da terra,
Batia-as, voava ao céu.

— Eram brancas, brancas, brancas,
Como as do anjo que mas deu:
Eu inocente como elas,
Por isso voava ao céu.
Veio a cobiça da terra,
Vinha para me tentar;
Por seus montes de tesouros
Minhas asas não quis dar.
— Veio a ambição, co'as grandezas,
Vinham para mas cortar,
Davam-me poder e glória;
Por nenhum preço as quis dar.

Porque as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Em me eu cansando da terra,
Batia-as, voava ao céu.

Mas uma noite sem lua
Que eu contemplava as estrelas,
E já suspenso da terra,
Ia voar para elas,
— Deixei descair os olhos
Do céu alto e das estrelas...
Vi entre a névoa da terra,
Outra luz mais bela que elas.

E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Para a terra me pesavam,
Já não se erguiam ao céu.

Cegou-me essas luz funesta
De enfeitiçados amores...
Fatal amor, negra hora
Foi aquela hora de dores!

— Tudo perdi nessa hora
Que provei nos seus amores
O doce fel do deleite,
O acre prazer das dores.

E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Pena a pena me caíram...
Nunca mais voei ao céu.

Almeida Garrett

Na voz de Luís Gaspar:

O que se escreve navegando...

Algumas frases engraçadas, escritas em motores de busca, que direccionaram visitantes para este blogue:

• cavaleira aveiras de cima
• letras e poesia euroticas
• poeta fingidor vinicius de moraes
• filho de almirante passou no concurso de pratico
• poros espessos na lingua
• animação de volumes
• monte abraão-igreja
• tabacaria paulo josé miranda
• le cafe entrecampos
• POROSIDADE NOS PES HUMANO
• nuno miguel torre chauffeur
• poemas em forma de árvore de natal
• fernando pessoa receita de ano novo
• telefone cgtp
• pato e prozidemde
• "natal é quando um homem quiser" paulo de carvalho canção musicada
• sex shop em lisboa av marques de tomar
• poema das barracas

(Tal e qual como estavam escritas)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Nuno Júdice é o novo director da Colóquio/Letras

O poeta Nuno Júdice é o novo director da revista Colóquio/Letras, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian, e o conselho editorial será presidido por Eduardo Lourenço.
A Fundação Calouste Gulbenkian pretende que a revista continue a ser uma referência no campo literário, o que sucede desde 1971, seguindo os princípios e valores que a nortearam desde a sua criação e orientação por Hernâni Cidade, Jacinto Prado Coelho, David Mourão-Ferreira e Joana Varela.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O dias do Amor

Como (alguns de vós) sabeis, tive em mãos, no último ano e meio, a prazenteira (ou amorosa) tarefa de organizar uma antologia de Poesia sobre o Amor, a pedido da editora Ministérios dos Livros.
Neste empreendimento, empenhei-me em reunir os mais belos poemas de amor, no limite de tempo que me foi concedido. Recolha esta que resultou num conjunto de 365 poemas de 365 poetas diferentes, com satisfatória contemporaneidade, pois inclui um número significativo de autores vivos (grande parte, com poemas inéditos).
Não segui “correntes”, nem estilos, nem tendências, apenas pretendi reunir poemas com a temática do amor, numa proposta o mais diversificada possível, desde a antiguidade até aos dias de hoje.
E assim nasceu Os dias do Amor — Um poema de amor para cada dia do ano.
A antologia estará nas livrarias no próximo dia 23 de Janeiro e estão previstos lançamentos no Porto, em Viseu, em Lisboa e também mais a Sul: em Faro e, possivelmente, em Évora.
O livro tem um belíssimo prefácio escrito pelo (também poeta presente na antologia) Henrique Manuel Bento Fialho e a capa foi trabalhada sobre uma foto original do (também poeta presente na antologia) Ozias Filho.
Agradeço publicamente a: Amadeu Baptista, E. M. de Melo e Castro, Myriam Jubilot de Carvalho, Ozias Filho, Henrique Manuel Bento Fialho, Eduardo M. Raposo, Álvaro Faria, Fernando Esteves Pinto, Luís Graça, António Ramos Rosa, Casimiro de Brito, Adalberto Alves, António Simões, Manuel Neto dos Santos, José Manuel de Vasconcelos, Rui Costa, Maria Teresa Dias Furtado, Miguel Martins (pelo apoio, pelas sugestões, pelos contactos, pelos livros, pelas traduções, pela amizade).

