Else Lasker-Schüller nasceu em Elberfeld no dia 11 de Fevereiro de 1869. Poetisa, escritora e artista plástica, Else era judia, sobrinha de um rabino. E narrou, no seu volume de prosa "Konzert" de 1932, uma infância em que não soube distinguir as fronteiras entre a fantasia e a realidade. Em 1894 casou com um médico de Berlim, o Dr. Bertold Lasker, de quem se separou passados alguns anos, insatisfeita com a vida burguesa. As suas primeiras poesias apareceram em 1899, na revista Die Gesellschaft (A Sociedade), fazendo a sua estreia num círculo literário de Berlim. Entre 1901 e 1911 esteve casada com Herwarth Waldeen (pseudónimo de Georg Lewin), tendo acompanhado o início da sua carreira literária e a fundação da famosa revista expressionista Der Sturm. O seu primeiro livro de poesia "Styx", foi publicado em 1902.
No período expressionista, e depois de se divorciar de Georg Lewin, entrou em contacto com a nova geração de poetas, convivendo com Franz Werfel, Franz Marc, Oscar Kokoschka, Georg Trakl e Karl Kraus (entre outros) nos cafés de Berlim, o segundo lar de muitos jovens artistas e intelectuais berlinenses da época. Foi nesses cafés que Else escreveu muitos dos seus poemas expressionistas, publicados com o título "Meine Wunder" (Minha Maravilha). Em 1913 publicou "Hebraische Balladen" (Baladas Hebraicas), uma colecção de poemas inspirados nas figuras da Bíblia.
Em 1925 cortou relações com os seus editores e depois disso poucas publicações suas apareceram. Os últimos anos de Else foram trágicos, sobretudo depois da morte do filho Paul, em 1927, vítima de tuberculose. Recebeu o Prémio Kleist para Literatura em 1932. Em 1933 foi para a Suíça, fugindo ao nazismo, de que também foi vítima. Fixou-se mais tarde na Palestina, onde viveu na maior miséria até à morte.
A sua última publicação em vida, é de 1943, com o livro de poemas "Mein Blaues Klavier" (O meu Piano Azul).
Else conhecia a magia das palavras e conjurava nos seus versos um mundo melhor e mais belo, embelezando o mundo com a magia da sua fantasia, tentando torná-lo luminoso e sereno.
"É em nós que devemos procurar o céu. Ele floresce de preferência no Homem. E quem o encontrou, devia cultivar o céu das suas flores", escreveu num dos seus livros "Mein Herz" (O meu Coração).
Else Lasker-Schüller morreu em Jerusalém em 1945 e foi sepultada no Monte das Oliveiras.
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