sábado, 20 de fevereiro de 2010

Dentro da noite doidejando fan-
tasias.....enredadas.....alongadas
até ao cume da libertação;

cristalizando o vago.....o impreciso:
um rio sem correr a flamejar
nas trevas que o circundam entretanto;

e um corpo.....um corpo quando faz manhã:
fora da aurora a orla cristalina
da quimera que a luz enovelou…

O desengano.....porque o sol fortuito
abriga o despertar febril e mudo
na incerteza de voltar a pôr-se.

António Salvado

Castalia, A Mar Arte, 1996.

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