Obra IAntónio SalvadoA Mar Arte, 1997
IntervaloSinto na véspera do meu anseio
a chuva que amanhã só choverá.
Chegou Setembro. Na terra
respiram os veios do renovo já.
Agarro uma alvorada desprendida
dos galhos desfolhados do passado.
Chove amanhã. O dia é hoje quase.
Cruzam o céu nuvens de enleios de asa.
A terra se molhará.
Também a esperança ficará molhada.
Eis o renovo. Amanhã choverá...
E as mãos ficarão limpas para tudo
(ou para nada).
1 comentário:
Sobre António Salvado reproduzi em
http://antoniosalvado.blogspot.com/
um folheto saído aquando dos 50 anos da sua vida literária.
Luís Norberto Lourenço
Enviar um comentário