
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Poesia à la carte

Encenação, pesquisa e selecção de textos: Cristina Paiva e Fernando Ladeira
Textos ditos por: Cristina Paiva
Produção: Andante Associação Artística
Performance construída a partir de uma ideia original de Rosetta Martellin e da sua Jukebox di Poesia
Estreia: dias 25 e 26 de Junho a partir das 14H30 na Fábrica da Pólvora em Oeiras, integrada no Festival Internacional de Histórias de Ida e Volta.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Jornadas Modernistas
sábado, 18 de junho de 2011
Amar a Vida Inteira, de Casimiro de Brito
Serão lidos poemas pelo autor e pela actriz Silvia Brito.
Casa Fernando Pessoa, 21 de Junho, 18h30.
Casa Fernando Pessoa, 21 de Junho, 18h30.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Amadeu Baptista vence Prémio Literário António Cabral (Vila Real)

Em quase trinta anos de edição – onde já se entreviam inspirações bíblicas, como tentações, ismaelitas e Nínive –, a discursividade deste poeta eleva, agora, suas repetições, anáforas, copulativas, pronomes pessoais, tempos de um verbo novo e metáforas à altura do salmo, entre Velho e Novo Testamento, com figurações crísticas e pagãs, num balancear que a arquitectura da Capela Sistina promove e euforiza.
A leitura de espaço maior da Cristandade assenta na relação ecfrástica (processo regular no premiado) entre arquitectura, pintura fortemente individualizada e poesia, constituindo inesperada revisão da história da Humanidade. Esse balanço ou alternância é também oposição e equivalência, em que se alicerça a composição do livro, à imagem do Livro: parede da ala esquerda, parede da ala direita, fechando, além, com a morte de Moisés e, aqui, com a Última Ceia; chão, tecto – e, neste, profetas versus sibilas, com, nos painéis centrais, quadros genesíacos e cenas pouco edificantes. São quarenta poemas – o número 40 tem forte significado na Bíblia – coroados por um Juízo Final que é louvor da arte e sua capacidade ressurreccional.
Na conseguida unidade do conjunto, em revisitação de um locus nunca extensivamente cuidado na nossa lírica, ressuma o ouro de uma inesperada religiosidade.
Tinham-se apresentado a concurso 43 trabalhos, alguns de notável qualidade.
A data e programa da sessão de entrega do Prémio serão oportunamente divulgados.
(texto do blogue de Amadeu Baptista)
Mais logo, na Casa Fernando Pessoa

Dia 14 de Junho, pelas 18H30, na Casa Fernando Pessoa.
Apresentação a cargo de Fernando J.B. Martinho.
Será projectada uma vídeo-antologia de Eugénio de Andrade em que o poeta, magistralmente, lê os seus poemas.
segunda-feira, 13 de junho de 2011

Inserindo-se na rota dos festivais internacionais transdisciplinares em torno da palavra dita concebemos um festival literário inovador que dinamiza um conjunto de equipamentos culturais da cidade criando um palco multidisciplinar que, desde a primeira edição em 2009, tem vindo a trazer a Lisboa grandes nomes da cena literária e artística internacional. Atentos aos novíssimos movimentos que cruzam a palavra com a música, artes cénicas ou vídeo e imprimem à poesia uma nova dimensão, desafiamos criadores nacionais e estrangeiros de diversas áreas a apresentarem projectos que cruzem a palavra com as diferentes artes, espelhando assim a vitalidade dos novos movimentos em torno da palavra dita. Esses movimentos, ao invadirem os palcos de inúmeros festivais internacionais, vêm comprovar a sua enorme relevância na criação artística contemporânea; nomeadamente no contexto da transdisciplinaridade e cruzamento com outras artes e na transversalidade dos seus públicos. Através de espectáculos de spoken word, poetry slam, conferências, film poetry, documentários, workshops, instalações, performances, lançamentos e leituras encenadas, o Festival Silêncio aposta na transversalidade e abre caminho para a conquista de novos públicos. Nesse sentido, o Festival Silêncio pretende não só dar a conhecer o trabalho de alguns dos artistas internacionais mais proeminentes desses novos movimentos, como também promover a criação de projectos a nível nacional provocando encontros entre jovens artistas estreantes e oriundos de diferentes áreas.»
Poetry Slam: inscrições até 19 de Junho.
Todas as informações aqui: http://www.festivalsilencio.com
domingo, 12 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
Fernando Cabrita editado em França

