Morreu ontem, 31 de Janeiro, o escritor Volodia Teitelboim. Poeta durante a juventude, trabalhou como jornalista e enveredou ainda pela vida política, marcada pela clandestinidade na década de 1940 e pela prisão. Na sequência do golpe de estado militar de 11 de Setembro de 1973 que derrubou Salvador Allende, viveu 15 anos exilado em vários países, até ao regresso legal ao país em 1988. Entre 1989 e 1994, foi Secretário-Geral do Partido Comunista Chileno.
Grande estudioso da obra de Pablo Neruda, teve também com ele uma profunda amizade ao longo de quase quarenta anos.
Iniciou a sua vida literária em 1935, com a publicação, em colaboração com o poeta Eduardo Anguita, da "Antologia da Nova Poesia Chilena". Em 1952 editou o romance "Hijo del Salitre" e, mais tarde, "La semilla en la arena" (1957) e "La Guerra Interna" (1979). Mas foi na área do ensaio biográfico que Volodia Teitelboim se destacou como uma das mais importantes figuras da cultura chilena. "Neruda" foi publicado em alemão, russo, francês, inglês, búlgaro e romeno. Seguiram-se "Gabriela Mistral, Pública y Secreta" (1991), "Huidobro, La Marcha Infinita" (1993) e "Os Dois Borges - Vida, sonhos, enigmas" (Campo das Letras, 2001).
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