sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia
ESCALPE
Amadeu Baptista
&etc, 2009
(...)
No meu corpo estiras o teu corpo,
sobre os meus lábios pousas
a tua mão esquerda,
e a tua mão direita,
serenamente terna,
aperta o meu pescoço:
sobre o meu rosto,
o teu hálito é um vento cálido,
uma brisa benéfica,
sendo que assim te respiro,
enquanto asfixio
e o meu pénis,
uma vez mais,
cresce
e entumece
para meu e teu prazer,
e nosso gozo.
Meu amor:
um dia hei-de morrer
no saque dos teus olhos
e há-de a morte descampar
-me no que em ti
é polpa,
coda,
foda.
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