Josep Carner nasceu em 9 de Fevereiro de 1884, em Barcelona. Desde cedo revelou o seu génio e a sua precocidade: começou a colaborar aos doze anos em diversas publicações literárias, aos dezoito licenciou-se em Direito e aos vinte em Filosofia e Letras. Em 1907 já tinha publicados quatro livros de poesia, entre os quais “Els fruits saborosos”, o seu primeiro grande êxito. Em 1911 entrou para a Secção Filológica do Instituto de Estudos Catalães, onde colaborou com Pompeu Fabra.
Carner era um profissional da cultura: escrevia diariamente um sem número de artigos, notas, poemas... E ainda traduzia autores como Shakespeare, Molière, Dickens, George Elliot, Mark Twain, La Fontaine, Daniel Defoe, Lewis Carroll, Francesc d'Assís... Também escreveu teatro, como “El giravolt de maig” (1928), “El Ben Cofat i l'Altre” (1951) e “Cop de vent” (1966).
Durante a Guerra Civil Espanhola, Carner foi um dos poucos diplomatas que se manteve fiel à República, tendo sido obrigado a um exílio em 1939 (primeiro no México, e, a partir de 1945, em Bruxelas, onde foi professor universitário).
Em 1941 publicou o longo poema “Nabi” e em 1957 “Poesia”, onde juntou, reveu e organizou a sua obra poética. Estes dois livros, publicados no exílio, foram os que levaram Carner a ser considerado um dos mais importantes poetas catalães, apelidado de “Príncipe dos poetas”.
Foi membro do Conselho Executivo da Sociedade Europeia de Cultura e foi doutorado honoris causa pela Universidade d'Aix-Marseille.
Assinou em 1952 um documento endereçado à UNESCO contra a repressão na Catalunha e em 1955, um documento endereçado à Comissão dos Direitos Humanos da ONU, denunciando a repressão franquista contra a cultura catalã. Em 1959, aquando da morte de Carles Riba, Josep Carner substituiu-o como presidente do Centro Catalão do PEN Club no exílio.
Carner regressou à Catalunha pouco antes de morrer, em Junho de 1970, em Bruxelas.
Toda a sua obra — os livros de poesia, a prosa, o jornalismo, o teatro, as traduções — a sua actividade cultural e intelectual e, ainda, a sua intervenção cívica, ao longo de mais de meio século, permitem-nos a referência a Josep Carner como um dos maiores nomes literários do século XX, não só da cultura catalã, mas do Mundo.
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off topic: bom poeta: Victor Campio Pereira Gonzalez
off topic, bom poeta: Antonio Salvado
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