Espáduas brancas palpitantes:
Asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
Para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vozes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
Embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
Presa na teia dos seus ardis.
Natália Correia
(1955)
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