E no Fim era a Poesia
Myriam Jubilot de CarvalhoNova Vega, 2007Abri os pulsos a golpes de
machado —
junto à boca do inferno.
É inverno, meu amor.
E os círculos das
ondas em
seu esgar sal-
gado
lembram, amargos,
algum transverso ombro
materno
("Medeia,
porquê a ira pesada
na alma que te cai?").
Hoje tomei um lírio nos dentes. Lancei-me
da janela. Afinal,
há laranjas
amarelas
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