segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Encontros sobre poesia para a infância e juventude em Coimbra

Toda a Poesia é luminosa
ENCONTROS SOBRE POESIA PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE


19 de Janeiro de 2013 | Casa Municipal da Cultura de Coimbra [10h00 – 18h00]
Público-alvo: educadores de infância, professores, bibliotecários e outros mediadores de leitura
Data limite de inscrição: 17 de Janeiro; Preço: 20,00€ (inclui a entrega dos livros «Versos de não sei quê» e «Rimas e Castanholas» "trabalhados" no encontro);

Ainda no âmbito desta iniciativa: EXPOSIÇÃO | 17h00 | Galeria Pinho Dinis | Inauguração de “Imagens de Contar”, de ANABELA DIAS (Ilustração) Exposição patente até ao dia 31 de janeiro.
FEIRA DO LIVRO
Casa Municipal da Cultura Rua Pedro Monteiro - Coimbra

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Lançamento da Gratuita

As Edições Chão da Feira convidam para o lançamento de três publicações:

Dia 22 de Dezembro de 2012 - 16-20h
Rua São Mamede (ao Caldas), 22-2 andar,

Lisboa "Literatura, defesa do atrito",
de Silvina Rodrigues Lopes

"A carta de Lord Chandos",
de Hugo von Hofmannsthal
com tradução e posfácio de João Barrento

"Gratuita" – v.1
Editorial e organização de Maria Carolina Fenati,
Editorial de poesia de Júlia de Carvalho Hansen
e textos de Ana Martins Marques, Ana Mata, Antonin Artaud, Clayton Guimarães, Davi Pessoa Carneiro, Dimitris Christoulas, Eduardo Pellejero, Emílio Maciel, Érica Zíngano, Francesco Leonetti, Furio Jesi, Georges Bataille, Giorgio Agamben, Guilherme Freitas, Gustavo Rubim, Henri Michaux, Henrique Estrada Rodrigues, Hugo von Hofmannsthal, Jacques Rivière, João Barrento, Júlia de Carvalho Hansen, Júlia Studart, Karlene Pires, Károly Kerényi, Laura Erber, Luca Argel, Marcílio França Castro, Marcos Antonio de Moraes, Marcos Visnadi, Maria Archer, Maria Carolina Fenati, Maria Filomena Molder, Maria Gabriela Llansol, Mbarakay, Pier Paolo Pasolini, Pyelito Kue, René Char, Ricardo Piglia, Roberto Roversi, Rodolfo Walsh, R. Ponts, Rui Tavares, Silvina Rodrigues Lopes, Tonico Benites, W.G. Sebald, Vinícuis Nicastro Honesko, Virgínia Boechat, Vittorio Sereni. Tradução Bernardo Romagnoli Bethonico, Davi Pessoa Carneiro, Eduardo Jorge, Eduardo Pellejero, Érica Zíngano, Guilherme Freitas, João Barrento, Marcela Vieira, Marcos Visnadi, Rui Caeiro, Rui Tavares, Susana Guerra e Vinícius Nicastro Honesko.

«Livro da Luz» de António Poppe


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Agenda poética do Olimpo

20 DEZ (Quinta)
22.30 h - POESIA DE CHOQUE (projecto de A. Pedro Ribeiro & Luís Beirão, Agostinho Magalhães no banjo)
Noite mensal, na 3ª Quinta do mês.

21 DEZ (Sexta)
21.30 h - Apresentação do livro "Fora da Lei" (livro de poesia de A. Pedro Ribeiro, apresentado por Alexandre Teixeira Mendes)
23.00 h - ESPECIAL TUGAS NO OLIMPO! (música de raíz e inspiração tradicional por Blandino Domingues & amigos)
Evento mensal, normalmente no 2º Sábado do mês.

26 DEZ (Quarta)
23.00 h - POESIA NO OLIMPO (noite poética de participação livre, tema sugerido: a morte/o final) Noite semanal, todas as Quartas.

28 DEZ (Sexta)
23.00 h - ESPECIAL UM CHEIRINHO DE POESIA (poesia intimista e descontraída por Luís Beirão & Carlos Andrade à viola) Evento semanal, normalmente às Terças.

OLIMPO (BAR CAFÉ) - RUA DA ALEGRIA, Nº26, PORTO (info: 96 794 6801/ 91 903 9110/ 93 741 3948)
Mais informações: http://www.facebook.com/olimpobarcafe

Próximos espectáculos da Andante

20 Dezembro de 2012
Afinal o caracol...
Associação de S. José - Braga (só para as crianças da instituição)

21 Dezembro de 2012
A leitura em voz alta
Inscrições: 253 205 970
Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva - Braga das 10.00 às 17.00

21 Dezembro de 2012
adVERSUS - entrada livre
Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva - Braga, 21.30

Mais informações aqui: http://www.andante.com.pt

Hoje há Poesia na Barraca!

Poesia às Quintas com Miguel Martins – 10ª sessão – Bar a Barraca – 20 de Dezembro – 22.30h – entrada livre   

Quando, por uma feliz conjugação astral, é possível juntar sobre o mesmo palco duas musas do calibre de Judith Retzlik (violino) e Patrícia Baltazar (poesia), é bem natural que o público se interrogue: a) o que é que aquele gordo está a fazer ali no meio?; b) para quê música?, para quê poesia?, se a mera contemplação das garotas já seria, por si só, espectáculo mais do que suficiente?; c) quando é que o gordo baza? 
É o que sucederá na próxima 5ª, no sítio do costume (e a ver se não vão outra vez para o Pingo Doce, irra): Miguel Martins e Patrícia lerão poemas de ambos e Judith interpretará alguns dos mais inolvidáveis êxitos da Polka Sudanesa. 
Quem não aparecer gosta de tomar o pequeno-almoço na cama com o Conselho de Estado.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Hoje é dia de Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada


A Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada acontece todos os sábados, das 10H00 às 19H00, na Guilherme Cossoul de Campolide: Palácio de Laguares – Rua Professor Sousa da Câmara, 156 – Campolide (às Amoreiras).
Nesta feira, que oferece ao público mais de 1000 livros, para além da Poesia e da Banda Desenhada (que são a grande maioria), há também Revistas Literárias, Livros Infantis, Fanzines, Livros de Teatro, entre outros.
A Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada tem ainda uma secção exclusivamente dedicada a Cabo Verde, com livros de poesia, prosa e fotografia de autores cabo-verdianos contemporâneos.
Na Feira têm acontecido vários eventos como lançamentos e sessões de autógrafos. http://feiradolivrodepoesia.blogspot.com
https://www.facebook.com/events/439503406091086

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sessão de Encerramento da VOZ HUMANA


Novo livro de Miguel Martins


Lançamento do novo livro de Miguel Martins "Cãibra", no dia 15 de Dezembro, pelas 18H00, no Bar A Barraca.

