sábado, 3 de setembro de 2011

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia



miasmas
João Moita
Cosmorama, 2010






III

Abrem-se as searas ao sopro quente da minha boca.
Onde alcanço a vida inteira
entoo um canto fúnebre.
Regresso de todos oa açougues onde testemunhei
o aço refulgente.
Regresso de todos os teares onde me tingi
da própria linfa.
O medo, definitivo,
instigando-me sempre.

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