“Porque por amor enlouquecem os amantes, por amor se suicidam e matam (...), por amor o sacrifício, a entrega mística e a obstinação carnal, ou a entrega da carne e a obstinação mística, por amor os duelos reparados pela conciliação, por amor os territórios transfronteiriços, a abolição das fronteiras, o fim das dicotomias, por amor a paixão, por amor a morte, tudo isso num poema.”
Henrique Manuel Bento Fialho
(do Prefácio)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Poesia "in progress"


Poesia "in progress"
O natal visto pelos nossos grandes poetas
Org.: Poetria
(Café Progresso, dia 18, às 21.30 h)
Rua Actor João Guedes, nº5, Porto.

Novidades Afrontamento

DUPLO ESPLENDOR
Gonçalo Salvado
«[...] Uma muito particular mística se anuncia neste livro e na poética de Gonçalo Salvado. A mulher, sol e fruto de uma sombra que desenha a doçura, a consciência desperta ante o sortilégio de um amor sempre sonhado. O amor, como a poesia, embriaga e desperta, conduz o viajante entre palpáveis e férteis segredos. As palavras têm som e perfume, cor e música, asas e estrelas e esse dom, essa oferenda de uma natureza íntima é o dom do corpo, um corpo amado e que ama em correspondências que anunciam a nupcial, inicial, aliança do humano e do Cosmos, do Cosmos e do divino. [...]» (do prefácio)


POETAS DO ATLÂNTICO
Maria Irene Ramalho
Esta obra encerra três objectivos principais. Em primeiro lugar, reler a poesia de Pessoa à luz da tradição anglo-
-americana, com a qual tem tantas afinidades, e, a partir daí, ressituá-la no lugar que lhe cabe no contexto mais vasto do modernismo ocidental. Em segundo lugar, repensar as implicações ideológicas da poesia lírica através, justamente, do confronto de Pessoa com o modernismo anglo-americano. A este respeito, a relação de Pessoa com Whitman reveste-se de grande importância. O modo como Pessoa lê Whitman ajuda-nos a entender melhor a relação dos modernistas americanos com o «poeta da democracia americana». Por sua vez, o seu modo de ler a «nação» elucida-nos sobre o modo como os poetas americanos lêem «América». Por último, este livro destaca uma série de conceitos pessoanos, sugerindo que eles oferecem uma boa estratégia para fazer falar a dificuldade de falar sobre poesia. Por conceitos pessoanos, a autora entende tanto conceitos realmente usados por Pessoa, como conceitos que a leitura de Pessoa a autoriza a atribuir-lhe. Por exemplo: o Atlantismo e a Interrupção, que informam respectivamente o terceiro e o sétimo capítulos, são conceitos como tal formulados por Pessoa. O mesmo acontece com o Desassossego, que na conclusão ajuda a avaliar o contributo de Pessoa para o nosso entendimento da lírica moderna. Por sua vez, a Arrogância e a Intersexualidade, que dão forma ao quarto e quinto capítulos, são conceitos que se deduzem da leitura de Pessoa, com o mesmo objectivo em mente: compreender melhor a lírica moderna através da sua poesia.
Maria Irene Ramalho é licenciada pela Universidade de Coimbra e doutorada pela Universidade de Yale. É professora de Estudos Ingleses e Americanos da Universidade de Coimbra e International Affiliate do Departamento de Literatura Comparada da Universidade de Wisconsin-Madison.

Antes rir... que chorar!


Leilão do espólio de Fernando Pessoa — versão "Os Contemporâneos"
(encontrado no blogue Um Fernando Pessoa)

"Nada, senão o instante, me conhece.
Minha mesma lembrança é nada, e sinto
Que quem sou e quem fui
São sonhos diferentes."

Prémio de Poesia Daniel Faria 2009

Recordo que estão ainda abertas as candidaturas ao Prémio de Poesia Daniel Faria, pelo que os interessados poderão enviar os seus trabalhos até 31 de Dezembro de 2008.