Lançamento de "Fora da Lei" de A. Pedro Ribeiro no Piolho

O livro de poesia e de outros escritos de A. Pedro Ribeiro, "Fora da Lei" (edições e-ditora) vai ser lançado no próximo sábado, 15, pelas 17H00 no café Piolho, no Porto.
A apresentação da obra vai estar a cargo do escritor Rui Manuel Amaral.

A. Pedro Ribeiro ou António Pedro Ribeiro nasceu no Porto no Maio de 68. Viveu em Braga e reside actualmente em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde). "Fora da Lei" é o seu décimo primeiro livro depois de, entre outros, "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco), "Café Paraíso" (Bairro dos Livros), "Nietzsche, Jim Morrison, Henry Miller, os Mercados e Outras Conversas" (World Art Friends), "Queimai o Dinheiro" (Corpos) e "Saloon" (Edições Mortas). A. Pedro Ribeiro é licenciado em Sociologia pela Faculdade de Letras do Porto e cronista. É diseur e performer, tendo actuado no Festival de Paredes de Coura e no Teatro do Campo Alegre no Porto, mantendo as noites de Poesia de Choque com Luís Beirão no bar Olimpo também no Porto. Está "fora da lei" e exige o mundo, o amor e a liberdade aqui e agora.

"Fora da Lei" é o décimo primeiro livro de A. Pedro Ribeiro. Poemas como "Bem-Vindo à Máquina", "Liberdade", "Homem Livre" ou "O Poema" celebram a liberdade que poderia ser ao mesmo tempo que denunciam um mundo onde o homem é violentado na sua essência, onde é privado da juventude e da infância para se colocar ao serviço de uma máquina que o obriga a trabalhar, a ir atrás do dinheiro, a procriar, a "subir na vida". Mas "Fora da Lei" é também o poeta maldito que vai às noites e aos bares, que tem iluminações, que segue a estrada do excesso, da hybris, da desmesura. É o poeta que sobe ao palco de "Paredes de Coura" ou de "Anjo em Chamas", que prova a glória, o fracasso e a ressaca, que desafia e provoca, que recusa a vida normal das pessoas normais e apela à revolução e à revolta. "Fora da Lei" é a rejeição de todos os governos, de todos os patrões, de todos os medos, de todas as castrações. É Dionisos, o xamã e a loucura mas também a procura do sonho, do imaginário, da magia, das estrelas, do amor, da alma. "Fora da Lei" é a história do poeta.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Natal com Torga na Casa-Museu Miguel Torga

O NATAL COM TORGA
Casa- Museu Miguel Torga

13 de Dezembro | 18h00
Apresentação do folheto informativo sobre a Casa-Museu Miguel Torga
Texto: Clara Crabbé Rocha
Fotografia: Pedro Medeiros
Design Gráfico: Rui Veríssimo Design

Recital de Poesia | Leitura de poemas de Miguel Torga
Oficina de Poesia (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)
Conceição Riachos: “Retábulo”, “Natal” e “Natal” - [Diários, XVII; X e XIV].
João Rasteiro: “Natal”, “História Antiga” e “Último Natal” - [Diário VIII, I e XVI].
Licínia Regateiro: “Natal”, “Loa” e “Natal” - [Diários XV, XI e V].
Poema em conjunto: “Natal” - [Diário XV]
Música | “Infantes da Música” (São Silvestre)

17 de Dezembro | 21h30 e 22h30
Natais de Torga

Recital de Poesia | Textos de Miguel Torga (seleção de João Maria André). Criação coletiva da Bonifrates. Coordenação de João Janicas.
Bonifrates - Cooperativa de Produções Teatrais e Realizações Culturais C.R.L.

SINOPSE
Um visitante percorre os diferentes espaços da Casa de Miguel Torga em Coimbra; reconhece nos seus recantos e objetos as marcas do autor. Em cada divisão, assiste a fragmentos dos Natais vividos por Torga ao longo da sua vida, através das vozes dos seus leitores e personagens.
A casa é um lugar onde se escrevem outros lugares e o tempo deles, lugares e tempos de que nunca se partiu e a que não é possível regressar.
O ritual da escrita de Natal de Miguel Torga repete os gestos inaugurais do nascimento e da morte como uma liturgia ou um pesadelo.

SALA DE VISITAS | Regressar sem partir
Leituras de José Manuel Carvalho e Cristina Janicas.
QUARTO DE DORMIR | Cama de nascer, cama de morrer
Leituras de Vitor Carvalho, Margarida Caramona e Mariana Alves
ESCRITÓRIO | O fogo e as cinzas
Leituras de Francisco Paz e Maria José Almeida
SALA DE JANTAR | Deus à mesa
Leituras de Fernando Taborda, Maria Manuel Almeida e Beatriz Janicas
Entrada livre (lotação limitada)
Reservas: Telef. 239702630 (Casa Municipal da Cultura)

7 de Janeiro | 18h00
Apresentação do Livro de Escrita | caderno de notas

Cantar as Janeiras | Grupo Folclórico de Coimbra
Doçaria de Natal
Entrada livre (lotação limitada)

QUERES SER AMIGO DO TORGA?
17 de dezembro | 14h30 – 17h30
Quem é Miguel Torga?
Vem conhecer o Poeta e “conversar” com ele. Verás a sua casa e encantar-te-ás com as suas memórias natalícias. Partilharás, ainda, de um pequeno lanche com alguns doces de que Miguel Torga tanto gostava.
Colaboração de alunos do Curso de Animação Socioeducativa da Escola Superior de Educação de Coimbra.

18 de dezembro | 14h30 – 17h30
Inventar e colorir o Natal
Atelier de expressão plástica onde poderás fazer enfeites de Natal e decorar um pinheiro;
Para finalizar a tarde irás fazer um presépio de cartolina com imagens já impressas.

