segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Estudo sobre o mercado do livro de bolso em Portugal

No âmbito de uma cadeira do Mestrado em Ciências da Comunicação, Marketing e Publicidade, Ana Maduro está a desenvolver um estudo subordinado ao tema dos hábitos de leitura e de consumo de livros de bolso, em Portugal.
Quem estiver interessado em colaborar, através das respostas ao inquérito "Como criar um mercado para o livro de bolso em Portugal?", deverá enviar um e-mail até ao final desta semana para: estudo.mercado.bolso@gmail.com
Na resposta receberá instruções para o preenchimento do questionário.
A autora do estudo agradece divulgação.

Ajudemos a “aguasfurtadas”!


A “aguasfurtadas” é uma revista que aborda literatura e poesia, música e artes visuais, publicada pelo Núcleo de Jornalismo Académico do Porto.
Por vários motivos a revista ficou-se pelo n.º 10 e pretende agora apoios para continuar a publicar.
Para tal, a partir de sábado, dia 1 de Março, na Galeria JUP (Rua Miguel Bombarda, 187, R/C, no Porto), poderão ser adquiridas fotografias, pinturas, ilustrações, pautas originais e múltiplos manuscritos oferecidos pelos autores, portugueses e estrangeiros, por 20 euros a peça.
Os resultados da venda serão totalmente utilizados para a publicação da “aguasfurtadas” n.º 11.
Outra forma de ajudar é a compra dos números já publicados, existentes em várias livrarias, ou enviando um pedido directo para o editor: jup@jup.pt.
Também é possível encomendar através de uma livraria com serviço on line.

Na imagem, o número 10 da “aguasfurtadas” que inclui, entre outros, contos de António Gregório e Luís Graça, e um ensaio de Tiago Bartolomeu Costa sobre o lugar do público no teatro contemporâneo português; na área do ensaio, um extraordinário texto de Manuel António Pina sobre o urso "Winnie-the-Pooh"; e na área da poesia, e como é habitual, diversos autores, entre eles Rogério Rola, Pedro Amaral, Vítor Oliveira Jorge, Gez Walsh (traduzido por Helder Moura Pereira) e Angélica Freitas. O n.º 10 inclui também um texto em prosa do autor russo Óssip Mandelstam, "Achtarak", que faz parte do ciclo "Viagem à Arménia", ainda inédito em português. A tradução é da responsabilidade dos incontornáveis Nina Guerra e Filipe Guerra. Manuel Resende, por sua vez, traduziu para a "aguasfurtadas" 10 o poema "Une Negresse", de Stéphane Mallarmé, e o Soneto 57, de William Shakespeare.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Poesia no Instituto Franco-Português

26 de Fevereiro:
21 horas: “L’intranquilité” segundo “O Livro do Desassossego” de Bernardo Soares, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, numa adaptação e encenação de Alain Rais e interpretação de François Marthouret.
Apresentado no ano passado no Théâtre des Bouffes du Nord, em Paris, aclamado pelo público e pela crítica, “L’intranquilité” apresenta-se agora ao público de Lisboa e com entrada livre.


28 de Fevereiro:
19 horas: O actor Jean-Pierre Tailhade apresenta uma leitura encenada de extractos de "Les Fleurs du Mal", "Les Épaves", "Les Poèmes Interdits", e "Le Spleen de Paris" de Charles Baudelaire.
Jean-Pierre Tailhade foi, em 1964, co-fundador com Ariane Mnouchkine e Philippe Léotard do Théâtre du Soleil em Paris. Integrou o elenco do Théâtre de l’Acte em Toulouse. Em Portugal, fez parte do Grupo de Teatro A Comuna e foi co-fundador do Teatro do Mundo. De regresso a França fundou o Théâtre de l’Éclat, em Toulouse.

O Instituto Franco-Português fica na Avenida Luís Bívar, 91, em Lisboa.

Antologia de Poetas Lusófonos

Terá hoje lugar, 21 de Fevereiro,
pelas 18 horas, na Livraria Bulhosa de Entrecampos (em Lisboa), a apresentação da "I Antologia de Poetas Lusófonos", uma edição da Folheto Edições & Design (já apresentada anteriormente em Leiria e Alcanena).
Esta antologia contou com a colaboração do “Elos Clube de Leiria da Comunidade Lusíada” e de várias instituições dos países lusófonos, e tem como objectivo promover a poesia e os poetas dos países lusófonos.
Esta antologia reúne 244 poemas assinados por 81 poetas de quatro continentes (Europa, América, África e Ásia).

Teatro a partir de Poesia

O corpo não espera por nós (por nós ou pelo amor)
Pelo Grupo de Teatro Bonifrates - Cooperativa de Produções

Oito mulheres, através da poesia e do movimento, falam do corpo.
A partir de textos de Maria Teresa Horta, Eugénio de Andrade, Carolina Kujawski, Jorge de Sena, Adília Lopes, Sarah Kane, Chico Buarque, David Mourão-Ferreira, Herberto Hélder, Guillaume Apolinaire, António Ramos Rosa, Natália Correia, Conceição da Costa Neves, Astor Piazzolla, Ângelo Badalamenti, Umebayshi Shigeru, Dead Combo e David Sylvian.

Sábado, 23 de Fevereiro, no Auditório 1 da ACERT - Associação Cultural e Recreativa de Tondela.
Mais informações aqui.