Aqui fica o Regulamento:

Regulamento do “Prémio de Poesia Daniel Faria”
1. A Câmara Municipal de Penafiel, a Quasi Edições e os herdeiros de Daniel Faria instituem anualmente o “Prémio de Poesia Daniel Faria”.
2. O Prémio é atribuído na modalidade de Poesia, visando estimular a criação poética e, em especial, o aparecimento de novos autores.
3. Podem concorrer ao Prémio trabalhos inéditos de autores com idade inferior a 35 (trinta e cinco anos) no mês de apresentação dos resultados (Março 2009).
4. São admitidas a concurso, exclusivamente, obras inéditas em língua portuguesa, com o mínimo de 30 (trinta páginas).
5. O Prémio consiste na edição da obra premiada pela Quasi Edições e no pagamento integral dos direitos de autor dos exemplares vendidos pela editora, no valor de 10% sobre o preço de capa.
6. As obras concorrentes deverão ser enviadas até 31 de Dezembro de 2008, para “Prémio de Poesia Daniel Faria”, Quasi Edições, Apartado 562, 4764-901, Vila Nova de Famalicão.
7. Para efeito de atribuição do Prémio, será constituído um Júri composto por um representante da Câmara Municipal de Penafiel, um representante da Quasi Edições, um representante da Comissão de Edição da Obra de Daniel Faria e uma personalidade de reconhecida competência nesta área.
8. O representante da Câmara Municipal de Penafiel presidirá ao Júri; em caso de empate, um elemento do Júri, rotativamente nomeado, terá voto de qualidade.
9. O Júri pode propôr a não atribuição do Prémio por falta de qualidade das obras concorrentes; não pode, em caso algum, atribuí-lo a mais do que uma obra.
10. O Júri pode atribuir Menções Honrosas no número que lhe aprouver.
11. O autor a quem tenha sido atribuído o Prémio não pode concorrer na edição seguinte.
12. Os trabalhos concorrentes, de que deverão ser enviados 5 (cinco) exemplares para a morada mencionada no ponto 6, serão assinados com pseudónimo não conhecido, usado pela primeira vez, e acompanhados de um envelope lacrado contendo a identificação do autor e os dados para contacto.
13. Os exemplares dos trabalhos não premiados não serão devolvidos, sendo destruídos 30 (trinta) dias após o anúncio dos resultados.
14. Os resultados serão publicitados na Comunicação Social e disponibilizados no site da Editora, no site da Câmara Municipal de Penafiel e em outros sites relacionados com as entidades promotoras do Prémio.
15. Todos os casos omissos serão deliberados pelos promotores do Prémio.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Poesia para crianças

Vai ter lugar no próximo dia 17 de Dezembro, na Livraria Salta Folhinhas (Rua António Patrício, nº 50, no Porto), pelas 18h30, a sessão de apresentação do novo livro de poesia para crianças da autoria de Amadeu Baptista "Os Cavalos a Correr", ilustrado por Estela Baptista Costa e editado pela editora Trinta por uma linha.


Ternura

A magnífica
refeição que o tratador
dá ao cavalo:
aveia,

duas dúzias de cenouras
e uma maçã vermelha.
Devolve-lhe o cavalo
a afeição

com um roçagar
leve da garupa.
Todo ele afecto,
a derramar ternura.

Outras sugestões para os próximos dias


16 de Dezembro (terça-feira):

VILA NOVA DE GAIA - El Corte Inglés
Lançamento do livro "Açougue" de Amadeu Baptista (XVI Prémio de Poesia Espiral Maior), no próximo dia 16 de Dezembro, pelas 18h30, no El Corte Inglés – Sala de Âmbito Cultural (Piso 6), Av. da República, 1435 – Vila Nova de Gaia.
A sessão contará com a presença de:
Ramón Pernas (Director de Âmbito Cultural), Jorge Velhote (poeta), Miguel Anxo Fernán Vello (Director das Edições Espiral Maior) e Amadeu Baptista (o autor).

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17 de Dezembro (quarta-feira):

PORTO – Palacete Viscondes de Balsemão
Vai ter lugar, no dia 17 de Dezembro, uma sessão de apresentação de dois livros de António Rebordão Navarro. Trata-se da reedição, sob chancela da edium editores, de duas obras do autor: "Romagem a Creta" (primeiro romance do autor, publicado em 1964) e do poemário "27 Poemas" (publicado em 1988).
O evento decorrerá no Palacete Viscondes de Balsemão (Praça Carlos Alberto, Porto), pelas 21.00 horas.