Mãos na massa
Sabes o que se costuma comer no Natal? Conheces a história de alguns doces? Gostas de cozinhar?
Vem participar em um atelier de culinária confecionando uma das iguarias desta quadra.
Gratuito
Público-alvo: crianças dos 8 aos 12 anos (limitado a 10 participantes por dia).
Inscrições: De 10 a 14 de dezembro - Telef. 239702630 – Divisão de Ação Cultural

Casa Municipal da Cultura: Rua Pedro Monteiro - 3000-329 Coimbra
Telef. 239 702 630 / Fax 239 702 496

Hoje há Poesia na Barraca!

Poesia às Quintas – com Miguel Martins
9ª sessão – Bar a Barraca – 13 de Dezembro, 22H30 – entrada livre 

Máximo Gorki, Vladimir Ilitch Lenin, Alexei Gastev (foto), Ievgueni Ievtuchenko. Ora aqui está aquilo a que, em Estudos Literários, se chama uma “tropa fandanga” ou, em alternativa, “uma cambada de comunas piores do que o Otelo”. Ainda assim, são estes os autores com que Miguel Martins nos brindará no próximo dia 13.
Ao piano, Rui Godinho (que é para a banda da PSP aquilo que Margarida Pinto Correia é para a Casa do Gil – não faço ideia o quê) deixará boquiabertos os mais incautos, já que a sua verve pianística bascula entre a violência de Cecil Taylor e a melosidade de Shegundo Galarza.
A seu lado, Sónia Montenegro, multi-instrumentista checa de bradar aos céus, promete, nas suas palavras, “fazer música à base de sons”.

Quem não aparecer é porque tem a líbido de um Mota Amaral.

GROTO SATO de Raquel Nobre Guerra


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Afinal o Caracol...

A Associação Artística ANDANTE tem neste momento em cena um lindíssimo espectáculo de promoção da leitura para bebés (dos 6 meses aos 3 anos), com poesia de Fernando Pessoa.







Ficha técnica do espectáculo:
Textos: Fernando Pessoa
Encenação, pesquisa e sonoplastia: Fernando Ladeira
Interpretação e pesquisa: Cristina Paiva
Ilustrações, figurino e espaço cénico: Mafalda Milhões
Música: Joaquim Coelho
Mestra de costura: Teresa Louro
Chapéu - execução: Luís Santos
Tapete - execução: Mariana Monte
Livro - execução: Armando Chaínho
Produção: Andante Associação Artística

O próximo espectáculo será no dia 8 de Dezembro, na Casa da Avenida (Avenida Luísa Todi, 286), em Setúbal, às 16H00.
Marcações: 917 038 187
Crianças 3,00€ / adultos 5,00€

A banda sonora original do espectáculo existe também em CD, que pode ser encomendado por e-mail para andante@andante.com.pt

Mais informações aqui: http://www.andante.com.pt/afinal_caracol.html

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Do Verbo e da Luz

"Do Verbo e da Luz", livro com fotografias de Guilherme Duarte e poemas de Luís Graça e Jerónimo Nogueira, vai ser apresentado no próximo dia 30 de Novembro, pelas 19H00, no Museu da Água (Mãe d'Água), ao Jardim das Amoreiras, em Lisboa.
Haverá leitura de poemas e uma pequena sessão musical.


Novo livro de Tiago Moita


Vai ter lugar, na Biblioteca Pública Municipal do Porto, no dia 30 de Novembro, às 21H30, a apresentação do livro "Post Mortem e Outros Uivos" de Tiago Moita, editado pela WorldArtfriends/Corpos Editora.
A apresentação será feita pelo poeta Aurelino Costa.



O SILÊNCIO SAIU À RUA

O silêncio saiu à rua sem aviso prévio
num sarcasmo saído de uma sede invisível
de rosto descalço e peito fustigado
pela febre azul do desassossego

vestia pele de cobra
com tatuagens de sombras
rosas sangue nos olhos
e um fogo índigo na alma
lavrando a palavra e o corpo

alastrava cego e surdo
como um incêndio
por entre ruas e avenidas
despia máscaras com um grito
e o poder com a presença

por onde passava
multiplicava desejos e sonhos
multiplicava-se
diluindo o medo
no lume brando da vida

não trazia relógio nem calendário
nem bilhete de identidade ou passaporte
apenas o eco exangue do estômago
ignorado pela metafísica das sondagens

talvez precisasse de dicionários
para cada legenda dos seus uivos
talvez precisasse de agendas
para cada intervalo de fúria

poderia ser qualquer coisa...
fulgor de chama sem sangue
pseudónimo almiscarado de uma bandeira nua
ruído de fundo de um buraco negro
poderia ser tudo...

menos silêncio...

domingo, 25 de novembro de 2012

"Pela Leonor Verdura" pelo grupo Mandrágora

Ao completar 33 anos de vida associativa, o grupo Mandrágora - Centro de Cultura e Pesquisa de Arte, apresenta "Pela Leonor Verdura" - um novo projecto marcado por uma linguagem teatral/performativa e com base na poesia experimental/concreta portuguesa.

Dias: 29 e 30 de Novembro
1, 7 e 8 de Dezembro
31 de Janeiro
1 e 2 de Fevereiro
Horário: 21h30

Encenação: M. Almeida e Sousa
com: Bruno Vilão e Íris Santos
Som: Ricardo Mestre
Vídeo: Bruno Corte-Real

Na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul (Santos - Lisboa)

A acção percorrerá a poesia experimental dos poetas: - EMERENCIANO - ANA HATHERLY - MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS - LIBERTO CRUZ - JAIME SALAZAR SAMPAIO - ALBERTO PIMENTA - E. MELO E CASTRO - ANTÓNIO ARAGÃO - ABÍLIO JOSÉ SANTOS - SALETTE TAVARES - JOSÉ OLIVEIRA - ALEXANDRE O'NEIL - FERNANDO AGUIAR - CESAR FIGUEIREDO - M. ALMEIDA E SOUSA - ANTÓNIO DANTAS - ARMANDO MACATRÃO - JOSÉ ALBERTO MARQUES - SILVESTRE PESTANA

No primeiro dia (estreia), após a representação haverá um debate informal com alguns dos poetas representados (no bar da Sociedade Guilherme Cossoul) sobre a poesia experimental portuguesa - "movimento" que marcou uma geração de poetas lusos nos anos 60 e aos quais prestamos a nossa homenagem com este "Pela Leonor Verdura".