Palavra Ibérica 2008




Realiza-se nos próximos dias 7 e 8 de Março, em Punta Umbría, o III Encontro Hispano-luso de Escritores "Palavra Ibérica".
O Encontro Palavra Ibérica pretende ser uma ponte intercultural entre países de expressão ibérica e um ponto de encontro de pessoas e de culturas.
Encontra-se inserido no projecto com o mesmo nome do qual faz parte ainda uma colecção de livros bilingues de poesia e um prémio internacional de poesia (ambos com o nome Palavra Ibérica).
Neste encontro privilegia-se o contacto e o convívio entre os escritores das várias nacionalidades e entre estes e o público. Procura-se a divulgação das línguas e das literaturas de expressão ibérica, assim como a dos autores, obras e projectos que sempre se encontram e se criam nestes dias.
No ano passado, o encontro decorreu em Portugal, em Vila Real de Santo António, organizado pelo Sulscrito e pela Câmara Municipal da cidade, como sempre em parceria com as seguintes entidades:
Ayuntamiento de Punta Umbria
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
Casa da Cultura de Punta Umbria
Sulscrito - Círculo Literário do Algarve
Editora Livrododia
O programa pode ser consultado aqui.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Novidades Cavalo de Ferro



Orlando Furioso
Ludovico Ariosto

Ilustrações de Gustave Doré
Introdução, tradução do original, notas e resumo por Margarida Periquito

A Cavalo de Ferro apresenta a primeira tradução integral de "Orlando Furioso" de Ludovico Ariosto, numa edição com mais de 400 ilustrações de Gustave Doré. Com a presente publicação torna-se finalmente acessível em português uma das mais importantes obras da literatura universal.
Escrito ao longo de mais de trinta anos por Ludovico Ariosto e publicado na sua versão final em 1532 (com 46 cantos e cerca de 40.000 versos rimados), "Orlando Furioso" é um longo poema épico que, tal como a Odisseia ou a Ilíada, pode facilmente ser lido como um grande romance de aventuras.
O tema principal do livro é de como o valoroso cavaleiro Orlando, de paladino de Carlos Magno e enamorado da bela Angélica, por ciúme, se torna em louco furioso, e de como sem o seu mais importante cavaleiro o exército cristão fica em dificuldades na guerra santa que trava. Isto, até o cavaleiro Astolfo encontrar na Lua o recipiente que contém o juízo de Orlando restituindo-o ao seu legítimo proprietário, mesmo a tempo de este ajudar os cristãos na luta que travam contra os mouros nos muros de Paris.
Pelo meio desfilam cavaleiros, cavalos alados, princesas, feiticeiros, e são descritas um sem número de batalhas, duelos, fugas, perseguições e cenas de amor. Tudo isto num ritmo alucinante que a rima dos versos de Ariosto torna numa quase prosa musical.

Por ocasião da recente publicação deste livro, o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e a editora Cavalo de Ferro organizam a conferência "Orlando, Ovvero il Doppio Sogno" por Arnaldo Colasanti, onde intervirá a tradutora Margarida Periquito, e que terá lugar no Instituto Italiano de Cultura de Lisboa (Rua do Salitre, 146, Lisboa) no próximo dia 21 de Fevereiro pelas 19h00.
Depois da sessão será servido um aperitivo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Poesia para crianças

Terá lugar no próximo dia 1 de Março, na Livraria Infantil "Salta Folhinhas", pelas 11.30 horas, a apresentação do livro de poesia para crianças "Rondel de Rimas para meninos e meninas" da autoria de João Manuel Ribeiro (com ilustrações de Anabela Dias), numa edição Trinta Por Uma Linha.
A Livraria Infantil "Salta Folhinhas" fica na Rua António Patrício, n.º 50, no Porto.

Sugestão da Andante para esta semana


O Limpa-Palavras

Limpo palavras.
Recolho-as à noite, por todo o lado:
a palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor.
Trato delas durante o dia
enquanto sonho acordado.
A palavra solidão faz-me companhia.

Quase todas as palavras
precisam de ser limpas e acariciadas:
a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar.
Algumas têm mesmo de ser lavadas,
é preciso raspar-lhes a sujidade dos dias
e do mau uso.
Muitas chegam doentes,
outras simplesmente gastas, estafadas,
dobradas pelo peso das coisas
que trazem às costas.

A palavra pedra pesa como uma pedra.
A palavra rosa espalha o perfume no ar.
A palavra árvore tem folhas, ramos altos.
Podes descansar à sombra dela.
A palavra gato espeta as unhas no tapete.
A palavra pássaro abre as asas para voar.
A palavra coração não pára de bater.
Ouve-se a palavra canção.
A palavra vento levanta os papeis no ar
e é preciso fechá-la na arrecadação.

No fim de tudo voltam os olhos para a luz
e vão para longe,
leves palavras voadoras
sem nada que as prenda à terra,
outra vez nascidas pela minha mão:
a palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.

A palavra obrigado agradece-me.
As outras não.
A palavra adeus despede-se.
As outras já lá vão, belas palavras lisas
e lavadas como seixos do rio:
a palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.

Vão à procura de quem as queira dizer,
de mais palavras e de novos sentidos.
Basta estenderes a mão para apanhares
a palavra barco ou a palavra amor.

Limpo palavras.
A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra.
Recolho-as à noite, trato delas durante o dia.
A palavra fogão cozinha o meu jantar.
A palavra brisa refresca-me.
A palavra solidão faz-me companhia.