A apresentação decorrerá no dia 17 de Junho, pelas 18H30, no Salão Eça de Queirós, do Consulado, e estará a cargo de Paulo Dentinho (correspondente da RTP em França) e de François Louis Blanc (escritor e tradutor do texto para francês).
Consulat Général du Portugal à Paris: 6, Rue Georges Berger – Paris
quarta-feira, 8 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Editora Labirinto e a Livraria Capítulos Soltos convidam para a apresentação do livro «REFLEXÕES À BOCA DE CENA», de João Ricardo Lopes.
A sessão terá lugar no próximo dia 11 de Junho (sábado), pelas 18 horas, na Livraria Capítulos Soltos, sita na Rua de Santo André, 93 RC- Braga.
A apresentação estará a cargo de Marta Peixoto e contará com a presença do autor e da tradutora da obra Bernarda Esteves, docente do Instituto de Letras da Universidade do Minho.
A sessão terá lugar no próximo dia 11 de Junho (sábado), pelas 18 horas, na Livraria Capítulos Soltos, sita na Rua de Santo André, 93 RC- Braga.
A apresentação estará a cargo de Marta Peixoto e contará com a presença do autor e da tradutora da obra Bernarda Esteves, docente do Instituto de Letras da Universidade do Minho.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
"Não, não, não subscrevo"
Um poema de Jorge de Sena, escrito em 1976, na voz de André Gago.
(Uma produção do Teatro Instável)
www.teatroinstavel.com
www.bloginstavel.blogspot.com
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Correio electrónico acabadinho de chegar do Brasil:
From: Ernesto de Melo e Castro
To: Porosidade Etérea
Re: Dia Mundial da Poesia - 21 de Março
Querida Inês Ramos
Como vais tu? Eu só agora te envio um poema que já deveria ter ido... mas tenho viajado um pouco neste imenso Brasil... sempre com a poesia!
O poema vai em anexo.
Beijos amigos do Ernesto
.....................
HAN SHAN DO SÉCULO XXI
No dia mundial da poesia vou ler um poema no alto da Serra da Mantiqueira para uma ilustre assembleia de árvores remanescentes da Floresta Atlântica, na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, Brasil.
Tendo comunicado esta minha disposição à minha amiga Inês Ramos que estava em Cabo Verde, ela respondeu-me que eu seria o Han Shan do século XXI...
Concordando (por ter nascido na Serra da Estrela em Portugal ) enviei o seguinte poema:
Numa fria montanha nasci
mais do que uma vez...
Olhei para os meus pés
e não os vi.
Teriam ido passear
à procura do ar (pensei)
não os senti...
Se doíam ou não
os meus pés perdi-os
na neve sem deixarem rastro
nem no ar um cheiro característico.
E o meu corpo foi-se perdendo aos poucos
longe fragmentos dos penedos voadores
de que nasci.
*
As árvores centenárias altíssimas
que ouviram o poema que lhes li
nada disseram em sílabas e palavras
só silvaram um som sibilino
que eu apenas ouvi não entendi.
Certamente foi um vento maléfico
que me respondeu irónico
mas eu permaneci ereto
nem sequer alterando o ritmo cardíaco.
Então senti o mesmo frio
de quando há muito nasci
mas era outra a situação
outra a montanha alta
onde ainda não morri.
*
Passo a passo desci a montanha
sem nada ver pelo caminho.
O poema que li logo o esqueci
e a cidade ensurdeceu-me
o que não vi...
....................................................................
SP 21/03/2011
E.M. de Melo e Castro
To: Porosidade Etérea
Re: Dia Mundial da Poesia - 21 de Março
Querida Inês Ramos
Como vais tu? Eu só agora te envio um poema que já deveria ter ido... mas tenho viajado um pouco neste imenso Brasil... sempre com a poesia!
O poema vai em anexo.
Beijos amigos do Ernesto
.....................
HAN SHAN DO SÉCULO XXI
No dia mundial da poesia vou ler um poema no alto da Serra da Mantiqueira para uma ilustre assembleia de árvores remanescentes da Floresta Atlântica, na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, Brasil.
Tendo comunicado esta minha disposição à minha amiga Inês Ramos que estava em Cabo Verde, ela respondeu-me que eu seria o Han Shan do século XXI...
Concordando (por ter nascido na Serra da Estrela em Portugal ) enviei o seguinte poema:
Numa fria montanha nasci
mais do que uma vez...
Olhei para os meus pés
e não os vi.
Teriam ido passear
à procura do ar (pensei)
não os senti...
Se doíam ou não
os meus pés perdi-os
na neve sem deixarem rastro
nem no ar um cheiro característico.
E o meu corpo foi-se perdendo aos poucos
longe fragmentos dos penedos voadores
de que nasci.
*
As árvores centenárias altíssimas
que ouviram o poema que lhes li
nada disseram em sílabas e palavras
só silvaram um som sibilino
que eu apenas ouvi não entendi.
Certamente foi um vento maléfico
que me respondeu irónico
mas eu permaneci ereto
nem sequer alterando o ritmo cardíaco.
Então senti o mesmo frio
de quando há muito nasci
mas era outra a situação
outra a montanha alta
onde ainda não morri.
*
Passo a passo desci a montanha
sem nada ver pelo caminho.
O poema que li logo o esqueci
e a cidade ensurdeceu-me
o que não vi...
....................................................................
SP 21/03/2011
E.M. de Melo e Castro
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