O escritor, dramaturgo e poeta Harold Pinter — Prémio Nobel da Literatura 2005 — morreu ontem à noite, aos 78 anos.
Nasceu em Londres em Outubro de 1930 e é considerado um dos maiores dramaturgos do século XX.
Autor de cerca de 30 peças de teatro, Pinter escreveu também poesia (War, 2003), peças radiofónicas e guiões para cinema e televisão.
Para além do Prémio Nobel da Literatura, em 2005, Pinter recebeu o Shakespeare Prize (Hamburgo), o European Prize for Literature (Viena), o Pirandello Prize (Palermo), o David Cohen British Literature Prize, o Laurence Olivier Award, o Legion d’Honneur e o Moliere D'Honneur.
Harold Pinter foi, também, um defensor dos direitos humanos e da Paz.
Mais informações sobre Harol Pinter, aqui.
Death May Be Ageing
Death may be ageing
But he still has clout
But death disarms you
With his limpid light
And he's so crafty
That you don't know at all
Where he awaits you
To seduce your will
And to strip you naked
As you dress to kill
But death permits you
To arrange your hours
While he sucks the honey
From your lovely flowers
Harold Pinter
Abril 2005
2 comentários:
Apeteceu-me deixar uma tradução livre:
Talvez a morte esteja a envelhecer
Mas mantém ainda o seu poder
A morte desarma-te
Com a sua luz límpida
E tem tantas manhas
Que tu desconheces
Onde te vai esperar
Para te seduzir
E te desnudar
Do que vestiste para matar
Mas a morte permite-te
O arranjo das horas
Enquanto te suga o mel
Das tuas flores mais belas
Pinter tinha o dom de nos fazer sentir incomodados. É esse o poder da palavra.
Não era um teatro fácil. Era um teatro poderoso, cortante, de nos deixar a alma retalhada.
Um grande nome da dramaturgia mundial.
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