POEMAS
Autor: Herman Melville
Tradução do Inglês: Mário Avelar
Colecção: Documenta Poetica
Ano de edição: 2009
Tema, classificação: Poesia
N.º de páginas: 112
Apresentação:
«A selecção de poemas de Herman Melville foi elaborada a partir de três livros seus: Battle-Pieces and Aspects of the War, de 1866, John Marr and Other Sailors, de 1888, e Timoleon, Etc., de 1891. Excluí desta selecção Clarel — A Poem and a Pilgrimage in the Holy Land, de 1876, devido à extensão dos poemas que compõem as diferentes secções. Idêntica opção foi seguida relativamente à escolha dos poemas dos livros aqui antologiados, cuja extensão, em particular a dos monólogos dramáticos, tornaria inviável uma perspectiva prismática da sua poesia. A opção pelos poemas mais curtos é, aliás, corroborada pelos estudiosos de Melville que neles reconhecem os instantes mais relevantes da sua obra. Entre estes poemas tentei seleccionar aqueles que melhor transmitem a sua sensibilidade estética e as suas recorrências tópicas. A edição escolhida em língua inglesa foi The Poems of Herman Melville (The Kent State University Press, 2000), organizada por Douglas Robillard.»
Mário Avelar
Herman Melville nasce a 1 de Agosto de 1819, em Nova Iorque. Após o colapso do negócio de importação da família, em 1830, e a morte do seu pai, passados dois anos, Melville interrompe os estudos. Em 1837, quando se torna professor de instrução primária perto de Pittsfield, Massachusetts, já havia trabalhado num banco, na quinta de um tio e no negócio do irmão. Embarcará, dois anos mais tarde, como marinheiro na Marinha Mercante, numa viagem que o levará até Liverpool. Em 1840, regressado aos EUA, vagabundeia por vários empregos, para embarcar, no ano seguinte, no baleeiro Acushnet, numa viagem que durará quatro anos. Em Outubro de 1844 desembarca em Boston, após múltiplas peripécias no mar e em terras distantes. Junta-se à família, começando a escrever as suas «aventuras». Os seus dois primeiros livros, Typee (1846) e Omoo (1847) transformam-no num autor célebre e, apesar de Mardi (1849) ser um insucesso, é bem sucedido com Redburn, publicado no mesmo ano. A White-Jacket (1850) sucede-se Moby Dick (1851) e Pierre; or the Ambiguities (1852), novos fracassos editoriais. Em 1866, com Battle-Pieces and Aspects of the War, Melville inicia uma longa série de poesia, abandonando virtualmente a prosa. Nesse mesmo ano, consegue trabalho na alfândega de Nova Iorque. Nos anos seguintes escreve Clarel: A Poem and Pilgrimage in the Holy Land (1876), John Marr and Other Sailors (1888) e Timolean and Other Poems (1891). Nos finais de Setembro de 1891, morre, esquecido, em Nova Iorque.
RUBA-‘IYAT
Autor: Umar-i Khayya-m
Tradução do Persa: Halima Naimova
Introdução: Maria Aliete Galhoz
Colecção: Documenta Poetica
Ano de edição: 2009
Tema, classificação: Poesia
N.º de páginas: 80
Apresentação:
«Pela primeira vez se apresenta em Portugal uma antologia de «ruba’i»s (quartetos) do poeta astrónomo e matemático persa Umar-i Khayyām (1048-1132, d.C.) traduzidos a partir do texto original impresso Ruba’yati Umari Kayyam, edições Adib [Tājikistān], 2000. A antologia é bilingue, contémos textos em persa e a respectiva tradução em português. Trata-se de uma selecção de 51 quartetos da responsabilidade total de Halima Naimova, além da escolha dos quartetos (de uma colecção), é sua a tradução em português — que domina com «sedimentos» de lógica formal linguística de raiz não românica—, e, sobretudo, é também seu o belo desenho caligráfico da cópia em persa. Igualmente se lhe deve o material para reprodução iconográfica. […] É consensual que o “corpus” de “ruba’is” de Umar-iKhayyām, fixado o seu título no plural colectivo “Rubā‘iyat” (“Quadras”), pertence ao património cultural da humanidade. A sua fortuna editorial é imensa e “quasi” universal pelas inúmeras línguas em que está traduzido, havendo, até, uma colectânea de tradução na língua artificial esperanto.»
À beira-rio, junto da criatura bela como a lua, rosa e o vinho,
Deliciar-me-ei enquanto estiver vivo.
Bebia vinho, bebo-o e beberei,
Até ao último minuto do meu destino.
O AMOR CHEGOU COM AS CHUVAS
Autor: Mirabai
Apresentação e Versões: Jorge Sousa Braga
Colecção: Documenta Poetica
Ano de edição: 2009
Tema, classificação: Poesia
N.º de páginas: 64
Apresentação:
«Padavali significa uma série de padas. Pada na sua forma madura é uma canção espiritual breve, rimada e composta em ritmos simples, de forma a poder ser cantada, segundo determinada melodia (raga). O nome do autor é incorporado na última linha, como uma espécie de assinatura. Os pada de Mirabai são uma criação puramente oral e espontânea. Como não tinha discípulos para recolhê-los, os seus pada sobreviveram na boca dos cantores itinerantes que os aprenderam, cantaram e eventualmente alteraram. A edição mais conhecida dos pada de Mirabai (a edição de Acharia Chaturvedi) contém 202 canções e foi submetida a incorporações e rejeições ao longo do tempo, à luz de novas descobertas. Nas versões aqui apresentadas foram usadas as traduções para inglês de A. J. Alston (The devotional poems of Mirabai). De forma a não inundar o texto de referências, apresenta-se em anexo apenas aquelas mais importantes.»
Jorge Sousa Braga
O amor tingiu a minha pele
da cor daquele que
levanta montanhas Mesmo
disfarçada reconheceu-me
Ao contemplar a sua beleza
entreguei-me Amigas
deixem aquelas cujo amor
está ausente escrever
cartas Mira entregou-se ao
seu Amado Dia e noite
é só por Ele que espera
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