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Poesia reunida de Carlos Poças Falcão

Lançamentos do livro "Arte Nenhuma", poesia reunida de Carlos Poças Falcão, editada pela Opera Omnia:

Dia 24 de Novembro, pelas 21H30, na Convívio Associação Cultural (Largo da Misericórdia, 7 e 8), em Guimarães.

Dia 29 de Novembro, pelas 22H00, na Livraria Paralelo W (Rua dos Correeiros, 60-1º Esq.) em Lisboa.

Tertúlia na Biblioteca Anexa Municipal de Souselas


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Hoje há Poesia na Barraca!

E é o aniversário do Miguel Martins!

Poesia às Quintas – com Miguel Martins – 6ª sessão – Bar a Barraca – 22 de Novembro – 22.30h – entrada livre  

22 de Novembro, dia de Santa Cecília, padroeira da música. O ano é 1969. Um menino nasce. Seu nome? Miguel Martins. Por muitos (ou, pelo menos, por si próprio) considerado o novo Cristo, o profeta, o guru, o basbaque, o banana, enfim. 
No dia em que se cumprem as suas 43 primaveras (e 29 anos desde que perdeu a virgindade, às mãos de um bombeiro do Sarzedelo), Miguel, entre outros poemas, partilhará connosco o seu primeiro livro, “Seis poemas para uma morte”, o qual, ainda hoje, 17 anos volvidos sobre a sua publicação, e para vergonha da cooperação cultural luso-brasileira, continua à espera de ser vertido para o formato samba-enredo, não obstante o suposto interesse de nomes que vão de Villa-Lobos a Nelson Ned. 
Miguel, que se acompanhará à melódica, terá a seu lado, desenhando, com o furor tão característico dos artistas plásticos Jeovás, a brilhante e escultural Ana Tecedeiro, acerca de quem a revista norte-americana “Watercolour” afirmou: “C’um caneco!”. 
No final, a obra produzida será leiloada, com uma base de licitação do tempo da outra senhora. Quem não aparecer passará o Natal a comer filhós com o Isaltino.  
Miguel Martins

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Poesia no Bar A Barraca

Poesia às Quintas – com Miguel Martins – 5ª sessão – Bar a Barraca – 15/11 - 22.30h – entrada livre    

Emanuel Félix foi um dos mais notáveis e originais poetas do século XX português, infelizmente desconhecido por muitos, até dos poucos que (por cá e no mundo) lêem poesia. Na próxima Quinta, Miguel Martins e Rui Miguel Ribeiro darão voz a alguns dos seus poemas, prometendo fazer o melhor que possam e saibam. 
Posto este intróito, escrito com o comedimento que a veneração impõe, passemos à palhaçada: Mas que Rui Miguel Ribeiro é este? O poeta dos imortais versos de “XX Dias”? O intrépido globetrotter de quem se afirma ser o último homem vivo a ter palmilhado o istmo sicilo-tunisino com alpercatas? O devasso e decadente boémio conhecido por “trombeiro da Areosa”, que, ao que consta, é detentor de 5% de uma casa de meninas em Baleizão? Sim!, ele é estes três e muitos mais! E a sua voz de sopranino abaritonado promete despertar sensações há muito esquecidas em todas as octogenárias que decidam assistir à leitura. Quem não aparecer é porque acha que literatura é as patacoadas do Chiquinho Viegas. Até Quinta!  

Miguel Martins

Leituras encenadas no Clube Estefânea

No Clube Estefânia, em Lisboa, no próximo dia 17 de Novembro, às 21H30, haverá leituras encenadas de poemas de Rui Almeida (com a presença do autor).


Novo livro de poesia de Paula Raposo

Lançamento no Porto...

E em Coimbra...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

44 imagens de Mia Couto


 Poemas inéditos de Manuel Neto dos Santos, inspirados em textos de Mia Couto.


1
A melhor maneira de fugir é ficar parado
há um voo acorrentado às penas
um mergulho respirado pelas guelras
um deslizar brilhante à flor da pele
ir
é chegar antes
de
partir

2
A melhor maneira de mentir é ficar calado
Havia um silêncio gritado pelos olhos
Um segredo açoitado no (pé)lourinho
Da moral
E tudo foi dito no desmuronar da cal calúnia
A verdade é a fronteira
Entre
O mal-e-o-mal

3
O silêncio não é ausência da fala é dizer-se tudo sem nenhuma palavra
O ruído maior é a vertical idade rastejante do poema
Ex-crito
O cheiro da tinta
O lancinante grito

4
Quem come pouco fala pouco
Lambuzio- me de palavras na comezaina dos outros
Peito co- lado às costas no arquejar galgo e redondo de um céu
Todo ele arrotando azul
De todos os pontos cordiais
Só leste o sul; o mar que ainda ressoa,
Sou eu… pelos areais.

5
Nascemos para ser escolhidos, vivemos para escolher
Os dados
Comprados
Estão lançados
Pintas as pintas depois de escolheres as faces
Criando teu próprio rosto
A gosto
Em Agosto

6
Quem chora dormindo pode também rezar sem despertar
Regresso ao rio da memória
À (in)segura timidez da nascente
Discreto gotajar por entre duas rochas justas
Postas
Ora
São os reflexos da água que abalam e embalam
O sono das encostas

7
Dá azar um homem deixar de ver a sua própria sombra
Penduro
Num cabide
Um metro e cinquenta e um de sombra
Sepultura rasgada no asfalto
Para enterrar a lua

8
Um sonho só pode ser contado num outro sonho
Viro as pálpebras do avesso
Atrás do horizonte linear
Há uma linha sinuosa
Para a recriação do lugar

9
Quem não vê os seus sonhos é porque está sonhando aquilo que está vendo
Nada vendo
Vendo o contorcionismo dos instantes
Sonhar é a visão do H perdido
Pela vida
Nos mares ainda sem fundo
SONAR
A que falta o eco imundo

