quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

"A Génese do Amor", de Ana Luísa Amaral vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa - Correntes D'Escritas 2007





Ana Luísa Amaral é a vencedora do Prémio Literário Casino da Póvoa, atribuído no âmbito do encontro literário Correntes d’Escritas - Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, com a obra " A Génese do Amor" editada pela Campo das Letras. O galardão foi atribuído a Ana Luísa Amaral por unanimidade de um júri constituído pelos escritores Ana Paula Tavares, Patrícia Reis, Luís Adriano Carlos, Pedro Eiras e Rosa Martelo.

Este ano, a poesia era a categoria a concurso (nos anos pares é a prosa), incidindo sobre obras em primeira edição, publicadas em Portugal entre Junho de 2004 e de 2006, por autores de língua portuguesa ou espanhola.

Nas três primeiras edições o prémio foi de dez mil euros. Este ano o prémio é de vinte mil euros.
Este é o único prémio em Portugal que se destina simultaneamente a escritores portugueses e espanhóis, e dos espaços onde o português, o espanhol, castelhano ou outro idioma hispânico são línguas oficiais.

Entre as cerca de 130 obras a concurso, os 10 finalistas foram:

"A Génese do Amor", de Ana Luísa Amaral;
"O Tempo que nos Cabe", de António Mega Ferreira;
"Sol a Sol", de Armando Silva Carvalho;
"A Dolorosa Raiz do Micondó", de Conceição Lima;
"Movimentos no Escuro", de José Miguel Silva;
"A Estrada Branca", de José Tolentino de Mendonça;
"Duelo", de Luís Quintais;
"Migrações do Fogo", de Manuel Gusmão;
"Geometria Variável", de Nuno Júdice;
"Rostos da Índia e Alguns Sonhos", de Urbano Tavares Rodrigues.

Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa, em 1956.
Ensina Literatura Inglesa no Departamento de Estudos Anglo-Americanos da Faculdade de Letras do Porto e é doutorada em Literatura Norte-Americana com uma tese sobre Emily Dickinson. Autora de vários livros de poesia e dois livros infantis, está representada em diversas antologias portuguesas e estrangeiras e foi traduzida para várias línguas, como castelhano, inglês, francês, alemão, holandês, russo, búlgaro e croata.

2 comentários:

Anónimo disse...

É desde logo um livro de poesia bem arrumado e se lhe tirássemos (destacássemos) um poema, o livro perderia consistência, i.é, ficava coxo, gostei da cadência do verso curto, gostei de Ana Luísa Amaral recusar a importância do espaço e do tempo neste seu caminhar em torno do amor, do amor na literatura, entenda-se, gostei do intróito “topografias em quase dicionário”, gostei da ideia de evocar poetas e suas musas, daí também uma perspectiva feminina/feminista, e não é um livro fácil, contudo está ali Poesia e como nos apetece ir ler Dante, Petrarca, Camões com aquelas musas a empurrarem-nos ou será que é a Ana Luísa que nos puxa? Quero eu dizer que gostei, apesar da crítica, alguma crítica, ser contundente e nada favorável... valha-nos Correntes d’Escritas para repor verdades nestas andanças dos prémios literários...
Este ano a Inês como que antevia que seria “A Génese do Amor” o escolhido, visto que no dia 17 de Janeiro, aqui no Porosidade Etérea a Inês só destacou este livro e sua autora de entre os dez finalistas? E recordemos, como se vê na lista que é dada, que entre os finalistas estavam poetas com nomes sonantes.
Lembrar, ainda, que o prémio de 2005 (também poesia) foi atribuído a “Duende” de António Franco Alexandre.

Anónimo disse...

Um beijinho de parabéns à Ana Luísa.