Nos ponteiros do tempo
Sento-me no degrau dos ponteiros
à espera que o relógio não corra,
procuro o eco dum sentimento
na pele húmida de saudade.
Sei-te que não aqui,
perdida em verdades disfarçadas.
O vento largou sombras da memória
nas ruínas das mãos estendidas,
abertas pelas cruzadas da razão
escorrendo entre os dedos melados.
Estendo lençóis de horas
sobre marés que são a tua foz.
Puxo as rédeas do tempo,
aquieto a fogosidade da emoção.
Quero-me corrente imóvel
atada a este cais sem corpo
donde oiço o coração metrónomo
emudecer as sílabas do silêncio.
•
Palavras com objectiva
1 a 14 de Maio
Clube Literário do Porto
Imagens de Sonja Valentina
Textos de Pas[ç]sos
Sento-me no degrau dos ponteiros
à espera que o relógio não corra,
procuro o eco dum sentimento
na pele húmida de saudade.
Sei-te que não aqui,
perdida em verdades disfarçadas.
O vento largou sombras da memória
nas ruínas das mãos estendidas,
abertas pelas cruzadas da razão
escorrendo entre os dedos melados.
Estendo lençóis de horas
sobre marés que são a tua foz.
Puxo as rédeas do tempo,
aquieto a fogosidade da emoção.
Quero-me corrente imóvel
atada a este cais sem corpo
donde oiço o coração metrónomo
emudecer as sílabas do silêncio.
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Palavras com objectiva
1 a 14 de Maio
Clube Literário do Porto
Imagens de Sonja Valentina
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3 comentários:
Entrei aqui ao acaso, e fiquei encantada com este tic tac poético, que me dirá o tempo num dia de voltar...
Abraços dos Alpes
Obrigada por mais esta partilha linda!
Jinhos
Adorei o poema tia! E a fotografia referente ao poema também está fantástica!
beijinhos!
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