10
Toda a morte tem o seu quê de suicídio
Uma força
Uma forca
A cicuta
A lanceta
Uma seta
O sol suicida-se por acaso no ocaso
No caso vagido inicial
De quem já é poeta

11
Todos rezam para pedir ela rezaria para dar

David
Dá vida
A hora são as molas que esmolas
Por aqui
Sal
Ti
Tão

12
Se é para voltar volta antes de partir
Não vás, não és Luiz
Que o som do primeiro passo
É quase um truz
Por um triz

13
A viagem não começa quando se percorrem distâncias mas quando se atravessam as nossas próprias fronteiras
Há uma sensual idade das pupilas acariciando o corpo dos campos
Em restolho
O universo é tudo
O resto
O olho

14
O que faz uma igreja( ) é o silêncio que mora lá dentro
O tecto arredondado de abóbada como abóbora
Do orgasmo
É a cúpula da cópula do silêncio
Que não cega mas é seguinte

15
Quem se lembra tanto de tudo é porque não espera mais nada da vida
Ver sem pensar no que vejo
Tudo é real em si
E em mim
O resto?
O que me falta de sobejo

16
A saudade é um morcego cego que falhou o fruto e mordeu a noite
Passo a passo
Passo a ferro as pregas da memória
O que não me liga os dedos
É que é a estória

17
A casa da infância é como o rosto da mãe
Dá-me o colo do teu riso
Como a albi planura da açoteia
A casa o teu olhar
O luar esta saudade
Amei-a

18
As pessoas é que abrigam a casa a ternura
é que sustenta o tecto
Roubo
À penedia o dia
Dois lanços de lanças de granito
Sustento de um telhado ainda não
A casa sou eu mesmo
Redopiando
Quase rente ao chão

19
Ter só um nome é isso que apressa a morte
Tenho em mim todas as coisas que vivi
A eterna idade
Não morro nem morro
Só que não estou aqui

20
O pranto convoca os espíritos da desgraça
O choro é a alegria maior mas ao contrário
Tudo vai para onde já muito há
Cada lágrima tem um brilho de gargalhada
Extra ordinário

21
No grávido círculo da felicidade
A obesa gravidade da alegria
O Sancho tem a pança da vela do moinho
E a moinha é a dor como um mosquito
Junto ao ouvido
Parto pelo parto em ângulo recto
Qu(e)ixoso
Ferido

22
A saudade é a dor que nos faz esquecer as outras dores
Vergasto o ver
Gasto de não olhar
Domo a dor maior no circo
Que me cerca entre a saudade
Que sai algures
E fica no verbo
Seristar

23
A velhice é uma gordura na alma
Mandei a alma a banhos
Não foi
Por não encontrar facto que servisse
É imoral a nudez perante o infante mar
A descomunal
E intemporal
Velhice

24
A tristeza é uma doença a alegria é um veneno
Não ando em mim
Ando do outro lado da saúde
Com pã ninhos
Não se cura
Senhor cura
A hesitação entre o choro e o riso
Com que a vida se ilude

25
Grandes palavras escondem grandes enganos
Granulo o grânulo
Em vogais e consoantes
Consoante o que me der na telha
Ou no telhado
Resta a poeira do pó
Na eira que resta do resto
No almofariz do que passando
É passado

26
A igreja é onde guardamos um silêncio
Sou cego porque sossego o sossego
Da lonjura
Que longe
Jura a pernas arqueadas
O silêncio
Só erguendo
Na paisagem o pó dos remoinhos
Pelas estradas

27
As pálpebras são o pano do esquecimento
Aferrolho o olhar ao cair do pano
À boca de cena estreita
Estreito nos braços
A persona de Nemésia
É o abismo que justifica a falésia

28
A sua sombra já andava pelo chão a farejar caminhos para ser terra
Declaro que se em terra a noite
É mais anoitecida
A sombra assombra apenas as penas
Do que sendo
Não fomos pela vida

29
Estou para aqui todo crepusculado
Aguado
Como uma aguarela
Aguardo e guardo o estertor da tarde
O vagido da noite
Só que não sei se é ela
Ou
Ela

30
Uma casa morre se não é habitada por amor.
Com templo, em todas as coisas se resume o óbito do hábito.
É na surpresa que a presa se resume à ideia da casa
Onde habito; entre as cinzas e o lume.

31
É assim que estamos na vida, como se ela fosse um território arrendado
Arrotando a arroteia de passar por aqui, a teia feudal do suserano é o sussurro do que pensamos ser a vida e… é engano

32
A gente nunca sabe quando está morta
Morre-se e pronto.
Ponto por ponto a ponte entre o longe e o horizonte
Da carne que arrefece… e fica morta.
Nada se a travessa não nos diz corre, não nos importa; nem janela.
A morte, só por si, é toda ela.

33
A prisão é um lugar onde se dorme muito
E o sonho substitui o viver.
Vejo, pelas grades da insónia, os salpicos da realidade.
As grilhetas sou eu mesmo, num sonho que se esvai,
Quando me invade.

34
O choro é o nosso primeiro idioma.
Bé à cá

Pá,

Má… sorte
O riso, que preciso?
A morte!

35
Pela dança, voltamos ao ventre materno.
A vaga mais concreta arredonda-se
E de onde ser ergue há um todo uterino que se arqueja;
A dança é o que não fica; por muito que se desenhe, ou que se veja.

36
Há lições que começam antes de nascer.
Na ardósia mais celeste escrevi, pelos olhos dos meus pais,
O verso antes da face ou da fronte, defronte do mar para domar, rasurando a espuma, nas raízes de amendoais.

37
Os lugares morrem como os frutos; quando já não dão semente.
Por terra este lugar de antanho, onde vivi;
Lembranças são abelhas, reavendo a seiva e o suco;
A al-gravidez maior
É o não caber-se em si, no Agosto da cigarra
No Maio do mês do cuco.
Assim, eternamente
O berço onde nasci.

38
As mãos nada são sem o coração.
As mãos, em concha, recortam-me a forma de um coração;
Fruto maduro na horta do poeta;
Ventríloquo da alma na veia cava que não cava mas monda
Pelo superior destino; diástole e sístole; fluxo e refluxo do espanto da palavra, e da surpresa
De mãos abertas à incerteza… numa cadência de onda.
Pois então.

