segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Alda Merini (1931-2009)

Faleceu ontem, 1 de Novembro, a poetisa italiana Alda Merini, com 78 anos.
Alda Merini, que viveu os últimos anos de vida em extrema pobreza, chegou a ser considerada a maior poeta italiana viva. Merini começou a escrever poesia com apenas 16 anos. O seu primeiro livro de poesia, "La presenza di Orfeo", foi publicado em 1953 pela editora Schwarz, tendo sido muito bem recebido pela crítica, tornando-a uma “menina maravilha”.
A partir daí, a sua vida passou a estar sempre na fronteira entre o reconhecimento da sua excepcional capacidade poética e a dificuldade devido às perturbações mentais e à constante alternância entre estados de lucidez e loucura, o que a obrigou a estar internada em várias instituições psiquiátricas.
Alda Merini fez amizade com Oreste Macri, David Maria Turoldo, Salvatore Quasimodo, Pier Paolo Pasolini, Carlo Batocchi, Maria Corti e John Raboni, entre outros.
Depois do primeiro livro seguiram-se “Paura di Dio” (1955), “Nozze romane” (1955), “Tu sei Pietro” (1962). Estes quatro volumes de poemas foram reunidos sob o título “A presença de Orfeu” pela editora Secheiwiller, em 1993.
Após duas décadas de silêncio, devido à doença, publicou: “La Terra Santa” (1984), “Testamento” (1988), “Vuoto d’amore” (1991), “Ballate non pagate” (1995), “Fiore di poesia 1951-1997” (1998), “Superba è la notte” (2000), “Più bella della poesia è stata la mia vita” (2003), “Clinica dell'abbandono” (2004), “L’anima innamorata” (2000), “Corpo d’amore, Un incontro con Gesù” (2001), “Magnificat. Un incontro con Maria” (2002) e “La carne degli Angeli” (2003).
Em 1993 recebeu o Premio Librex-Guggenheim “Eugenio Montale" para poesia, em 1996 o Premio Viareggio, em 1997 o Premio Procida-Elsa Morante, e em 1999 o Premio della Presidenza del Consiglio dei Ministri-Settore Poesia.
Site oficial: http://www.aldamerini.com

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