O tema do espectáculo é o amor, essa força que consome a alma e o corpo, que tudo corrói, que é cego, traidor, canalha, fadista, fogueira de corações, arrebatamentos, guerras e tragédias, doçuras e comédias.
De um lado Pessoa poeta português do século XX de sexualidade branca, equivoca, sonhadora, escondida, para quem “todo o prazer é do cérebro”. Do outro Ovídio, poeta latino do século I a.c. para quem o amor é uma técnica como qualquer outra, que pode ser ensinada e aprendida: “aprendei a curar-vos com quem vos ensinou a amar”.
Pôr estas duas almas em confronto, fazer-nos perder o pé, sem saber quem é quem (tal a ambiguidade e justeza das vozes), misturar a tragédia e a comédia por vezes na mesma fala, fazer-nos sentir que se o bicho homem mudou, não foi tanto assim…
Trazer a sabedoria do amor sobre rodas, qual vendedor ambulante, para sossego das gentes atormentadas e, conseguir evitar que outros caiam no engano e na esparrela, é o que me proponho fazer.
Diogo Dória
Encenação e interpretação: Diogo Dória
Dramaturgia: Inês Pedrosa
Cenografia: Elsa Bruxelas
1 e 2 de Agosto na Sala B - Montemor-o-Velho (Rua Cadeia Velha - Centro Histórico de Montemor-o-Velho), às 22H30
Sem comentários:
Enviar um comentário