Sono e morte, as sombrias águias
Esvoaçam toda a noite ao redor desta cabeça:
A vaca gelada da eternidade
Engolindo a imagem dourada
Do homem. Em tenebrosos recifes
Despedaça-se o corpo purpúreo
E a voz grave lamenta-se
Sobre o mar.
Irmã de amotinada melancolia
Olha, um barco angustiado afunda -se
Sob estrelas,
Sob o rosto silencioso da noite.
Georg Trakl
(1914)
(tradução de João Barrento)
Sem comentários:
Enviar um comentário