A escritora canadiana Margaret Atwood foi galardoada com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2008 pela sua "esplêndida obra literária", que explora diferentes géneros "com intensidade e ironia", sem esquecer a denúncia das injustiças sociais.
A romancista, poeta e ensaísta nasceu em Ottawa em 1939, e é a primeira mulher agraciada pelos Prémios Príncipe das Astúrias, no valor de 50 mil euros.
Intimista, irónica, defensora dos direitos humanos e da mulher, Atwood colabora com a Amnistia Internacional, com quem defende os direitos territoriais dos índios mohawks, e o seu nome já foi citado para o Prémio Nobel da Literatura.
Aos 19 anos, a autora começou a escrever os seus primeiros poemas, já impregnados de citações mitológicas, e que depois se deslocariam para o interesse pelo mistério, as referências culturais, literárias e pictóricas.
Margaret Atwood costuma dizer que quando escreve um romance "é como se construísse uma casa" e quando faz poesia se sente "como um pássaro que canta". "A poesia é escrita com a mão esquerda e corresponde a uma região do cérebro que é responsável pela música e pelas áreas mais criativas", acrescenta.
Atwood escreve em inglês e francês, e alguns dos seus romances foram adaptados para cinema e teatro, como "A mulher comestível", "O conto da aia", "Vulgo, Grace" e "O assassino cego".
Traduzida para mais de 30 idiomas, Atwood publicou o seu último livro de poesia, "The door", em 2007.
O Prémio Príncipe das Astúrias das Letras já foi concedido a autores como Nélida Piñon, Juan Rulfo, Mario Vargas Llosa, Camilo José Cela, Carlos Fuentes, Günter Grass, Augusto Monterroso, Doris Lessing, Arthur Miller, Paul Auster e Amos Oz.
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