39
O encantamento é uma casa que tem o silêncio por tecto.
O meu silêncio é plano e recto como uma açoteia;
A casa é a Língua que me não serviu e…
Açoitei-a.

40
Só cuidas das partes escondidas quem as vai mostrar a alguém.
Há fímbrias e debruns,
Pregas e recessos, vincos, dobras…
Em tudo quanto escrevo;
Tudo limpo e engomado
No poema escrito…
O que ainda não disse… são as sobras.

41
Não há conhecer sem lembrar e o lembrar é uma mentira
Recordo;
Dar é recor dar a verdade de que a mentira é a verdade mais perfeita;
Incógnito é o halo do pôr-do-sol…
Que a colina enfeita.

42
O problema da solidão, é que não temos ninguém a quem mentir
Presto juramento ao silêncio;
Que nada mais exista no espaço indivisível entre nós dois.
Nem eu nem tu mas antes o que é depois.

43
Como a ave escura no meio da noite.
Nada distingo nem discirno atravês do xaile do breu.
Digo que era, fui, sou, estou a ser ou hei-de vir a ser…
E, em nada disso existo eu.

44
Eu tenho pouco corpo, nem me cabem doenças.
Hipocondríaco dos sons, o antídoto para a alma, macilenta,
É a receita prescrita e carimbada;
Versos anémicos na brancura duma sebenta
E a compulsão da escrita;
De todos desenganada.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada

A Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada realiza-se todos os sábados, das 10H00 às 18H30, no espaço Guilherme Cossoul de Campolide: Rua Professor Sousa da Câmara, 156 – Campolide (às Amoreiras).

[Metro: Marquês ou Rato. Autocarros: 12, 48, 53, 83, 202, 203, 701, 711, 713, 723, 742 e 758]

Espero lá por vós!

http://feiradolivrodepoesia.blogspot.com

Novo livro de Gabriela Rocha Martins

Vai acontecer na Biblioteca Municipal de Silves, no próximo dia 3 de Novembro, pelas 17H00, a apresentação do livro de poesia “As luvas de um aprendiz (in)conformista”, de Gabriela Rocha Martins.
Editada pela World Art Friends, a obra é prefaciada por Domingos Lobo, estando a sua apresentação (em moldes não convencionais) a cargo de Paulo Pires, com a colaboração de Sónia Pereira e Hélia Coelho, num final de tarde onde haverá, ainda, lugar para leituras em voz alta e alguns apontamentos musicais.

Natural de Faro, Gabriela Rocha Martins estudou Direito e Ciências Documentais. Poetisa e escritora, é funcionária da Câmara Municipal de Silves exercendo funções na Casa Museu João de Deus, em São Bartolomeu de Messines. É, também, membro da Sociedade de Língua Portuguesa e da Associação de Jornalistas e Escritores do Algarve, colaborando em vários meios de comunicação escrita a nível regional e nacional. Iniciou oficialmente a publicação de poesia há cerca de seis anos prosseguindo, depois, regularmente com obras em nome individual e com poemas seus integrados em antologias colectivas, tendo a sua obra poética sido galardoada com diversos prémios a nível nacional.
Mais sobre Gabriela Rocha Martins, aqui: http://cantochao.blogspot.pt

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

79ª sessão das Noites com Poemas dedicada a Cabo Verde

Na Biblioteca Municipal de Cascais em São Domingos de Rana, no próximo dia 19 de Outubro, pelas 21H30, e que terá como convidada: Heloisa Monteiro, que se constituirá como maestrina da... acção “Viagem a Cabo Verde - Roteiro Poético-Musical”.
Terá como objectivo viver a cultura cabo-verdiana através da música, da palavra dita e de uma pequena mostra de alguns aspectos das tradições das ilhas.
Programa:
a) Visionamento do filme “Uma viagem a Cabo Verde”
b) Introdução / pequena explicação sobre a temática
c) Manifestações culturais: (Poesia, música, dança e gastronomia).
Com Carlota de Barros, Regina Correia, Xan, Sissi, Mário e Lulú (poesia); Heloisa, Tonecas, Mário, etc… (música); Lú (batucadeira).
Haverá ainda uma pequena exposição: artesanato, livros, CDs, instrumentos musicais etc…
E, por fim, o saborear de uns pastelinhos “Diabo dentro”, de milho recheado com atum, regado com ponche e licor.
No final, a habitual tertúlia poética.

Também lá estarei, com uma pequena feira de livros de autores cabo-verdianos.
Apareçam!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Poesia no Bar a Barraca

Diz-nos o Miguel Martins:
«A partir desta semana, às Quintas, pelas 22.30h, o Bar A Barraca volta a apresentar sessões semanais de poesia, uma tradição que, em tempos, lhe granjeou enorme fama (para além de ter dado brado nas touradas). 
As leituras estarão a cargo do douto poeta Miguel Martins, que, para além da lírica, dá cartas no badmington (pares femininos), na pasteurização de lacticínios (sem glúten) e no bacará. 
As sessões prometem ser relativamente breves, pelo que os convivas que assim o entenderem poderão estar em casa antes da meia-noite, embora também possam permanecer no bar até cerca da 1.58h (dependendo das condições atmosféricas) e enfrascar-se como gente grande(ou como o Marques Mendes). 
Todas as semanas, o bardo será acompanhado por um outro artista de gabarito internacional (actor, poeta, artista plástico, músico, ministro da presidência, gatuno, etc), que ajudará a abrilhantar o evento. 
Esta Quinta serão lidos poetas publicados pela editora TEA FOR ONE. Entre outros: Ana Salomé, Luís Filipe Parrado, Manuel Filipe, Ricardo Álvaro, Rui Miguel Ribeiro, Abel Neves, A. Maria de Jesus, Inês Dias, Jaime Rocha, Luís Pedroso, Manuel de Freitas, Marta Chaves, Rui Caeiro, Vasco Gato e Filipe Homem Fonseca. Aliás, este último, na sua qualidade de guitarrista sem par (trata Clapton por “bambino” e consta que terá cortado relações com Django, em virtude de uma desavença em torno da qualidade relativa de dois salpicões das Beiras), participará desta primeira sessão, demonstrando, uma vez mais, porque foi merecedor dos mais rasgados encómios por parte de revistas como a New Musical Express e a Gina. 
Quem não aparecer demonstrará inequivocamente que, do ponto de vista ético-intelectual, ombreia com o Relvas. 
Até Quinta!»

domingo, 7 de outubro de 2012

Assuntos Textuais: 5º Seminário Aberto do Projecto Estranhar Pessoa


Realiza-se, nos próximos dias 11 e 12 de Outubro na Casa Fernando Pessoa,  o 5º Seminário Aberto do Projecto Estranhar Pessoa, dedicado a “Assuntos Textuais”.
Este seminário tem o propósito de apresentar close readings de textos de Pessoa seleccionados pelos respectivos leitores.

