O nome da ausência
O sótão: era ali
que o mundo começava. Ainda
não sabias, então,
quantas letras te seriam
necessárias para soletrar
o alfabeto dos dias, para encher
a tua caixa
de música, a tua concha
de areia. E ainda
o não sabes hoje. Com cinza
nada se escreve a não ser
as vogais do silêncio. E este
é o nome que se dá à ausência,
quando a noite e a poeira
dos astros pousam
sobre a ranhura dos olhos.
Albano Martins
Na voz de Luís Gaspar:
2 comentários:
Parabéns pelo aniverário. Mas diz: que devo fazer para ouvir os poemas que publicas em teu blog?
Basta "clicar" na setinha do player...
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