Álvaro Magalhães
O Limpa-Palavras e Outros Poemas


Interpretado pela Andante:

Voz: Cristina Paiva; Música: Múm; Sonoplastia: Fernando Ladeira

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Na estante de culto



poezz
Jazz na Poesia em Língua Portuguesa
Selecção: José Duarte e Ricardo António Alves
Colaboração de Artur Queiroz, Helder Leitão, Levi Condinho e Manuela Barreto Nunes
Edição: Almedina, Maio de 2004





POEsia + JaZZ = POEZZ
"Poezz" é uma antologia de poemas relacionados com o universo do jazz, elaborada por José Duarte e Ricardo António Alves.
Os poemas são de autores de língua portuguesa de várias nacionalidades numa obra editada pela Almedina em 2004.
Quase um acervo, trata-se de uma colecção de textos em que se fixou algo vindo do jazz, em 460 páginas e uma centena de autores com poemas representados.
José Duarte é um dinossáurio da Rádio, que dedicou a sua vida à divulgação do jazz em Portugal. Quem não conhece o "Cinco minutos de jazz!" ou o mais antigo e inesquecível "A menina dança?"? E neste “Poezz”, José Duarte quis mostrar de que forma as literaturas de Língua Portuguesa do século XX foram influenciadas pelo jazz.
Este livro passou despercebido do grande público e a crítica especializada ignorou-o. Não se percebe bem porquê: estão neste livro grandes poetas portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos... Inclui um poema inédito de Agostinho Neto, poemas de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, António Jacinto, Jorge de Sena, Ernesto Lara Filho, Almada Negreiros, José Craveirinha...
É, em suma, uma bela antologia, e uma aliança entre duas artes gémeas: poesia e música.


(Deve ler-se este poema depois de pôr a
tocar um disco dos anos trinta.)


E se o tecto abatesse de repente
e víssemos no céu
as nuvens, a lua e as estrelas?

Tudo sonho...

É imposível existir a lua
e aquele saxofone tocado por um preto
com dentes brancos a açucarar a música.

José Gomes Ferreira

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Letra para um solo de Charlie Parker

Como estranha ave de presa
que ferida de morte flectisse
a hipérbole do voo na agonia
prolongada, é um canto angular,
terso, mas de arestas poluídas.
Polígono torturado, perturba-o
a iminência adiada de um grito
de socorro. Em sua chama viva
perpassam secretas vozes de rebeldia,
bárbaros sons de tormenta. No clamoroso
incêndio da ira e da raiva
(é preciso saber escutar),
a urgência implorativa
de um pouco de ternura.

Rui Knopfli

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Outras sugestões para os próximos dias


20 de Fevereiro (quarta-feira):

PORTO - Apresentação

“Entre dois rios e outras noites” de Ana Luísa Amaral (Campo das Letras).
Apresentação do livro no PORTO: 20 Fevereiro às 18h30
No Auditório da Biblioteca Almeida Garrett - Jardins do Palácio de Cristal
Apresentação do livro: Rosa Maria Martelo
Leitura de poemas por Paulo Eduardo Carvalho e pela autora.


PORTO – Poesia no CLP



Hoje, 20 de Fevereiro, pelas 22 horas, terá lugar no Piano-bar do Clube Literário do Porto, mais uma sessão Quartas Mal Ditas - «Poesia de mão em mão».
Coordenação de Anthero Monteiro.
Colaboração musical: Carlos Andrade (voz e guitarra acústica)
Participação de: António Pinheiro, Diana Devezas, Joana Padrão, Luís Carvalho, Mário Vale de Lima, Rafael Tormenta, Marta Tormenta.


22 de Fevereiro (sexta-feira):

LISBOA - Apresentação

Com “Horizonte a Ocidente” (Cosmorama Edições) António Ramos Rosa dá continuidade à sua longa indagação da escrita, reflectindo sobre o sentido e os limites do poema.
Pedro Sena-Lino apresentará a obra na Casa Fernando Pessoa, hoje, 22 de Fevereiro, pelas 17 horas.




LISBOA - Lançamento na Fábrica Braço de Prata

Lançamento do livro “Que força é essa”, de Madalena Barbosa, na sala Nietzsche da Fábrica Braço de Prata, hoje, 22 de Fevereiro, pelas 18h.
Com poemas de Maria Teresa Horta e desenhos de Fátima Mendonça, Graça Morais e Paula Rego, “Que força é essa” está publicado pela Sextante e será apresentado na Fábrica pela escritora Isabel Barreno e pela vereadora Helena Roseta.



23 de Fevereiro (sábado):

LISBOA – Apresentação

Hoje, 23 de Fevereiro, pelas 19 horas, terá lugar na Livraria Fabula-Urbis a apresentação do Livro de Poesia “Pêndulo” de Paulo Tavares (Quasi Edições), com participação musical de Carlos Batalha e instalação de Hugo Moisés.
A Livraria Fabula-Urbis fica na Rua de Augusto Rosa, 27 (Lisboa).




