quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia
Antologia de Escritas 6
Organização de José Félix
Encontro de Escritas, 2009
Nocturno em Setembro
Hoje a lua nasce muito mais tarde
Nesta tristeza que trago comigo
Rompe farrapos do céu sem estrelas
Prata que não tange os sinos da aldeia
Dormem os poetas da minha rua
E os cães ladram sem saber porquê
Enquanto mais além é o silêncio
Que governa o tempo e o espaço
E eu observador intemporal
Prisioneiro de minhas verdades
Deitei-me logo a adivinhar
Se mais tarde quando o sol nascer
A lua lhe vai dizer em segredo
A solidão que passou esta noite
Joaquim Evónio
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