PORTO - Clube Literário do Porto
No dia 17 de Dezembro, vai ter lugar no Piano Bar do Clube Literário do Porto, pelas 22:00, uma sessão das Quartas Mal Ditas sob o tema "Nascer".
Com leituras por Anthero Monteiro, António Pinheiro, Diana Devezas, Isabel Marcolino, Joana Padrão, Luís Carvalho, Mário Vale Lima, Marta Tormenta, Rafael Tormenta e interpretação musical por Carlos Andrade (voz e guitarra acústica).

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18 de Dezembro (quinta-feira):

PORTO – Teatro do Campo Alegre
Lançamento da antologia “DIGA 33 – os poetas das Quintas de Leitura”, obra integrada na Colecção Cadernos do Campo Alegre, editados pela Fundação Ciência e Desenvolvimento. O lançamento deste 12º livro dos Cadernos do Campo Alegre realizar-se-á no decorrer de um espectáculo de Quintas de Leitura, no dia 18 de Dezembro, às 22h00, no TCA.
Esta antologia perpetua a passagem de importantes poetas da poesia portuguesa contemporânea pelo ciclo “Quintas de Leitura”, com 33 textos, muitos deles inéditos, e 33 retratos captados propositadamente para a antologia.
A antologia é organizada pelo programador do ciclo, João Gesta, e os retratos, captados entre Abril e Outubro deste ano, são da autoria da Pat. Susana Fernando assina o design gráfico da obra.
Os 33 retratos da fotógrafa Pat estarão em exposição no Foyer do teatro a partir de 16 de Dezembro, podendo a exposição ser visitada das 14h00 às 22h00.
Os autores são:
Adília Lopes, Daniel Jonas, Regina Guimarães, Ana Deus, Yolanda Castaño, Aldina Duarte, Paulo Condessa, Nuno Moura, João Rios, José Luís Peixoto, Jorge Sousa Braga, valter hugo mãe, Gonçalo M. Tavares, Filipa Leal, Adolfo Luxúria Canibal, Nuno Júdice, Maria do Rosário Pedreira, Paulo Campos dos Reis, Pedro Mexia, Rui Reininho, Daniel Maia-Pinto Rodrigues, Ana Luísa Amaral, António Mega Ferreira, Pedro Abrunhosa, Manuel António Pina, João Habitualmente, Jorge Reis-Sá, Fernando Pinto do Amaral, Vasco Gato, Maria Andresen, Marta Bernardes, Catarina Nunes de Almeida e José Tolentino Mendonça.

CASCAIS - Biblioteca Municipal
Mais uma edição do NOITES COM POEMAS - dia 18 de Dezembro, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana.
Convidado: Joaquim Boiça, que falará de faróis e d'«As Palavras são Faróis...».





LISBOA – Café Martinho da Arcada
Convívios Poéticos do Círculo Nacional d'Arte e Poesia
Até 27/12/2008
Todas as quintas, das 16h às 18h
Informações Úteis: 213 973 717
No Café Martinho da Arcada (Pç. do Comércio, 3)


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19 de Dezembro (sexta-feira):

PORTO – Clube Literário do Porto
«KUNUAR» é o título do mais recente livro de Luísa Coelho, cuja apresentação tem lugar no Clube Literário do Porto, na próxima sexta-feira, dia 19, pelas 21h30.
Uma provocação, uma chamada de atenção, ou um soco no estômago em forma de poemas sobre a realidade angolana. Uma realidade que a autora tão bem conhece.
A apresentação estará a cargo de Silvestre Pestana.

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20 de Dezembro (sábado):

CASCAIS – Biblioteca Municipal
Dia 20 de Dezembro, pelas 16 horas, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, terá lugar a sessão de lançamento do livro PerCursos de Cascais - um mar de escritas, colectânea de textos de 18 autores que integraram uma Oficina de Escrita Criativa promovida pela Câmara Municipal de Cascais, com Luís Miguel Viterbo. Contos, memórias, poemas, desvarios, retratos da vida a que a liberdade criativa emprestou novas cores e outras formas, da autoria dos participantes no curso.

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21 de Dezembro (domingo):

PORTO – Livraria Gato Vadio
Sessão de Poesia – Súmula
Com Nuno Meireles e Júlio Gomes
Domingo, dia 21 de Dezembro, 17h30
Gato Vadio, Rua do Rosário 281
Porto

Sugestão da Andante para esta semana


Coisas que não há que há

Uma coisa que me põe triste
é que não exista o que não existe.
(Se é que não existe, e isto é que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há,
bichos que já houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão boas ainda por nascer
e outras que morreram há tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro,
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, países por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu nem posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num sítio onde só eu ia...

