O oceano sonoro
Palpita no olhar
Da lua a chorar
E palpita agora
Enquanto um relâmpago
Brutal e sinistro
Rasga o céu de bistre
Num ziguezague branco
E a água ondulante
Salta convulsiva
Junto dos recifes,
Vai, vem, reluz, clama,
E no firmamento
Onde erra o tufão
Já ruge o trovão
Formidavelmente.
Paul Verlaine
(Poema Saturnianos e Outros)
(tradução de Fernando Pinto do Amaral)
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