PROGRAMA COMPLETO:
Dia 11
10h-11.20h
Mesa: António M. Feijó
Manuela Parreira da Silva – Elegia na Sombra
Steffen Dix – Mouth of Hell

11.30h-13h
Mesa: Gustavo Rubim
Maria do Céu Estibeira – Ao encontro do gato que brinca na rua
Madalena Lobo Antunes – Tabacaria ou a metafísica de um falhado

14h-16h
Mesa: Rita Patrício
Pedro Sepúlveda – No dia brancamente nublado
Humberto Brito – Coisas que não podem ser
Nuno Amado – De(s)compondo Horácio

16.30h-18h
Mesa: Humberto Brito
Bartholomew Ryan – O Intervalo
Mariana Gray de Castro – Sobre rios, romantismos e revisitações: “Lisbon Revisited (1926)”
Miguel Tamen – Fogo Posto

Dia 12
10h-11.20h
Mesa: Pedro Sepúlveda
Golgona Anghel – Da “[Inutilidade da crítica] (1)”
Silvina Rodrigues Lopes – Não há senão conjecturas, excepto que há verdade

11.30-13h
Mesa: Fernando Cabral Martins
João Figueiredo – Ascensão de Vasco da Gama
Rita Patrício – Apontamento

14h-15.15h
Mesa: Nuno Amado
Jorge Uribe – O Provincianismo Português
Gustavo Rubim – Ordem e Progresso: a querela Reis/Campos sobre a distinção entre prosa e poesia

15.30h-17h
Mesa: Abel Barros Baptista
Fernando Cabral Martins – Gestos de Escrita
António M. Feijó – Daisy

Câmara Municipal de Lisboa
Casa Fernando Pessoa
R. Coelho da Rocha, 16, Lisboa

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Exposição “Do Leve À Luz: 60 anos de experimentação em questão" de E. M. de Melo e Castro


CASA DA ESCRITA: Rua Dr. João Jacintho, n.º 8 - Coimbra

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


A Viagem
Tchalé Figueira
Edição do autor, 2012








II

Nas suas naus arribaram; ilhas vulcânicas, em paleolítico
repouso, a primeira missa, com répteis e pássaros,
baptizaram-lhes com nomes que não advém de Deus,
mas sim dos homens, da sua memória...

Bíblia e espada, pólvora e grilhetas, espelhos e
missangas, gente esbelta, negros e negras, belos como a
noite...

Nocturno azeviche, reténs e chicotes, úlceras e ultrajes,
negreiros malditos, homens marcados, a ferro e fogo;
nasce o Novo Mundo: The Blues, el merengue, e
el uáuánko, quatro por oito, kumba lele, Xango,
Ogum, Yemanjá, outro lado do mar, algodão em
rama, Coton Clube negro, crioulo é o jazz, que vai
libertando-nos, para renascermos...

Com o destino, aqui ficamos!...

Dermes brancas, rosas negras, melaço nos lábios, cor
de mulato, peixe, feijão, milho e pilão, cavaquinho nos
dedos, divinas mornas, este mar imenso, que nos
rodeia, festa das águas, se Deus quiser, penedo de
Tântalo, sede secular, fonte amputada, língua
murchada, morremos e ressuscitamos, nosso
desespero, teimosamente aqui estamos...
Daqui zarparam, naus e veleiros, braços de pedra,
arpoadores de cetáceos, ondas gigantes, gentes
remotas, filhos do fogo, dez ilhas secas, sede sem
fim... Xango, Uatanka, Cristo, Schalom, sou negro,
índio, lusitano, hebreu, marinheiro das ilhas, num
norte sul, cheiro a goiaba, delicioso carpo, orgasmo
forte, fruto colonial, carrego em mim, continentes e
mundos,

querer ficar e ter de partir!

Penélope acena, com seu lenço de pedra, lágrimas
secas, dias rasgados, membros calcinados, exiladas
almas, cartas que chegam, modas e moedas, epístolas
de luto, luto e amor, matrimónios por fotos,
procirações... bodas em Lisboa, Roterdão, Bostom,
Paris... visto de entrada, carta de chamada,
convocações...

Censuradas cartas, Salazar voraz, Tarrafal farpado,
frigideira queima, pulmões rasgados, ratazanas e
rondas, camaradas delidos, carne de canhão,
chumbo de indecência, irremediável loucura, círculo
craniano, réptil milenar, nocturna demência,
navalhas loucas, baionetas frias, fresca é a carne,
heróis na peleja, mortos e medalhas, matam e morrem,
anos sem fim,
há tempo para tudo, aqui neste Mundo...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Quarteto vocal brasileiro com poesia de Pessoa

O Quarteto Feminino Flor Essência (QFFE) – Ciranda da Arte é um dos grupos de produção e pesquisa em música do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, da Secretaria de Educação do Estado de Goiás. O grupo tem como objectivos o estímulo à pesquisa do género Quarteto Vocal, a divulgação e a formação de públicos junto da comunidade estudantil.  


Dia 2 de Outubro, pelas 18h30, o QFFE traz à Casa Fernando Pessoa um espectáculo de músicas brasileiras e portuguesas alternadas com a poesia de Fernando Pessoa, celebrando Brasil Portugal.
Novo livro de Manuel Almeida e Sousa "Eu, tu e o comboio", a sair brevemente no Brasil, pela Escrituras Editora (São Paulo), na (Colecção Ponte Velha).
[Criadores da Colecção Ponte Velha: António Osório (Portugal) e Carlos Nejar (Brasil)]

Um livro que é um misto de teatro, performance poética, poesia visual... 