Manuel António Pina

Interpretado pela Andante:

Voz: Cristina Paiva; Música: W. A. Mozart (piano - Klára Wurtz); Sonoplastia: Fernando Ladeira

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Correntes d’ Escritas vai celebrar 10 anos em 2009







O 10º Correntes d’Escritas vai decorrer entre os dias 11 e 14 de Fevereiro de 2009.
Desde 2000 que durante quatro dias de Fevereiro a Póvoa de Varzim acolhe poetas, ficcionistas, contistas, críticos e agentes literários, professores, editores, jornalistas e leitores. E em 2009, a Poesia voltará a ser premiada.
Já é conhecida a lista dos 90 livros candidatos ao Prémio Literário Casino da Póvoa do Correntes d’Escritas, no valor de 20 mil euros. Será desta lista que sairá o vencedor.
No júri estão Ana Luísa Amaral, Casimiro de Brito, Jorge Sousa Braga, Fernando Guimarães e Patrícia Reis, que anunciarão a lista de finalistas em Janeiro. O vencedor será conhecido na sessão de abertura do Encontro, sendo o prémio entregue na cerimónia de encerramento.
Também os autores mais jovens (entre os 15 e os 18 anos) serão premiados com o Prémio Literário Correntes d’Escritas/ Papelaria Locus, que tem a sua própria lista de candidatos. São, no total, 183 trabalhos poéticos que concorrem a um prémio no valor de mil euros.

E, "a pedido de várias famílias"... aqui fica a lista dos livros candidatos ao Prémio Literário Casino da Póvoa do Correntes d’Escritas:

ASA/LEYA
Caçador de Pirilampos José Carlos de Vasconcelos

ASSÍRIO & Alvim
A Moeda do Tempo Gastão Cruz
Bellini e Pablo Também Luís Amorim de Sousa
Caligrafia Imperial e Dias Duvidosos Manuel Afonso Costa
Entre Cão e Lobo Manuela Parreira da Silva
Filho Pródigo José Agostinho Baptista
Nada Tão Importante Que Não Possa Ser Dito José Alberto Oliveira
O Acidente Jorge Gomes Miranda
O Amante Japonês Armando Silva Carvalho
Pétalas Negras Ardem nos Teus Olhos Luís Falcão
Segredos do Reino Animal Helder Moura Pereira

BONECOS REBELDES
Sortilégios da Terra canto de narração e exemplo Zetho Cunha Gonçalves

CAMINHO/LEYA
A Terceira Mão Manuel Gusmão
Auto-Retrato João Melo
Círculos / Dos sentidos das coisas André Barata / Rita Taborda Duarte
Deserto Pintado Isabel Cristina Pires
Dois Corpos Tombando na Água Alice Vieira
Entre Mar e Margem Henrique Dinis da Gama
idades cidades divindades Mia Couto
Inteiro Silêncio Cristina de Mello
Manual para Amantes Desesperados Paula Tavares
Ritos de passagem Paula Tavares

CAMPO DAS LETRAS
Dos limões amarelos do falo às laranjas vermelhas da vulva Eduardo White
Quando não souberes copia Fernando Tordo

COSMORAMA
Plantas Hidropínicas Fernando de Castro Branco
Poemas de Caravaggio Amadeu Baptista
Sobre as Imagens Amadeu Baptista
Zerbino José Rui Teixeita

COTOVIA
As Têmporas da Cinza A.M. Pires Cabral
Canto Onde Luís Quintais
Sonótono Daniel Jonas
Vida: Variações Bénédicte Houart

DERIVA
A Metamorfose das Plantas dos Pés Catarina Nunes de Almeida
Apócrifo José Ricardo Nunes
Catálogo de venenos Marilar Aleixandre
Da Sombra que Somos Maria Sofia Magalhães
Mágoa das Pedras Joaquim Castro Caldas
Meridionais João Pedro Messeder
O Problema de Ser Norte Filipa Leal

DOM QUIXOTE
A Luz da Madrugada Fernando Pinto do Amaral
A Matéria do Poema Nuno Júdice
As coisas mais simples Nuno Júdice
Doze Naus Manuel Alegre
Quarteto para as próximas chuvas João Rui de Sousa
Ribatejo e Além Carlos Frias de Carvalho