24 de Fevereiro (domingo):

ALCOCHETE – Espectáculo de Poesia

Hoje, 24 Fevereiro, a Andante apresenta no Fórum Cultural de Alcochete, pelas 11 horas, o espectáculo "Às avessas".
De uma forma lúdica, este espectáculo de teatro, tenta revelar o prazer que os livros podem proporcionar e como eles nos podem ensinar a ver as coisas sob outra perspectiva.
A poesia, a forma escolhida pela personagem do espectáculo, guia esta viagem onde se encontrarão a natureza, o tempo, as letras, a noite, a banda desenhada, tudo dentro de uma biblioteca.
Um espectáculo para alunos do 1º ciclo e público em geral que goste de poesia.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

II Edição do Prémio Literário José Luís Peixoto


Jovens de nacionalidade portuguesa e jovens naturais e/ou residentes em países de língua oficial portuguesa, podem concorrer ao Prémio Literário de Poesia “José Luís Peixoto”, promovido pela Câmara Municipal de Ponte de Sôr, que tem por objectivo incentivar a criatividade literária entre os jovens, bem como o gosto pela leitura.
Esta 2ª edição do “Prémio Literário José Luís Peixoto” em 2008 destina-se a premiar trabalhos inéditos na modalidade de Poesia.
Podem concorrer jovens que completem 25 anos de idade até ao dia 31 de Dezembro de 2008.
Os candidatados devem fazer chegar os seus trabalhos, à Câmara Municipal de Ponte de Sor até ao dia 15 de Março de 2008.
Os interessados podem consultar o regulamento através da Embaixada de Cabo Verde em Portugal ou no site da Câmara de Ponte de Sôr.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Sugestões para os próximos dias


11 de Fevereiro (segunda-feira):

PORTO – Apresentação de Livro de Nuno Rebocho
Hoje, 11 de Fevereiro, vai ter lugar no Clube Literário do Porto a apresentação do livro de poesia de Nuno Rebocho “O Discurso do Método”(Editora Canto Escuro) com posfácio do poeta Jorge Velhote.
A apresentação será feita pelo poeta Jorge Velhote e os poemas ditos por Aurelino Costa, Teresa Tudela e pelo próprio autor.
A residir actualmente em Cabo Verde, Nuno Rebocho vem a Portugal apresentar o seu novo livro de poesia.
Este livro de Nuno Rebocho é uma recolha de poemas que foram sendo publicados na revista de poesia “Plágio” e que agora surgem compilados em livro.
O Clube Literário o Porto está aberto de segunda a domingo, das 13h à 1h e fica na Rua Nova da Alfândega, 22 – Porto.


14 de Fevereiro (quinta-feira):

LAGOA – Encontro com José Fanha
Hoje, 14 de Fevereiro, às 10h30, na Biblioteca Municipal de Lagoa, terá lugar um encontro com o poeta José Fanha.
No mesmo dia: às 14h00 na Escola E.B. 2/3 de Parchal e às 15h30 na E.B. 2/3 de Estombar.


FARO – Poesia aos Pedaços

Hoje, 14 de Fevereiro, às 10h00 e às 14h00, na Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa (Faro): “Poesia aos Pedaços”.
Oficina de Animação da leitura baseada em poesia de diversos autores portugueses.


LISBOA - Apresentação de antologia e serão poético
Apresentação da Antologia "10 Rostos da Poesia Lusófona". Esta obra da poesia lusófona foi lançada a 19 de Setembro de 2007 na Bienal do Rio de Janeiro e apresentada no Laranjeiro - "Alma Lusa", em 19 de Janeiro de 2008.
Hoje, 14 de Fevereiro, a apresentação será no Bar-Pub After Eight, pelas 22H30, onde os três autores que se encontram neste momento em Portugal (Maria Petronilho, Jorge Vicente e Joaquim Evónio) proporcionarão aos presentes um serão poético e musical.
Os mesmos autores disponibilizarão outras obras da sua autoria.
O Bar-Pub After Eight fica na Rua Manuel Bernardes n.º 2 (Perto da Praça das Flores), em Lisboa.


15 de Fevereiro (sexta-feira):

LISBOA – Concerto e lançamento na Fábrica Braço de Prata
Hoje, 15 de Fevereiro, na Sala Nietzsche da Fábrica Braço de Prata, pelas 21 horas, ao som dos YNot Band, a jovem jornalista açoriana Sónia Bettencourt, apresenta “As três fases de Eva” (Corpos Editora, 2007). Tripartido em personagens interpretadas por Joanne Woodward, ‘Eva Preta’, ‘Eva Branca’ e ‘Jane’, do filme The tree faces of Eve (1957), este livro de poesia descortina-nos o ‘sentir’ no feminino, bem como o complexo universo das mulheres.


16 de Fevereiro (sábado):

PORTO – Lançamento com leitura de poemas
A Árvore e a Parceria A.M. Pereira realizam hoje, 16 de Fevereiro, uma sessão de lançamento do livro “Um Homem na Cozinha – Seduções e Volúpias” de Luís Machado, com prefácio de Mário Cláudio e desenhos de Francisco Simões, pelas 16.00 horas.
A obra será apresentada pelo chefe de cozinha Hélio Loureiro.
A sessão culminará com a leitura de poemas alusivos à temática da obra.
Na ÁRVORE - Cooperativa de Actividades Artísticas, CRL (Porto).

