quinta-feira, 15 de julho de 2010
Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia
O alfabeto dos astros
Ricardo Gil Soeiro
Edium Editores, 2010
Na outra margem da morte
trocaremos de alma por alguns instantes
e escreveremos glosas intermináveis sobre
a rosa sem porquê.
Não fosse este diário,
um diário redigido na superfície dissonante
desta segunda pele que escondo ciosamente
no nosso armário de super-heróis,
dir-se-ia que não existimos.
Foi hoje que subiste ao sonho mais alto
que havia para amar, querida imagem?
Estou orgulhoso de ti.
Que sei eu?
Que sempre fui fim perpétuo por cumprir
em cujas veias rasgadas pelo vento
dlúem as lágrimas vermelhas do rio.
Unicamente eu, infelizmente eu.
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