EDIÇÕES NELSON DE MATOS
Sete Partidas Manuel Alegre

GRAAL
Peregrinação Sentimental Rui Valada

INTENSIDEZ
Hangares do Vendaval Luís Serguilha

LETRAS & COISAS
Dizer-te Depois do Mundo Nuno Viana
O animal eólico do corpo Nuno Higino

LIVRO DO DIA
E como ficou chato ser moderno Luís Filipe Cristóvão
Quarto Escuro Inês Leitão

OCEANOS/LEYA
Analogia e Dedos Pedro Tamen
Lápis Mínimo Ana Marques Gastão
Senhor Fantasma Pedro Mexia

PAPIRO EDITORA
o cheiro da sombra das flores João Negreiros
Música de Viagem Cristino Cortes

PÁSSARO DE FOGO
Murmúrios Ventos Jorge Casimiro

PÉ DE PÁGINA
Água Crioula Olinda Beja
Fragmentos António Bento
Não se Ama o Mar sem Amar as Marés Rui Alexandre Grácio
vocação vegetal Sousa Dias

QUASI
A Cidade e os Livros Antonio Cicero
A Noite, o Que É? Francisco José Viegas
Amargas Cores do Tempo Nuno de Figueiredo
American Scientist António Gregório
Bibliotheca Scatologica José Emílio-Nelson
Casa Grande Sofia Pinto Correia Melo
Descrição da Mentira António Gamoneda
Gaveta de Papéis José Luís Peixoto
Inquietude Maria Teresa Horta
Livro de Estimação Jorge Reis-Sá
O Cão dos Dedos João Rios
Omertà Vasco Gato
Oráculo José Rui Teixeira
Órbitas Primitivas Paulo Renato Cardoso
Pêndulo Paulo Tavares
Revólver Rui Lage
Rua do Mundo Eucanaã Ferraz
Se me comovesse o amor Francisco José Viegas
Vão Cães Acesos na Noite Alexandre Nave
Vou para Casa Jorge Reis-Sá

7 DIAS 6 NOITES
Quilómetro Zero Ivo Machado

EDIÇÕES DE AUTOR
Angel Ana Paula Almeida
As Profundezas da Minha Mente Tiago Casanova
Contra a Manhã Burra Miguel - Manso
Enquanto a Manhã Não Foge César Maciel
Ensaios em dó menor Maria Carmen Lino
Póvoa, Musa de Varazim Ana Paula Almeida
Uma Nesga de Céu Maria Lino

69 Poemas de Amor


No dia 12 de Dezembro será apresentada em Lisboa, pelas 18:00,
na Livraria Bulhosa de Entrecampos (Campo Grande, 10-B)
a antologia 69 POEMAS DE AMOR de Casimiro de Brito,
editada pela 4 Águas Editora.

A antologia será apresentada por Maria João Cantinho, e serão lidos poemas por várias personalidades, seguindo-se um beberete.

Branco no branco, cantou
Bashô. Despes o vestido,
dispo o teu corpo.
A tua sombra na parede
branca. Sorris.
Apagas a luz.
Sabes que a tela da tua pele
me vai iluminar.
Debruças-te no meu peito:
sabes que o teu hálito me vai
acender. Branco
no branco.
Derramados
um no outro. Quem é luz?
Quem é sombra?
A cotovia
começa a cantar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Novo ípsilon






















Vai ver a versão on-line, aqui.

Foi há 10 anos...

No dia 10 de Dezembro de 1998 o escritor e poeta José Saramago recebia o Prémio Nobel da Literatura, em Estocolmo.

José Saramago no momento em que recebeu o Prémio Nobel das mãos de Carlos Gustavo, rei da Suécia.
No pnet literatura, uma referência de Luís Carmelo ao porosidade etérea. Envaideceu-me, claro.
Afinal, tudo vale a pena, se a alma não é pequena...

domingo, 7 de dezembro de 2008

Sugestão da Andante para esta semana


Eu...


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca


Voz: Cristina Paiva; Música: Mike Figgis; Sonoplastia: Fernando Ladeira

Prémio Literário P.E.N. Clube Poesia













A Cerimónia da entrega do Prémio P.E.N. Clube de Poesia (e dos restantes: Ensaio, Novelística e Primeira Obra) vai ter lugar no próximo dia 15 de Dezembro pelas 18:30 horas na SPA-Sociedade Portuguesa de Autores (Rua Gonçalves Crespo,62-Lisboa) e será presidida pelo Presidente da República.
Mais informações, aqui.

