"Era em Florença, num verão sem usura. A cidade, que nós víamos de San Miniato, desfazia-se em luz. Nos labirintos do Jardim Boboli, tu e um melro rente à relva cantavam um para o outro. Não sei qual das vozes era mais pura, se a do fio de água que subia no canto do melro, ou mais frágil e rente ao chão, a tua." (Poema "Em Florença, com a Fiama(1986)de Eugénio de Andrade in Os Sulcos da Sede, Editora Fundação Eugénio de Andrade, pág. 33)
Em Julho de 1995 estive algumas horas de férias em Florença. E passei durante 30 minutos pelos jardins Boboli. Uma sensação de serenidade invadiu-me. Um castanho abrasador a invadir-me o olhar. O Eugénio era mesmo homem de captar todos os pequenos pormenores.
2 comentários:
"Era em Florença, num verão sem usura.
A cidade, que nós víamos de San Miniato,
desfazia-se em luz.
Nos labirintos do Jardim Boboli,
tu e um melro rente à relva
cantavam um para o outro.
Não sei qual das vozes era mais pura,
se a do fio de água que subia
no canto do melro, ou mais frágil
e rente ao chão, a tua."
(Poema "Em Florença, com a Fiama(1986)de Eugénio de Andrade in Os Sulcos da Sede, Editora Fundação Eugénio de Andrade, pág. 33)
que aqui te deixo com um abraço carinhoso ;)
Em Julho de 1995 estive algumas horas de férias em Florença. E passei durante 30 minutos pelos jardins Boboli.
Uma sensação de serenidade invadiu-me. Um castanho abrasador a invadir-me o olhar.
O Eugénio era mesmo homem de captar todos os pequenos pormenores.
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