Sombras azuladas. Oh, olhos de mágoas
Que me olham longamente ao deslizar.
Guitarras nos jardins, a acompanhar
O outono e a dissolver-se em escuras águas.
Duras trevas da morte, construídas
Por mãos nínficas, rubros seios sugados
Por lábios podres, e os cabelos molhados
Do jovem nas águas enegrecidas.
Georg Trakl
(1913)
(tradução de João Barrento)
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