Recordo que os vencedores do 29.º Prémio P.E.N. Clube para obras de Poesia editadas em 2007, foram Helder Moura Pereira, com Segredos do Reino Animal (Assírio & Alvim) e Daniel Jonas, com Sonótono (Cotovia).

Helder Moura Pereira nasceu em Setúbal em 1949. Em 1990 reuniu os seus livros de poesia publicados até à data em De Novo as Sombras e as Calmas, poesia de 1976 a 1990. Publicou depois outros livros de poesia (Em Cima do Acontecimento, Nem Por Sombras, O Horizonte Basta, Amor Carnalis e Um Raio de Sol) e um de contos para crianças (A Pensar Morreu um Burro e Outras Histórias). O seu livro de poesia, Lágrima, foi publicado em 2002, seguindo-se A Tua Cara Não Me É Estranha, editado em 2004.
Tem traduzido regularmente autores como Ernest Hemingway, Jorge Luis Borges, Sylvia Plath, Charles e Mary Lamb, Sade, Guy Debord; e escrito sobre música no Jornal de Notícias.


Daniel Jonas nasceu no Porto em 1973. Publicou O Corpo Está Com o Rei (AEFLUP, 1997), Moça Formosa, Lençóis de Veludo (Cadernos do Campo Alegre, 2002) e Os Fantasmas Inquilinos (Cotovia, 2005). Traduziu, para as Edições Cotovia, Paraíso Perdido, de John Milton.

O que se escreve navegando...

Algumas frases engraçadas, escritas em motores de busca, que direccionaram visitantes para este blogue:

• 50 anos dos bombeiros poema
• mulheres portuguesas espanholas poros
• tabacaria alvares
• quadras populares ordinárias
• restaurante mariquinhas ribeira porto
• importadores de vergas em aveiras de cima
• poemas de amor para enviar para gmail
• te amo loucamente sã+poema completo
• site do teatro orion(show erotico)
• manuel mario du bocage

(Tal e qual como estavam escritas)

Prémio Revelação de Poesia de 2008 para Nizete Mavila

A escritora moçambicana Nizete Monteiro Gerónimo Mavila venceu o Prémio Revelação de Poesia de 2008, promovido pela Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), em parceria com o Centro Cultural Português/Instituto Camões e com o apoio do Banco BCI-Fomento, do Grupo Caixa Geral de Depósitos, com a obra Elegia e Esperança.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Sugestões para os próximos dias


9 de Dezembro (terça-feira):

ÉVORA - Estabelecimento prisional
A Associação Artística Andante apresenta no dia 9 de Dezembro, no Estabelecimento Prisional de Évora, pelas 14.30 horas, o espectáculo de Poesia “A Palavra Cativa”.
Partindo de textos escritos dentro de grades, dos escritores que fizeram da sua reclusão um enriquecimento da literatura de todos os tempos, a Andante juntou textos que apesar de não terem sido escritos na prisão, nos falam dessa experiência: juntou ainda os textos de reclusos que apesar de não serem famosos pela sua escrita, fazem dessa expressão uma forma de superação da sua situação actual.
Concepção: Cristina Paiva e Fernando Ladeira
Textos de: Alexandre O'Neill, António Aleixo, António Gedeão, António Jacinto, Bertold Brecht, Chimo, Clarice Lispector, Fiodor Dostoievski, Jorge de Sena, José Saramago, Luís de Camões, M.M.q.N. & Urano Falcão, Mário Fonseca, Mia Couto, Nazim Hikmet, Oscar Wilde, Sérgio Godinho, Vladimir Maiakovski
Espectáculo integrado no programa "Leitura sem fronteiras" da DGLB.
Mais informações: http://www.andante.com.pt/apcativa.html

LISBOA - Livraria Círculo das Letras

Terças-Feiras de Poesia
9 de Dezembro, pelas 18H30
Na Livraria Círculo das letras (Rua Augusto Gil, 15B)
Jorge Lino diz poemas e textos de autores portugueses.




