quarta-feira, 31 de março de 2010
Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia
Duplo Esplendor
Gonçalo Salvado
Desenhos de Manuel Cargaleiro
Afrontamento, 2008
Macieira
Como uma macieira entre as árvores
assim é a minha amada.
A rescender de aromas a mim se entrega
numa nudez viva e iluminada.
Oh a doçura de sua boca
delícia plena para meus lábios!
E a volúpia de suas carícias
inebriantes mais do que o vinho!
Fonte selada a chamo:
seu corpo é água derramada
em minha sede,
jorrando de sua beleza pura.
Para receber a amada adornei de flores a casa.
mas foi a amada que ao entrar nela a perfumou.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário