terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


E no Fim era a Poesia
Myriam Jubilot de Carvalho
Nova Vega, 2007








Abri os pulsos a golpes de
machado —
junto à boca do inferno.

É inverno, meu amor.

E os círculos das
ondas em
seu esgar sal-
gado
lembram, amargos,
algum transverso ombro
materno
("Medeia,
porquê a ira pesada
na alma que te cai?").

Hoje tomei um lírio nos dentes. Lancei-me
da janela. Afinal,
há laranjas
amarelas

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