Novidades Coimbra Editora


100 Anos 100 Poetas
Cântico em Honra de Miguel Torga

Antologia de Poesia

Coordenação e textos de António Arnaut e Rui Mendes
Capa de Patrícia Roque
Dossiê: 5 Fotografias inéditas de Miguel Torga
Coimbra Editora, 2008
(Livro a ser lançado em Fevereiro de 2008)



Poetas representados:
A.M. Pires Cabral, Álamo Oliveira, Albano Martins, Alberto Marques, Alcina Marques de Almeida, Alexandre Pinheiro Torres, Amadeu Batista, Ana Hartherly, Ana Luísa Amaral, António Arnaut, António Augusto Menano, António Cabral, António Pedro Pita , António Osório, António Ramos Rosa, António Rebordão Navarro, António Salvado, António Vilhena, Antunes da Silva, Arsénio Mota, Aurelino Costa, Cândido da Velha, Carlos Carranca, Carlos Frias de Carvalho, Carlos Maia Teixeira, Casimiro de Brito, Cecília Barreira, Conceição Riachos, Cristino Cortes, Dórdio Guimarães, Eduardo Olímpio, Eduardo Pitta, Eduíno de Jesus, Egito Gonçaves, Emanuel Félix, Ernesto Rodrigues, Eugénio de Andrade, Fernando Botto Semedo, Fernando Grade, Fernando Guimarães, Fernando J. B. Martinho, Fernando Miguel Bernardes, Filomena Cabral, Henrique Madeira, Henrique Segurado, Idalécio Cação, J. H. Borges Martins, J. O. Travanca Rêgo, Jaime Rocha, João Baptista Coelho, João Nabais, João Rasteiro, João Rui de Sousa, Joaquim Evónio, Joaquim Pessoa, Jorge Fragoso, José Carlos Gonzalez, José Correia Tavares, José Ferraz Diogo, José Guardado Moreira, José Jorge Letria, José Manuel Mendes, José Ribeiro Ferreira, Júlio Bernardes, Júlio Correia, Luís Filipe Maçarico, Luís Nogueira, Luís Serrano, Luz Videira, Manuel Alegre, Manuel Amaral, Manuel Dias da Silva, Manuel Simões, Marcolino Candeias, Maria Amélia Neto, Maria Azenha, Miguel Barbosa, Nicolau Saião, Nuno de Figueiredo, Nuno Júdice, Olga Gonçalves, Orlando Cardoso, Orlando Costa, Papiniano Carlos, Paulino Mota Tavares, Paulo Teixeira, Rui Mendes, Rui Namorado, Santos Viegas, Sophia de Mello Breyner Andersen, Susana Secca Ruivo, Teresa Mitelo, Teresa Tudela, Tiago Veiga, Ulisses Duarte, Vasco Pereira da Costa, Vergílio Alberto Vieira, Vitalino José Santos e Xavier Zarco.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Novidades Campo das Letras

OBRAS POÉTICAS
de EUGÉNIO DE CASTRO
Reprodução fac-similada
dirigida por VERA VOUGA

TOMO III
Quinto volume: Constança - Depois da Ceifa - A Sombra do Quadrante | Sexto volume: O Anel de Polícrates - A Fonte do Sátiro

Correntes d'Escritas 2008

De 13 a 16 de Fevereiro o Correntes d’Escritas vai voltar à Póvoa de Varzim, para a sua 9ª edição. Durante quatro dias a cidade vai transformar-se num grande encontro entre escritores e público.
O evento começará no Casino da Póvoa com o anúncio dos vencedores dos Prémios Literários Casino da Póvoa e Correntes d’Escritas/Papelaria Locus.
Será lançada mais uma edição da revista de cultura literária da Póvoa de Varzim, cujo dossiê, este ano é dedicado a Eduardo Prado Coelho. Segue-se a Conferência de Abertura, este ano a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa e o desfile dos mais de 60 escritores convidados, a grande maioria dos quais participa pela primeira vez.
São mais de 60 os autores presentes na 9ª edição do Correntes d’ Escritas. Estarão presentes autores de Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, Espanha, Guatemala, Guiné, Moçambique, Peru e Portugal.
Debates, apresentações de livros, sessões de poesia, cinema, um espectáculo musical, uma Feira do Livro e uma exposição fotográfica compõem o programa deste ano.

No decorrer do Correntes d’ Escritas serão lançados 18 livros. São eles:
A Neblina do Passado, Leonardo Padura, Asa
Admirável Diamante Bruto e outros contos, Waldir Araújo, Livrododia
Bricabraque e Horismós, Mário Pinheiro, edição de autor
Eis a dor, o que me resta (IV Prémio de Poesia Alonso de Ercilla), Vicente Martin Martin, Bitrúbio
Maurício ou as Eleições Sentimentais, Eduardo Mendoza, Asa
Música de Viagem, Cristino Cortes, Papiro
No Último Azul, Carme Riera, Teorema
O Amante Albanês, Susana Fortes, Asa
O Anjo Literário, Eduardo Halfon, Cavalo de Ferro
O Homem na Cozinha – Seduções e Volúpias, Luís Machado, Parceria António Maria Pereira
O Segredo da Trapezista, Oscar Málaga Gallegos, Teorema
O Sorriso de Mona Lisa, Pedro Teixeira Neves, Deriva
O Tempo dos Imperadores Estranhos, Ignacio del Valle, Porto Editora
Obras Completas de Nemésio – Poesia Vol. 1 (1916-1940) e Vol. II Tomo 1 (1950-1959) / Caderno de Caligraphia, Vol. III, Luiz Fagundes Duarte, INCM
Olá, eu sou um livro, Rui Grácio, Pé de Página
Pecados de Intencíon, Janet Nuñez, Dyagones
Quilómetro Zero, Ivo Machado, 6 Dias 7 Noites
Um Mundo para Julius, Alfredo Bryce Echenique, Teorema

Estão agendadas duas sessões de poesia no Novotel Vermar: na noite de dia 13 terá lugar uma sessão informal com a participação de poetas presentes no evento e na noite de dia 14, às 23h00, terá lugar o recital “Poemas na Mesa”, com voz de Luís Machado acompanhado ao piano por Inês Rodrigues Correia. Os poemas recitados são da autoria de Alexandre O’Neill, António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa, José Carlos Ary dos Santos, José Gomes Ferreira, José Régio, Manuel Alegre, Manuel António Pina, Miguel Torga, Natália Correia, Nuno Júdice, Ruy Belo, Sophia de Mello Breyner e Teresa Rita Lopes.

