sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Parabéns!


10º ANIVERSÁRIO DO GRUPO O CONTADOR DE HISTÓRIAS
Sexta-feira, 21 de Setembro de 2007, 21.00 h
Casa dos Cubos – Tomar
Entrada livre

• Inauguração da exposição “Isso não se pode mostrar em público!”
• Apresentação do livro infantil “A história do Zeca Garro”
• Recital “Saudação ao Outono”

Foi com um recital intitulado “Saudação ao Outono” que, em Setembro de 1997, Filipe Lopes, João Sampaio, Nuno Garcia Lopes e Nuno Graça Dias deram início, em Tomar, ao grupo O Contador de Histórias. Dez anos depois, com várias mudanças de elenco de que se destacam as entradas de João Patrício e Arlindo Marques, e perto de um milhar de espectáculos e acções de formação efectuados por todo o país, O Contador de Histórias volta a saudar o Outono, convidando muitos dos que já por lá passaram. Será no dia 21 de Setembro, sexta-feira, a partir das 21 horas, na Casa dos Cubos, em Tomar, com a inauguração da exposição “Isso não se pode mostrar em público!”, um olhar divertido e surpreendente sobre a poesia a partir de um conjunto de poemas que o grupo tem trabalhado. Segue-se uma apresentação do mais recente livro com a chancela do colectivo tomarense, “A história do Zeca Garro”, obra para crianças com as habituais preocupações pedagógicas do grupo, e que marca também a estreia de Filipe Lopes como autor. O essencial do serão vai ser preenchido pelo recital comemorativo que recupera o nome do primeiro espectáculo do grupo. Aproveitando as potencialidades cénicas deste novo edifício cultural tomarense, onde a arquitectura tem um valor muito especial, “Saudação ao Outono” será um passeio pela literatura guiado por um conjunto de vozes que têm contribuído ao longo desta década para fazer chegar a poesia mais perto de milhares de portugueses. Um passeio em que, fazendo jus às características do grupo O Contador de Histórias, não vão faltar surpresas, momentos de tensão dramática, mas também de refinado humor.
O grupo O Contador de Histórias foi formado em 1997, no seio do núcleo cultural com o mesmo nome, por um conjunto de amigos tomarenses que tinham em comum a paixão pela poesia e o prazer de partilhar com os outros os textos de que mais gostavam.
Filipe Lopes e Nuno Garcia Lopes vinham da experiência pioneira de um programa de rádio (“Papoilas do Hospício” na Rádio Hertz) em que os textos literários coexistiam em harmonia com músicas alternativas e muito humor. Seguiram-se vários recitais de aprendizagem até que a ocasião do lançamento da “Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa” coordenada por Pedro Mexia, no âmbito dos encontros Setembro Poesia em Tomar, serviu de estreia para o grupo. E todos perceberam que não era mais um grupo de jograis ou de declamadores convencionais quando, perante uma plateia bem exigente, os quatro elementos começaram por dizer “Nós pimba”, a letra politicamente incorrecta de uma cançoneta de Emanuel, com o vigor e a entoação da melhor poesia. Estavam lançados os dados para uma carreira em que a ironia e a irreverência têm andado sempre de mãos dadas com o objectivo primeiro do colectivo: promover a leitura. Os anos que se seguiram incluíram um crescendo de recitais em Tomar e um equívoco determinante para o futuro: por causa de um nome que parecia óbvio mas não pretendia sê-lo, os elementos do grupo foram confundidos com contadores de histórias, actividade que dava os primeiros passos em direcção à pujança que tem hoje no país. E essa confusão levou a que começassem a surgir convites para sessões de conto… cuja insistência obrigou a uma inesperada especialização do grupo, então já constituído pelo seu núcleo duro – João Patrício, Filipe Lopes e Nuno Garcia Lopes. Foi a partir daí que, quando se percebeu que havia um trabalho consistente, O Contador de Histórias admitiu sair do aconchego da terra natal e começar a andarilhar pelo país. Seguiram-se anos de crescimento bem alicerçado. A qualidade do trabalho que apresentava levou a que o grupo começasse a ser presença regular em bibliotecas e escolas dos vários graus de ensino de todo o país. Entidades de relevo convidaram-no para o estabelecimento de parcerias: a Fundação do Gil, o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, a Associação de Professores de Português, a Associação de Profissionais de Educação e Infância, entre outras. A experiência dos seus elementos conduziu a convites para a participação nalguns dos principais encontros nacionais, bem como em instituições de ensino superior. E a percepção de que essa experiência era útil levou à criação de oficinas para pais e professores, que se revelaram um sucesso.
Hoje, 21 de Setembro de 2007, o grupo O Contador de Histórias vai fazer mais um recital como se fosse a primeira vez.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Grande abraço aos Lopes Brothers.
Dez anos é muito tempo, muitas horas muitos dias a...declamar.