Ao Cavaleiro Azul Franz Marc,
príncipe de Caná
príncipe de Caná
O grande rei está de olhos postos em Judá.
Um camelo de pedra sustenta-lhe o telhado e há
Gatos, tímidos, esgueirando-se entre colunas rachadas.
A noite desce à cova, as tochas não se acenderam,
Os grandes olhos redondos de Saul minguaram.
Sobe o tom das carpideiras, em pranto lavadas.
Mas já a cidade pelos Cananitas foi cercada.
– Ele vence a morte, primeiro soldado a forçar a entrada –
E há cinco vezes cem mil homens de clavas levantadas.
Else Lasker-Schüller
(Baladas Hebraicas)
(tradução de João Barrento)
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