terça-feira, 2 de março de 2010

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


A Idade das Trovas
Inocêncio Pinga-Amor (Luís Graça)
Universitária Poesia, 1998










Brisas de fim-de-tarde em Dó Maior


Se os teus olhos
perenes de paz
reflectirem a lua
como lagos

Banhando a tua dor
em pântanos de fogo
que trituram as entranhas
em volúpias

Não confundas a ternura
com meiguice
não iludas um quadro
em desespero

Tu já não queres viver
como quem sonha
tu já não queres sonhar
por não saberes

Essa subtil margem
das saudades
que vai da meiguice
às tuas lágrimas

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