A "Nova Antologia dos Poetas Alentejanos" é um projecto que nasceu, no início de 2004, da vontade de um pequeno grupo de alentejanos, alguns deles autores (poetas e/ou investigadores), que sentiram a necessidade de actualizar a já existente antologia "Poetas Alentejanos do Século XX" publicada em 1983 por Francisco Dias da Costa e de, neste novo trabalho, reunir outros poetas alentejanos que entretanto surgiram.
Esta Antologia será editada em 2009 e está na fase final de recolha (foram já seleccionados cerca de 43 poetas e 225 poemas) e terá como prefaciador Urbano Tavares Rodrigues.
Este projecto, iniciado por Eduardo M. Raposo, entre outros, é actualmente coordenado por este e por César Pires e conta com a colaboração de poetas e outras figuras das letras e da cultura alentejana como Martinho Marques, Paulo Barriga, Vítor Encarnação, Henrique Silva, entre outros.
A “Nova Antologia dos Poetas Alentejanos” será uma Antologia representativa de todo o Alentejo. Neste trabalho não figuram poetas populares que pela importância que têm na cultura alentejana e portuguesa, têm o seu lugar próprio.
Tendo como limites geográficos a Região Alentejo e como protagonistas os naturais, mas também os que no Alentejo se radicaram, esta antologia pretende contribuir para o reconhecimento do valor dos novos poetas alentejanos.
A data limite para entrega dos trabalhos (poemas e biografias) é 15 de Novembro de 2008 e poderão ser enviados (ficando sujeitos à apreciação final dos organizadores) para o e-mail: eduardomraposo@portugalmail.pt
4 comentários:
e la vais desfiando o teu rosario
para a semana uma saida até ao rosario
Não sendo alentejano, desde cedo aprendi que um algarvio é um alentejano sem travões... uma vez que não posso participar na tal antologia, ao menos aqui deixo a minha contribuição para a mensagem e para o Alentejo:
"Um certo dia que por lá passei
Podia ter aberto os maxilares
E de uma vez
Engolido
Aquele oceano de feno, palha e trigo,
Só para levar o sabor do Alentejo na boca.
Mas não o fiz e não me arrependo.
Limitei-me a observar
E com o olhar
As suas cores fui comendo.
Hoje em dia,
Para me lembrar,
Enterro as mãos na memória
E lambo os dedos…"
Apertem com eles!
Venha de lá essa antologia.
É um gosto ver dois amigos capazes (Eduardo Raposo e Paulo Barriga)à frente de um projecto com este fôlego.
Como diria o Paulo Barriga: "Que Deus vos arrebente de saúde".
Eu já contribuí com a minha poesia no Festival do Amor, em Beja, em cima do palco do Pax Julia, mais o Rui Unas e o João Cataluna.
E depois houve strip-tease no castelo!
Olá
antes de tudo, os meus agradecimentos à Inês, pelo seu gesto fraterno de divulgar neste espaço - que é uma referência para os amantes da Poesia - o nosso projecto.
Obrigado!
Depois gostava de dizer ao valter que não sendo possível incluir os seus poemas, quando li o seu comentário pensei logo numa solução. Vou iniciar no próximo ano uma projecto sobre Al Mouhatamid Ibn Abaad - o grande poeta nascido em Beja em 1040, que adolescente governou Silves (com Poesia, claro!) e depois foi rei em Sevilha antes de ser desterrada para Agmât (Marraquexe). O projecto tem várias vertentes,nas áreas do cinema, do teatro, um roteiro sinaletico do percurso do próprio poeta, a um outro dos poetas luso-árabes que se inicia em Santarém e vai até ao Algarve. Já me sugeriram organizar uma edição completa da obra de Al Mouhatamid - ou porque não dos poetas luso-árabes do sécs XI/XII e paralelamente pubicar os poetas do séc. XXI, da Gharb al-Andalus, ou até de todo o al-Andalus (?). Afinal fazer a ponte entre o séc. XI e o Séc. XXI - como eu estou a fazer num trabalho em curso, a nível temático ligando à actual Música Popular Portuguesa. o que acham da ideia?
E um grande abraço para o velho amigo Luís Graça - fiquei muito emocionado com aquelas fotos do festival de Amarante de 1987 e estou a adorar os teus livros, são geniais! temos que nos encontrar para por a conversa em dia, também te quero dar o que publiquei e... ando cá com umas ideias... e obrigado pela forma carinhosa como te referes à "minha" cidade de Beja- é que foi a minha primeira cidade, eu que nasci algures no Sul, no meio de comboios. Adoro Tânger, Córdova... mas Baja (no séc. XI era assim designada) tem um lugar especial...
Bem Hajam!
Eduardo
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