domingo, 26 de novembro de 2006

Na estante de culto

"o texto. texto superfície. inerte. superfície que o papel sustenta. material à superfície. e se percorre de gestos minúsculos. e de olhos. num ritmo regular. leitura escrita. ou os grupos de sinais animados. em silêncio. um fluxo. logo uma torrente. se agrupam. se montam. se desfazem em sequências. linhas. frases. em fragmentos. difundindo. alastrando em várias direcções."


















"Corpos radiantes"

E. M. de Melo e Castro

Edição & etc

(1982)
Capa de Carlos Ferreiro

um livro. trangressor. um poeta que interroga o silêncio. e o significado das palavras. e recria as palavras. um livro sobre a fantasmática do verbo. um livro sobre o papel das palavras. escrito com as nossas palavras. recomendo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sim, tens toda a razão...um livro de culto...desde 82, e caberá aqui fazer um PAREN-TESIS –pag,64– (e são tantos os que a & Etc...nos deu/dá) só quero lembrar a epígrafe, se me permites:
“No estado semântico as palavras são corpos radiantes, óvnis portáteis, ao alcance de todos.”
Anónimo (colectivo?)
Do Séc. I D.A.
D.A. = depois do Apocalipse
E acrescentaria o que nos diz a astronomia “radiantes” é o local de origem dos meteoros...

Anónimo disse...

O Ernesto é referência fundamental para mim. Os "Caralhamas" (1975) podem ser considerados como antepassados e pais de "De boas erecções está o Inferno cheio".
Muitos dos seus poemas me ficaram a bailar na mente.