Mas tu nunca vinhas com a noite –
E eu sentada com casaco de estrelas.
Quando batiam à porta
Era o meu próprio coração.
Agora pendurado em todas as ombreiras,
Também na tua porta;
Entre touros rosa de fogo a extinguir-se
No castanho da grinalda.
Tingi-te o céu cor de amora
Com o sangue do meu coração.
Mas tu nunca vinhas com a noite
E eu de pé com sapatos dourados.
Else Lasker-Schüller
(tradução de João Barrento)
1 comentário:
brilhante..
obrigada, inês, por tantas partilhas de tão boa poesia.
abraço,
ana salomé
Enviar um comentário