Liberto Cruz venceu, com o poema "Partir", a edição deste ano do Prix National Blaise Cendrars, instituído pela cidade francesa de Vannes, na Bretanha.
O prémio tem o nome de Blaise Cendrars, poeta, ficcionista, viajante e aventureiro, nascido na Suíça em 1887 e falecido em 1961, cuja obra poética e ficcional tem a marca das suas maiores paixões: a viagem e a aventura. Escreveu, entre outras obras «Poesia em viagem», «O Ouro», «Moravagine» e «O fim do mundo filmado pelo anjo N.D».
Também andou por Portugal. Traduziu para francês «A selva» de Ferreira de Castro, colaborou na revista «Portugal Futurista» e Ruy Belo traduziu para português a sua obra «Moravagine».
A este Prix National Blaise Cendrars concorreram 415 participantes. O prémio foi atribuído por um júri de 15 membros presidido pela filha do poeta e viajante, Miriam Cendrars, que estará presente na cerimónia da entrega do prémio a realizar em Abril em Vannes. O tema deste ano foi “Partir” (precisamente o título do poema com que Liberto Cruz concorreu e venceu).
Liberto Cruz, nascido em Sintra em 1935, é poeta e ensaísta, crítico literário, tradutor, conferencista, licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, colaborador do Jornal de Letras e Artes, da revista Colóquio Letras, fundador da revista literária A Síbila, membro da Associação Internacional de Críticos Literários, e exerceu actividades docentes e diplomáticas em França durante 22 anos.
Da sua obra fazem parte títulos como «Momento» (1956), «Névoa ou Sintaxe» (1959), «Itinerário», 1962, «Viragem do Romance Português»(1969), «Distância» (1976), «Ciclo» (1982), «Jornal de Campanha» (1986) e «Caderno de Encargos» (1994).
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