quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a crescer
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu pássaro cinzento
A chorar a lonjura do nosso afastamento

Meu amor meu amor
meu nó de sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.


José Carlos Ary dos Santos

Na voz de Vítor de Sousa:

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