No dia 19 de Fevereiro, o Correntes d’ Escritas reaparece em Lisboa, para mais um debate na delegação do Instituto Cervantes.
Correntes d’ Escritas é uma organização da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, que conta com as parcerias do Casino da Póvoa, da Norprint, do Novotel Vermar, da Notype e do Instituto Cervantes.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Palabra Ibérica 2008

Palavra Ibérica é um projecto hispano-luso que engloba o Encontro de Escritores Palavra Ibérica, a Colecção de Poesia Palavra Ibérica (edições bilingues de autores portugueses e espanhóis, em colaboração com a Associação Cultural “Sulscrito” de Faro e a Editora Livrododia de Torres Vedras) e o Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica — cujos vencedores da última edição foram o poeta português Amadeu Baptista (Viseu) e o poeta espanhol Rafael Camarasa Bravo (Valencia).
O III Encontro Hispano-luso de Escritores vai realizar-se nos próximos dias 7 e 8 de Março em Punta Umbria e reunirá escritores e poetas espanhóis e portugueses em dois dias repletos de palestras, apresentações de livros, recitais de poesia, e ainda uma exposição fotográfica.
Estarão presentes neste encontro (por ordem alfabética):
Amadeu Baptista (Viseu)
Ana Mafalda Leite (Moçambique)
Angeles Santotomás (Huelva)
Antonia Hernández Galloso (Punta Umbria)
Antonio Orihuela (Moguer)
Carmen Camacho (Jaén)
Diana Almeida (Lisboa)
Eduardo White (Moçambique)
Eladio Orta (Ayamonte)
Elisa York (Sevilla)
Fernando Esteves Pinto (Olhão)
Francis Vaz (Huelva)
Golgona Anghel (Lisboa)
João Bentes (Faro)
José Carlos Barros (Vila Real de St.º António)
Josefa Virella (Huelva)
José Mário Silva (Lisboa)
José Varós (Granada)
Luis Filipe Cristóvão (Torres Vedras)
Manuel A. Domingos (Guarda)
Manuela Ribeiro (Póvoa de Varzim)
Manuel Garrido Palacios (Huelva)
Manuel Moya (Huelva)
Marcos Gualda (Huelva)
Margarida Vale de Gato (Lisboa)
María Gómez (Ilha Cristina)
Miguel Godinho (Vila Real de St.º António)
Paula Ferro (Tavira)
Pedro Afonso (Faro)
Rafael Camarasa (Valencia)
Rafael Delgado (Huelva)
Rosario Pérez Cabaña (Sevilla)
Tiago Nené (Faro)
Uberto Stabile (Huelva)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O Discurso do Método


No próximo dia 8 de Fevereiro, no Centro Cultural da Malaposta (em Odivelas), pelas 21h30, terá lugar a apresentação do último livro de Nuno Rebocho “O Discurso do Método” (Editora Canto Escuro) com posfácio do poeta Jorge Velhote.
A apresentação em Odivelas será feita pelo poeta Mário Máximo e os poemas serão ditos por Vítor Nobre e pelo autor.
A residir actualmente em Cabo Verde, Nuno Rebocho vem a Portugal apresentar o seu novo livro de poesia.
No dia 11, a apresentação será no Clube Literário do Porto, desta feita pelo poeta Jorge Velhote e os poemas ditos por Aurelino Costa, Teresa Tudela e pelo próprio autor.
Está ainda prevista a apresentação de “O Discurso do Método” em Cabo Verde durante o mês de Março.
Este livro de Nuno Rebocho é uma recolha de poemas que foram sendo publicados na revista de poesia “Plágio” e que agora surgem compilados em livro.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Outras sugestões para os próximos dias


6 de Fevereiro (quarta-feira):

PORTO - Exposição sobre Fernando Pessoa
Hoje, na Cave do Clube Literário do Porto, terá lugar a inauguração da Exposição “Encontro com Fernando Pessoa” de Isaura Machado - Associação Sefarad.
O Clube Literário o Porto está aberto de segunda a domingo, das 13h à 1h e fica na Rua Nova da Alfândega, 22 – Porto.


PORTO - Apresentação
O livro "Um Poeta a Mijar" (Corpos Editora) de A. Pedro Ribeiro vai ser apresentado no próximo dia 6 de Fevereiro, quarta, pelas 23,30 horas no bar Púcaros no Porto (à Alfândega). O evento conta com a presença do autor, dos diseurs Luis Carvalho e Isaque Ferreira, do crítico Rui Manuel Amaral e dos editores Ricardo de Pinho Teixeira e Adriana Pereira.


