domingo, 5 de setembro de 2010

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


Ao fundo da página
António Salvado
Estudos de Castelo Branco, 2007







Do mais alto do monte
onde o tempo se negou a prosseguir
com seu caos de mistério
e de sacralidade
e onde a música das origens
se faz ouvir por fendas
enigmáticas
e onde os pés à terra presos
é como se imponderáveis
balouçassem levitassem –
do mais alto do monte
e na extensão da planície
descortino o paraíso
para o qual descerei.

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