quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia
A Alma e o Caos
100 poemas expressionistas
Selecção e tradução de João Barrento
Relógio D'Água, 2001
Fim do mundo
Há um chorar no mundo,
Parece que o bom Deus morreu,
E a plúmbea sombra, que cai fundo,
Pesa como mausoléu.
Vem, vamos esconder-nos mais...
A vida está em todos os corações
Como em caixões.
Ouve! Vamos beijar-nos e esquecer –
Há uma saudade que bate à porta do mundo,
E dela acabaremos por morrer.
Else Lasker-Schüller
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