8 de Fevereiro (sexta-feira):

FARO – Lídia Jorge com “Palavras cantadas pelo amor feito música”
As perspectivas masculina e feminina sobre o amor serão o tema de um espectáculo que terá lugar no Teatro das Figuras, no próximo dia 8 de Fevereiro, às 21h30, com a participação da Orquestra do Algarve e da escritora Lídia Jorge.
Que frases escolhem as mulheres para cantar o amor? E como respondem os homens, quando o jogo de emoções se faz música? Foi este o repto lançado por Cesário Costa, director artístico da Orquestra do Algarve, a Lídia Jorge.
Lídi Jorge propõe, em forma de concerto, uma viagem aos conceitos masculino e feminino do amor, juntando a música e a palavra, no espectáculo “Palavras cantadas pelo amor feito música”.
Árias fundamentais da história da ópera, aqui descobertas através do lado das palavras, vão cruzar-se com diversas peças orquestrais escolhidas por Lídia Jorge e interpretadas pela Orquestra do Algarve.
O programa do espectáculo prevê a estreia absoluta de uma obra de João Antunes, que servirá de suporte musical a poemas de Teresa Horta.
Hoje, 8 de Fevereiro às 21h30, no Teatro das Figuras em Faro.

PORTO – Apresentação no CLP

Hoje, pelas 21h30, no Piano-bar do Clube Literário do Porto: Apresentação do livro de poesia “Nas Asas do Amor” de Yasmin dos Anjos.
O Clube Literário o Porto está aberto de segunda a domingo, das 13h à 1h e fica na Rua Nova da Alfândega, 22 – Porto.




9 de Fevereiro (sábado):

FARO - Apresentação
Hoje, 9 de Fevereiro às 16h00, na Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa: Apresentação da Antologia Poética da "Tertúlia da Hélice" por José Carlos Vilhena Mesquita.
Organização: Município de Faro e A.J.E.A. - Associação dos Jornalistas e Escritores do Algarve.



LISBOA - Poesia na Fábrica Braço de Prata
Hoje, 9 de Fevereiro, na Sala Nietzsche da Fábrica Braço de Prata, pelas 21h: Poesia Música Dada – Leitura de poesia.
Sérgio Grilo lê poemas, na sua maioria intrinsecamente ligados ao surrealismo. Pedro Marques acompanha-o na percussão e Pereira na guitarra e saxofone.
A Fábrica Braço de Prata fica na Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1 (Poço do Bispo), em Lisboa.


10 de Fevereiro (domingo):

PORTO – Comemorações do nascimento de Camilo Pessanha no CLP
Hoje, 10 de Fevereiro, no Clube Literário do Porto:
Auditório:
Camilo Pessanha: o Poeta ao longe - Comemoração dos 140 anos do seu nascimento (parceria Associação Venceslau de Morais e Clube Literário do Porto)
17:00h - Conversa sobre Camilo Pessanha: Ana Paula Laborinho (Comissária da exposição), Pedro Barreiros (Comissário da exposição), Vale de Figueiredo, Fernando Guimarães, António Aresta, António Leite da Costa.
Participação do Grupo de Coros Dramáticos dos Antigos Estudantes de Coimbra no Porto.
Lançamento do livro “O essencial sobre Camilo Pessanha” de Paulo Franchetti.
Piano-bar:
19:00h - Camilo Pessanha: o Poeta ao longe - Comemoração dos 140 anos do seu nascimento
Piano - Yuki Rodrigues
Galeria:
16:45h - Inauguração da Exposição - Camilo Pessanha: o Poeta ao longe. Comemoração dos 140 anos do seu nascimento.

Poema de Manuel Alegre representa Portugal no X Printemps des Poètes

O "Printemps des Poètes" é um festival cultural que se realiza anualmente em Lyon, e este ano é subordinado ao tema «Elogio do outro, encruzilhadas, cruzamentos, mestiçagens».
O Printemps des Poètes (Primavera dos Poetas) vai já no 10.º ano de realização, com o objectivo de reforçar a presença dos poetas e das suas obras entre o público e facilitar a todos o acesso à poesia.
Durante 15 dias, são milhares de pessoas que reencontram a poesia e os poetas em França, com a representação de 60 países.
Para representar Portugal, a organização do festival escolheu este ano o "Poema com h Pequeno" de Manuel Alegre (poema do livro "O Canto e as Armas", de 1967) que o considerou «uma bela homenagem ao homem na sua diversidade». O poema será traduzido nas diversas línguas participantes no evento, incluindo o árabe e o crioulo de Guiana.
Em 2006, Portugal foi representado por Fernando Pessoa e em 2007, por Eugénio de Andrade.
O festival, que se realizará entre 3 e 16 de Março de 2008, contará com a participação da Alliance Française e dos Institutos Camões, Goethe, Cervantes, Italiano e outros.


POEMA COM h PEQUENO

Cantarei o homem criador crucificado
em suas máquinas. Caçador caçado
por suas armas. Tocador tocado
por suas harpas.
Cantarei o homem vezes homem até ao infinito.
Cantarei o homem: esse mortal-imortal
meu amigo-inimigo. Meu irmão.

Cantarei o homem que transforma tudo
e tão dificilmente se transforma.
Ele que se escreve com h pequeno
em todas as coisas que são grandes.

Cantarei o homem no plural.
Ele que é tão singular
tão impossível de ser outro
senão ele próprio: o homem.

Cantarei o homem vezes homem até à massa.
Cantarei a massa vezes massa até ao homem.
Porque não sei de outra guerra. Não sei de outra paz.
Não sei de outro poema que não seja o homem.

