quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Cofre guarda nos Açores exemplar raro de “Os Lusíadas”




Um cofre climatizado guarda uma das principais raridades do acervo da Biblioteca Pública de Arquivo de Ponta Delgada, nos Açores: um dos seis exemplares da primeira edição de “Os Lusíadas”, de 1572.
Pela sua raridade e valor histórico, a obra maior de Luís Vaz de Camões, que narra os feitos dos descobrimentos portugueses, está cercada de cuidados e não teve qualquer pedido de consulta durante 2006; tem sido apenas solicitada por investigadores e estudiosos, a maioria dos quais professores universitários.
Apesar da fragilidade, o livro, de 18 centímetros de altura, editado em Lisboa, está em bom estado de conservação, e pode ser consultado pelo público, apenas com certas regras a cumprir.
A primeira edição de "Os Lusíadas" faz parte dos cerca de 18 mil títulos da biblioteca pessoal de José do Canto, que engloba livros do século XV ao XIX , adquiridos em Maio 1942 pela instituição.
A colecção particular do bibliófilo contém quase todas as primeiras edições de autores portugueses contemporâneos, como Alexandre Herculano, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós, e alguns estrangeiros como Darwin e Dumas (pai e filho), num total de cerca de 110 edições portuguesas publicadas entre 1572 e 1892. A colecção inclui ainda cerca de 105 edições estrangeiras, traduzidas em húngaro, alemão, inglês, francês, italiano, espanhol, russo e japonês.
Para facilitar o acesso das obras mais consultadas e de maior valor histórico, a Biblioteca está a proceder à digitalização dos seus títulos, um serviço que deverá ser disponibilizado parcialmente durante este ano.
Além da colecção privada de José do Canto, a Biblioteca Pública de Arquivo de Ponta Delgada conta com o acervo de nomes como Ernesto do Canto, Marquês Jácome Correia, Teófilo Braga, Natália Correia, Mota Amaral, entre outros.

1 comentário:

Anónimo disse...

Inês, Alma Minha Gentil...

O teu blogue está a tornar-se numa raridade.
Raridade de informação, de saber e de ternura.
É tão bom ler-te...
Luís Pinto