domingo, 27 de agosto de 2006
"Corte d'El Rei" acaba de sair
Há poucas horas atrás, teve lugar na Junta de Freguesia de Almada, a sessão de lançamento do livro de Rui Diniz "Corte d'El Rei", poemas e contos.
A apresentação esteve a cargo de António Gouveia. Trata-se de uma edição de autor que é acompanhada de um CD (mp3) onde se podem ouvir todos os textos incluídos no livro, lidos por Luís Gaspar, acompanhados ao piano por Justin Bianco.
É portanto, um livro, mas ao mesmo tempo um audiobook.
Rui Diniz tem 27 anos, nasceu e vive em Almada, frequentou a Universidade Autónoma de Lisboa, é habilitado com o Certificate of Proficiency in English da Cambridge School, e é Assistente Técnico de Internet.
Teve ainda, até há pouco tempo, uma banda, cantou em bares durante uns meses, escrevendo algumas das canções que interpretava, uma curta participação como locutor e colaborador na Rádio Voz de Almada e escreveu os poemas que neste livro publica.
Este livro tem 30 poemas divididos em dois capítulos: “Pedaços” e “Amor Ego” e duas história em prosa.
Em “ Pedaços”, espalham-se, diz o autor, uma migalhas de Luz no seio de um ego forte; em “Amor-Ego” explora a sua própria história de sentimentos e aventuras emocionais que o purificaram e espera, através da partilha dessa viagem interior, tornar mais viva e transparente a consciência de quem o lê.
Os dois contos finais, espelham em prosa poética o mesmo mundo interior do Rui Diniz, um mundo onde fantasia e realidade se misturam de tal forma que se torna impossível dizer onde uma termina e a outra começa.
Aqui fica um poema deste livro do Rui Diniz,
na voz do grande declamador Luís Gaspar,
só para vos "aguçar" o apetite.
"Ode aos declamadores":
Não há poesia sem declamador.
É o declamador que faz a poesia; é ele quem constrói o mito,
é ele que lê o Ouro nas palavras que uns lêem vulgares,
outros nem tanto, seja em voz alta para os outros
ou para si em pensamento...
sim, porque não se pode declamar no pensamento?
Nada o impede.
Na ligação que tudo une, um pensamento faz a diferença!
Destrinça-se dos outros, marca a cadeia quiçá infinita
de rolantes modas, media e medianas...
Mas só um pensamento, dito ou pensado,
na pureza da postura de quem se faz mártir por opção
e decide ser veículo para o que tanto embebedou o poeta
pode ser marcante, pode de facto ser divino!
O declamador é como um ourives.
Ele labuta dentro de si os fios da sua própria existência
fundindo-os com os da existência de outrem
em jóias caras distribuídas a troco de nada.
O poeta dá o ouro cru, a pedra lascada,
o declamador dá tudo, a vida,
a voz, o pensamento, a alma
e no fim é quem fica com nada.
Fica com nada porque já de seu tinha dado tudo...
ao poeta.
O poeta é o mineiro,
o declamador é o artista.
Bem ditos sejam os artistas!
Rui Diniz
Informações e encomendas:
http://cortedelrei.blogspot.com
ou pelo e-mail: rpfdiniz@gmail.com
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2 comentários:
É um grande prazer dedicar ao teu blogue alguns minutos por dia.
Luís Pinto
Obrigada, Luís, já sabes que és sempre bem-vindo!
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