Manuel Alegre

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Volodia Teitelboim (1916-2008)

Morreu ontem, 31 de Janeiro, o escritor Volodia Teitelboim. Poeta durante a juventude, trabalhou como jornalista e enveredou ainda pela vida política, marcada pela clandestinidade na década de 1940 e pela prisão. Na sequência do golpe de estado militar de 11 de Setembro de 1973 que derrubou Salvador Allende, viveu 15 anos exilado em vários países, até ao regresso legal ao país em 1988. Entre 1989 e 1994, foi Secretário-Geral do Partido Comunista Chileno.
Grande estudioso da obra de Pablo Neruda, teve também com ele uma profunda amizade ao longo de quase quarenta anos.
Iniciou a sua vida literária em 1935, com a publicação, em colaboração com o poeta Eduardo Anguita, da "Antologia da Nova Poesia Chilena". Em 1952 editou o romance "Hijo del Salitre" e, mais tarde, "La semilla en la arena" (1957) e "La Guerra Interna" (1979). Mas foi na área do ensaio biográfico que Volodia Teitelboim se destacou como uma das mais importantes figuras da cultura chilena. "Neruda" foi publicado em alemão, russo, francês, inglês, búlgaro e romeno. Seguiram-se "Gabriela Mistral, Pública y Secreta" (1991), "Huidobro, La Marcha Infinita" (1993) e "Os Dois Borges - Vida, sonhos, enigmas" (Campo das Letras, 2001).

Hoje nasceu...



1 de Fevereiro de 1937

Fernando Assis Pacheco

Poeta e jornalista português





Artigos relacionados:
Biografia
Poemas: Eu vi a morte... ; Seria o Amor Português (Variações Sobre Um Fado)
Seria o Amor Português (Variações Sobre Um Fado)

Muitas vezes te esperei, perdi a conta,
longas manhãs te esperei tremendo
no patamar dos olhos. Que me importa
que batam à porta, façam chegar
jornais, ou cartas, de amizade um pouco
— tanto pó sobre os móveis tua ausência.

Se não és tu, que me pode importar?
Alguém bate, insiste através da madeira,
que me importa que batam à porta,
a solidão é uma espinha
insidiosamente alojada na garganta.
Um pássaro morto no jardim com neve.

Nada me importa; mas tu enfim me importas.
Importa, por exemplo, no sedoso
cabelo poisar estes lábios aflitos.
Por exemplo: destruir o silêncio.
Abrir certas eclusas, chover em certos campos.
Importa saber da importância
que há na simplicidade final do amor.

Comunicar esse amor. Fertilizá-lo.
"Que me importa que batam à porta..."
Sair de trás da própria porta, buscar
no amor a reconciliação com o mundo.

Longas manhãs te esperei, perdi a conta.
Ainda bem que esperei longas manhãs
e lhes perdi a conta, pois é como se
no dia em que eu abrir a porta
do teu amor tudo seja novo,
um homem uma mulher juntos pelas formosas
inexplicáveis circunstâncias da vida.

Que me importa, agora que me importas,
que batam, se não és tu, à porta.

Fernando Assis Pacheco

Na voz de Luís Gaspar:


Eu vi a morte
de noite. névoa branca.
entre os frascos do soro
rondar a minha cama

era um trasgo
e como tal metera-se
pelas frinchas; noutra versão
coando-se através
dos nós da madeira
ou noutra ainda
imitando à perfeição
o gorgolejar da água
nos ralos: eu tremia
covardemente enquanto
ela raspava a parede
com unhas muito lentas

eu vi? ouvi a morte?
com toda a probabilidade
e por instantes
era ela. luz negra.
tentando cegar-me

Fernando Assis Pacheco

Fernando Assis Pacheco

Fernando Assis Pacheco nasceu em Coimbra no dia 1 de Fevereiro de 1937.
Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, foi poeta, ficcionista, jornalista e crítico. O avô paterno foi redactor da revista Vértice, circunstância que lhe permitiu privar de perto com Joaquim Namorado e outros poetas da sua geração como Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos.
Publicou o primeiro livro de poesia em Coimbra, em 1963: “Cuidar dos Vivos”, poesia de intervenção política, de luta contra a guerra colonial. O seu segundo livro de poesia “Câu Kiên: Um Resumo” (título vietnamita para escapar à censura fascista), foi publicado em 1972, mas conheceria a sua versão definitiva em “Katalabanza, Kiolo e Volta”, em 1976. No mesmo ano publicou “Siquer este refúgio”, também de poesia.
Em 1978 publicou o livro de novelas “Walt ou o frio e o quente” e em 1980 “Memórias do Contencioso e outros poemas” que reuniu poemas publicados entre 1972 e 1980.
Em 1987, mais um livro de poesia: “Variações em Sousa”. E outro em 1991: “A Musa Irregular”, onde reuniu toda a sua produção de poeta até esta data.
Estreou-se no romance com “Trabalhos e paixões de Benito Prada: galego da província de Ourense, que veio a Portugal ganhar a vida” em 1993.
Morreu em Lisboa, com 58 anos, à porta da Livraria Bucholz em 1995.
Em 2001 as Edições Asa publicaram “Retratos falados”, em 2003 a Assírio & Alvim publicou “Respiração assistida” com organização de Abel Barros Baptista e Posfácio de Manuel Gusmão (alguns dos poemas deste livro eram inéditos e estavam numa pasta em que Fernando Assis Pacheco reunia a produção para o livro que pretendia publicar depois da saída de "A Musa Irregular") e em 2005 a Assírio & Alvim publicou “Memórias de um craque” (colectânea de textos sobre futebol).
Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo. Deixou a sua marca no Diário de Lisboa, na República e no JL: Jornal de Letras, Artes e Ideias. Foi chefe de Redacção de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária. Colaborou também no República, n'O Jornal, no Se7e e na revista Visão. Traduziu para português obras de Pablo Neruda e Gabriel Garcia Marquez.