(Excerto):

o
momento
meu corpo pesa
com a violência dos
raios que ofuscam a vista
os olhos encontrados no caminho
estendem-se para lá do derradeiro suspiro
desmedido é o prazer no aconchegante sepulcro
não me é permitido já lembrar de mais nada
os sonhos deixei-os à cabeceira da cama
onde anunciam aos gritos o novo dia
também eles badalam como fardos
ressoam mui confortavelmente
todos os dias antes de deitar
levo a taça aos lábios
só depois me dispo
é
bebo
te
exatamente
assim
enquanto penso e repenso

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Novo livro de Nuno Rebocho

Lançamento de "Canções Peripatéticas", de Nuno Rebocho (edições Apenas)
6 de Outubro de 2012

18h - Lançamento do livro de Nuno Rebocho, apresentado por Fernanda Frazão (da editora Apenas) e o jornalista Mário Galego, que representará o autor, ausente em Cabo Verde. Os poemas serão ditos pelo poeta e diseur Jorge Castro.

20h - Jantar Caboverdiano - sujeito a inscrição prévia por telefone.

Centro InterculturaCidade
Travessa do Convento de Jesus, 16 A
1200-126 Lisboa

Marcações: 21 820 76 57
Lotação limitada.

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia



O Relógio Avariado de Deus
Ozias Filho
Edições Pasárgada, 2011








Chagas

Chagas emasculou quarenta e dois meninos
Chagas desmentiu o laudo pericial
que indiciava pancadas na cabeça
Chagas disse que não extirpou os órgãos sexuais
nem fez uso do sangue dos meninos
Chagas seguiu com um dos garotos
para colher o fruto do açaí
de seguida lhe retirou as roupas
e as colocou em um buraco
a cinco metros do local do crime
Chagas não escolhia vítimas
mas oportunidades para fazer o mal
Chagas, está preso
nunca mais vai arrancar
pedaço de mãe
que não pode ser reposto

sábado, 29 de setembro de 2012

Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada em Lisboa

A Feira do Livro de Poesia e Banda Desenhada vai começar já no próximo dia 29 de Setembro (sábado), das 10H00 às 18H00, no espaço Guilherme Cossoul de Campolide: Rua Professor Sousa da Câmara, 156 – Campolide (às Amoreiras).

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Lançamento

“Entulho”
Autor: Cristóvão Siano
Ilustração: César Taíbo
Nota Introdutória: António Pedro Ribeiro
Coordenação Editorial CulturePrint, 2012




Entulho, de Cristóvão Siano, é apresentado dia 13 de Julho pela investigadora Paula Almeida no Contagiarte. A apresentação da obra é seguida de um pequeno concerto pelo Projecto Sem Nome e as ilustrações do pintor César Taíbo, que acompanham a obra, estarão também expostas no espaço da sessão.

Na Casa Fernando Pessoa

10 de Julho, 3ª feira, às 18H30:
Recital “Próspero Morreu”, de Ana Luísa Amaral, poema “em acto” que conta com o piano de Álvaro Teixeira Lopes e as vozes de Ana Luísa Amaral, Alexandra Moreira da Silva, Daniel Pinto e Luís Lucas.

17 de Julho, 3ª feira, às 18H30:
“Pessoa em Diálogo” (Pessoa & Al Berto). Leitura encenada por Pedro Lamares e
António Mega Ferreira.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ocho miradas en el vértice / Oito olhares no vértice

A antologia de poesia bilingue "Ocho miradas en el vértice / Oito olhares no vértice", organizada por
Raquel Molina será apresentada em Julho próximo, durante a Feira do Livro de Caracas.
Esta é uma antologia que tenta aproximar os poetas portugueses dos venezuelanos. Quatro olhares portugueses e quatro olhares venezuelanos que se encontram na expressão poética.
Participam:
Da Venezuela: Eduardo Viloria Daboín, María Ramírez Delgado, América Martínez Ferrer e Luis Enrique Belmonte.
De Portugal: Catarina Nunes de Almeida, Filipa Leal, José Rui Teixeira e José Mario Siva.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Lançamento na Casa Fernando Pessoa

Será lançada, na Casa Fernando Pessoa, no próximo dia 22 de Junho, pelas18H30, a Antologia de Poesia "Meditações sobre o fim – os últimos Poemas" (os últimos poemas escritos antes da morte) da jovem editora Hariemuj (dirigida por Maria Quintans e Vítor Marques da Cruz) e que contém poemas dos seguintes autores:
Alice Macedo Campos, Ana Hatherly, Ana Paula Inácio, Ana Salomé, António Gregório, Bénédicte Houart, Bruno Béu, Casimiro de Brito, Catarina N. Almeida, Cláudia Lucas Chéu, Duarte Braga, Filipa Leal, Hugo Milhanas Machado, Inês Fonseca Santos, Inês Ramos, Joana Jacinto, Joana Serrado, João Barrento, João Bosco da Silva, João Camilo, Joaquim Cardoso Dias, Jorge Menezes, Jorge Vicente, Leila Andrade, Maria do Sameiro Barroso, Maria Sousa, Nicolau Santos, Nuno Brito, Pablo Javier Pérez López, Pedro S. Martins, Raquel Nobre Guerra, Ricardo Tiago, Rodrigo Miragaia, Romério Rômulo Campos Valadares, Rui Almeida, Sylvia Beirute, Tiago Nené, Victor Oliveira Mateus.
Apresentação por Teresa Sá Couto.
Leituras por André Gago.

quinta-feira, 14 de junho de 2012


A editora Lua de Marfim convida para o lançamento do livro de poesia “Bipolaridades” de Vera Sousa Silva, dia 30 de Junho de 2012, pelas 16H00, no Hotel Real Palácio, Rua Tomás Ribeiro - 115 em Lisboa.
Obra e autora serão apresentadas pelo poeta Emanuel Lomelino.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Novo livro volta d'mar


Rogil
poemas e desenhos
de Henrique Manuel Bento Fialho
Editora: volta d'mar







BRASAS

Enquanto as brasas não se transformam em cinza,
cinzelo no sangue as memórias que ficaram
algures retidas nos enredos da vida.
Não posso deixar que sejam apenas a dança dos canaviais,
os acenos dos pinheiros à passagem do vento.

Não posso permitir que sejam tão-somente memórias,
dois nomes cinzelados no tronco de uma árvore
porventura transformada em carvão, em brasa, em cinza.