
Flor de Jacaré
Jorge Monteiro dos Santos
Limiar, 1977
esta canção de frutos
enrolados sobre o corpo
atravessa a boca
pelas rugas da manhã
vem espancada
por dentro da carne
enegrecida sobre a terra
mas vem madura
como o rio do povo
(desagua)
pelo ventre das cidades
em vagarosa liberdade.
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