Morreu hoje a poeta Glória de Sant’Anna, uma das vozes mais geralmente reverenciadas no panorama literário de Moçambique.
Nasceu em Lisboa em 1925 e foi viver para Moçambique entre 1951 e 1975. No regresso a Portugal radicou-se em Ovar.
Obra publicada: “Distância”, 1951; “Música Ausente”, 1954; “Livro de Água”, 1961 (Prémio Camilo Pessanha da Academia das Ciências de Lisboa); “Poemas do Tempo Agreste”, 1964; “Um Denso Azul Silêncio”, 1965; “Desde que o Mundo e 32 poemas de Intervalo”, 1972; “...Do Tempo Inútil” (crónicas), 1975; “Amaranto” (1984) com 4 livros inéditos: “A Escuna Angra” (1966-68), “Cancioneiro Incompleto” (temas de guerra em Moçambique, 1961-71); “Gritoacanto” (1970-74 e “Cantares de Interpretação” (1968-73); “Não Eram Aves Marinhas” (1988), “Zum-Zum” (1996), “Solamplo” (2000), “O pelicano velho” (2003) e “Ao Ritmo da Memória” (2003).
Glória de Sant'Anna tem ainda trabalho disperso por revistas e jornais: Diário Popular, Guardian (Lourenço Marques), Itinerário (L. M.) Diário de Moçambique (Beira) Noticias (L.M.), Tribuna (L.M.), Sul (Brasil) e Caliban (L.M.).
A essência das coisas é senti-las
tão densas e tão claras,
que não possam conter-se por completo
nas palavras.
A essência das coisas é nutri-las
tão de alegria e mágoa,
que o silêncio se ajuste à sua forma
sem mais nada.
Glória de Sant’Anna
Sem comentários:
Enviar um comentário