quarta-feira, 5 de junho de 2013
"EX.PO/PO.EX 1982-2012" de Fernando Aguiar em Coimbra
Inauguração: 7 de Junho, 18H00, Casa da Escrita (Rua Dr. João Jacinto nº8, Sé Nova - Coimbra)
NAS ESCRITAS PO.EX
A iniciativa centra-se na Poesia Experimental (PO.EX), que se desenvolve através da relação entre a poesia concreta e visual e as artes visuais, plásticas e performativas – movimento PO.EX – resultando de uma atitude de experimentação e de indignação permanentes em relação às diferentes linguagens artísticas.
O ciclo “Nas Escritas PO.EX” desafia um conjunto de oito autores (escritores e artistas) a cruzar as suas obras e a mostrá-las ao público, através de um ciclo de oficinas de criação e de experimentação poiética, permitindo que o público possa contactar o autor e o processo criativo in loco.
A presença / intervenção / residência de cada autor convidado contempla a organização de uma exposição bibliográfico-documental e iconográfica, evocativa da sua trajectória artística.
Fernando Aguiar “é o mais internacional dos poetas portugueses da atualidade. Incluído em mais de 60 antologias em 16 países, 39 exposições individuais de poesia visual em 8 países e coletivas em três dezenas de países. E intervenções em museus, festivais, bienais, galerias e outros eventos artísticos e literários mundo a fora. Guardadas as diferenças de tempo e contexto, ele encarna o que Manuel Pires de Almeida (1663) disse da poesia ser a "pintura que fala, e à pintura, ser a poesia muda"... Também Camões , nos Lusíadas canto 7 nos diz d´"A muda Poesia ali descreve" referindo-se à Pintura. Mais enfático ainda foi Lope de Vega: "Bien es verdad, que llaman la poesía/ Pintura, que habla, y llaman la Pintura/ Muda Poesia, que exceder porfía." Isso "porque a imagem é como que um outro gênero de escritura" ( eo quod imago sit ua si alterum scripturae genus) disse Herrera de Garcilazo de la Vega. Fernando Aguiar faz a ponte entre iconografia e poesia, pela visualidade, valendo-se da colagem, associando imagens pictóricas e letrismo numa grafitagem de ateliê, quando ele não invade o espaço cênico ou opta pelas instalações ao ar livre. É o que eu chamei, em 1962, de "arte verbal de vanguarda".
Antonio Miranda (Brasília, 3 de abril de 2010)
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