segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Companhia Chão de Oliva encena poemas de Cesário Verde
A companhia de teatro Chão de Oliva, de Sintra, vai levar a palco poemas e cartas de Cesário Verde no espectáculo «Se eu não morresse, nunca!», a estrear a 19 de Outubro.
A partir de poemas e excertos de cartas de Cesário Verde, o encenador João de Mello Alvim criou um espectáculo assente em apenas três actores, que tratam o texto não de uma forma declamatória, mas como se fosse um texto de prosa.
A recolha de textos coube a Manuel Sanches a partir de «O Livro de Cesário Verde», compilado por Silva Pinto e editado em 1887, um ano após a morte do poeta, assim como de novas edições a cargo de Joel Serrão e Teresa Sobral Cunha, que reúne 32 cartas e um texto crítico de Fernando Pessoa.
Esta é a segunda vez que a companhia Chão de Oliva aborda um texto poético, depois de em 1998 ter estreado uma peça a partir da poesia de Alexandre O'Neill.
A peça «Se eu não morresse, nunca!» estará em cena de 19 de Outubro a 19 de Novembro na Casa Teatro de Sintra. A companhia não exclui encenar também outros poetas, como Camilo Pessanha, Antero de Quental ou Mário de Sá-Carneiro.
Cesário Verde é considerado um dos poetas que melhor descreveu o quotidiano e a dicotomia campo/cidade.
Morreu em 1886 com apenas 31 anos sem ter publicado qualquer obra poética.
Um ano após a sua morte, Silva Pinto, amigo do escritor, compilou os seus poemas em «O Livro de Cesário Verde».
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