domingo, 6 de maio de 2007
Depois das antologias "Poesia 1997/2000" e "Poesia 2001/2005" de Vasco Graça Moura, editadas pela Quetzal Editores, acaba de sair "Poesia 1963/1995", completando-se assim, em 3 volumes, mais de 40 anos de poesia de Vasco Graça Moura.
Vasco Graça Moura, figura destacada da cultura e da vida pública portuguesas, autor de uma vasta obra ficcional e poética, é também ensaísta, dramaturgo, cronista e tradutor.
Nasceu em 1942 no Porto, cidade em que veio a exercer advocacia entre 1966 e 1983, e a ser membro da primeira comissão administrativa nomeada para a Câmara Municipal a seguir ao 25 de Abril.
Ocupou vários cargos institucionais, nomeadamente, os de Secretário de Estado nos IV e VI Governos Provisórios, em 1975, Deputado à Assembleia Constituinte (1975-1976), Director de Programas do Primeiro Canal da RTP, em 1978, e Administrador da Imprensa Nacional - Casa da Moeda, entre 1979 e 1989.
Além de Comissário-Geral da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1989-1995), foi ainda Comissário de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha de 1992, e Comissário de Portugal para a exposição internacional «Cristoforo Colombo, il naviglio e il mare» (Génova, 1992).
Dirigiu o Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1996. Colabora regularmente com a televisão, a rádio, jornais e revistas. É Deputado ao Parlamento Europeu desde 1999, tendo sido reeleito em 2004.
Recebeu inúmeros prémios literários, entre os quais o Prémio Pessoa (1995), o Prémio de Poesia do PEN Clube (1997), e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1997).
Foi galardoado em 2007 com o Prémio Vergílio Ferreira e com o prémio de poesia Max Jacob étranger.
nota sobre um autor
no seu elenco de alusões, nos seus
aspectos narrativos, ele procura
um suporte possível das veemências
que o leitor há-de, e só ele,
incutir na prosódia, a neutra
regularidade sem cadências, ou,
se preferes, o apagamento para
a respiração correcta do seu texto. não
tende para o silêncio, mas apenas
para a pausa e para os nomes de um real
esgaravatado em chão obscuro.
quando sonha ou espera está acordado
para o atravessamento de algumas
dobras do mundo. as presenças
são sempre verbais e solidárias, mesmo se apenas
perguntas tristes. e o coração é mental
e só lhe interessa na surpresa de uma
relação cerce. recupera uma alheia divisa,
poeta até o embigo, os baixos prosa.
talvez não acredite no dizível.
Vasco Graça Moura
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