segunda-feira, 8 de março de 2010

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


para que ninguém sobreviva ao perdão
Pedro Gil-Pedro
Cosmorama, 2008







Ele radia nas carótidas
com suas alfaias adestradas
pela insânia recolhe

a morte e engole-a

como uma louça baldia
e apaziguadora – o sangue
demolindo-se entre
as pernas.

toda a memória
gera o abandono.

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