O autor mexicano José Emilio Pacheco (nascido na Cidade do México em 1939), venceu o Prémio Rainha Sofia de poesia latino-americana, que reconhece a carreira de um autor vivo, organizado pelo Patrimonio Nacional e pela Universidad de Salamanca, no valor de 42.100 euros, e com a edição de um estudo antológico da obra do escritor galardoado.
As diferentes academias de língua dos países da América Latina são responsáveis pela selecção dos candidatos, avaliando a sua contribuição para o património cultural da língua espanhola nos dois lados do Atlântico.
José Emilio Pacheco, de 69 anos, é considerado uma figura pioneira na geração de 50 no México (integrada também por Carlos Monsiváis, Eduardo Lizalde, Sergio Pitol, Juan Vicente Melo, Vicente Leñero, Juan García Ponce, Sergio Galindo e Salvador Elizondo). Começou por escrever poesia e, mais tarde, enveredou também pela narrativa e pelo ensaio, assim como pela tradução, desde os clássicos gregos e chineses, a autores contemporâneos. É autor dos romances "Morirás lejos", "Los elementos de la noche" e "Trabajos en el mar".
Já recebeu outras distinções como o Prémio Villaurrutia (1973), o Prémio Nacional de Linguística e Literatura (1992), o Prémio José Asuncion Silva (1996), o Prémio José Donoso (2001), o Prémio Octávio Paz (2003), o Prémio Ramón López Velarde (2003), o Prémio Alfonso Reyes (2003), o Prémio Iberoamericano Pablo Neruda (2004) e o Prémio García Lorca (2005).
Entre a sua obra poética, destaca-se: Los elementos de la noche (1963); El reposo del fuego (1966); No me preguntes cómo pasa el tiempo (1969); Irás y no volverás (1973); Islas a la deriva (1976); Desde entonces (1980); Trabajos en el mar (1983).
Entre os vencedores do Prémio Rainha Sofia, este ano já na XVIII edição, constam nomes como o chileno Gonzalo Rojas, o madrileno José Hierro, o uruguaio Mario Benedetti e o argentino Juan Gelman, entre outros.
Sem comentários:
Enviar um comentário