FAFE – Biblioteca Municipal
A Editora Labirinto apresenta o livro “Do Intangível”, a mais recente obra Literária de Pompeu Miguel Martins, com tradução e prefácio de Victor Oliveira Mateus e grafismo de Júlio Cunha sob desenhos de César Taíbo. A sessão de lançamento com a presença do autor, está a cargo do crítico literário César Freitas, com inicio as 21h30, do próximo dia 9 de Dezembro, na Biblioteca Municipal de Fafe.
Pompeu Miguel Martins publica desde 1998. É autor de várias obras no domínio da ficção (poesia, romance, teatro e diarística). Sociólogo. Exerce actualmente o cargo de Director da Agência Nacional para a gestão do Programa Juventude em Acção, da Comissão Europeia

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10 de Dezembro (quarta-feira):

PORTO – Fnac de Santa Catarina
Lançamento do livro “Arrastar Tinta”, poesia de Pedro Eiras e pintura Nuno Barros, editado pela Deriva Editores, no dia 10 de Dezembro, pelas 18h30, na Fnac de Santa Catarina, no Porto.
O livro será apresentado pela ensaísta Helena Lopes.

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11 de Dezembro (quinta-feira):

LISBOA – Café Martinho da Arcada
Convívios Poéticos do Círculo Nacional d'Arte e Poesia
Até 27/12/2008
Todas as quintas, das 16h às 18h
Informações Úteis: 213 973 717
No Café Martinho da Arcada (Pç. do Comércio, 3)



LISBOA - Livraria Buchholz do Chiado
Apresentação no dia 11 de Dezembro, pelas 19h, na nova Buchholz Chiado, do livro "Sete Retratos & Sete Poemas para Fernando Pessoa", comemorando assim a abertura da segunda loja Buchholz, e os 120 anos do nascimento do poeta.
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12 de Dezembro (sexta-feira):

LISBOA – Livraria Bulhosa de Entrecampos
No dia 12 de Dezembro será apresentada em Lisboa, pelas 18:00, na Livraria Bulhosa de Entrecampos (Campo Grande, 10-B – a Entrecampos a antologia 69 POEMAS DE AMOR editada pela 4 Águas Editora, de Faro
A antologia será apresentada por Maria João Cantinho seguindo-se um beberete.




LISBOA – Casa do Artista
Apresentação do livro "Poetaneamente os Poetas da Tertúlia Rio de Prata"
A apresentação do livro será feita pelo Poeta António Manuel Couto Viana, no próximo dia 12 de Dezembro, às 18 horas, na Casa do Artista.




ODIVELAS – Casa do Largo

No dia 12 de Dezembro, vai realizar-se mais uma sessão da tertúlia quinzenal "Palavreando", pelas 22 horas, na Casa do Largo, Centro de Exposições de Odivelas.
Um local onde os tertulianos poetas, escritores, amantes da poesia, anónimos ou conhecidos conversam, ouvem e lêem poesia.

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13 de Dezembro (sábado):

ESPINHO – Biblioteca Municipal
Vai ter lugar no dia 13 de Dezembro, às 21h30, no São Mamede - Centro de Artes e Espectáculos de Guimarães, o lançamento do livro “Os meninos e outros poemas”, de António José Queirós (Editora Labirinto).
A apresentação será feita por António Cândido Franco, autor do prefácio.




TORRES NOVAS - Montepio de Nª. Srª. da Nazaré

Apresentação do Livro "Poetas Torrejanos Contemporâneos", (selecção, prefácio e notas de António Mário Lopes dos Santos), editado pela Ponte Editora, no auditório do Montepio de Nª. Srª. da Nazaré, em Torres Novas (edifício situado no Largo José Lopes dos Santos), no próximo dia 13 de Dezembro, pelas 16 horas.

O livro é constituído por poemas de 23 poetas torrejanos contemporâneos: Alexandre Saldanha da Gama, Ana Catarina Bordalo Faustino, António Lúcio Vieira, António Mário Lopes dos Santos, Carlos Nuno, Eduardo Bento, Emília Duque, Hugo Santos, Jorge Maia, José Alberto Marques, José Brites, José Coêlho, José Duarte da Piedade, Julião Bernardes, Luís Simões Gomes, Maria Adelaide Ferreira Rodrigues, Maria Adelaide Oliveira Simões, Maria Fernanda Pinto, Maria Sarmento, Martinho Branco, Moisés Ferreira, Paula Bordalo Faustino e Pedro Barroso.

PORTO - Clube Literário do Porto
Lançamento do livro “Janela Indiscreta“, de Paula Salema, primeira obra de poesia da autora. A apresentação do livro terá lugar no dia 13 de Dezembro pelas 17:00 no Piano Bar do Clube Literário do Porto.