Durante a minha infância imaginava
O Ko Hinor, luxo persa e papal,
Heliogabalo e Sardanapalo!
Sob os tectos de ouro o desejo urdia,
Entre os perfumes e as melodias,
Haréns sem fim, palpáveis paraísos!
Hoje, mais calmo e não menos vibrante,
Mas conhecendo a vida que nos quebra,
Tive de refrear a minha febre
Sem me resignar muito, no entanto.
Seja! a grandeza não é pròs meus dentes,
Mas não me interessa a escória, as cortesias!
Insisto em odiar mulheres bonitas,
Rimas toantes e amigos prudentes.
Paul Verlaine
Sem comentários:
Enviar um comentário