António Victor Ramos Rosa nasceu em Faro, em 17 de Outubro de 1924. Nos anos 50, altura em que era apenas conhecido como crítico literário e ensaísta, foi fundador e/ou co director das revistas literárias "Árvore", "Cassiopeia" e "Cadernos do Meio Dia", tendo também colaborado em diversas publicações francesas, espanholas e brasileiras. É com a publicação do livro "Grito Claro" que se torna conhecido como poeta.
Organizou e prefaciou várias antologias e foi tradutor de algumas obras.
A sua poesia figura em inúmeras antologias estrangeiras, nomeadamente na Europa e América Latina. Estão reflectidos, ao longo da sua obra, desde o subjectivismo inicial ao cultivo puramente objectivo, elementos neo-realistas, surrealistas, neo-clássicos e neo-barrocos.
A sua obra tem sido reconhecida publicamente, e a comprová-lo está a crescente acumulação de prémios relacionados com a sua actividade e os recitais que são realizados com os poemas do autor. O seu nome também já foi apontado como candidato ao Prémio Nobel da Literatura.
Em 1976 recebeu o prémio de tradução da Fondation de Hautvilliers e em 1988 foi-lhe atribuído o Prémio Fernando Pessoa. Recentemente, o Prémio literário do PEN Clube Português (27.ª edição), referente à obra editada em 2005, na modalidade de Poesia foi atribuído a António Ramos Rosa pelo livro "Génese" (Roma Editora).
Obra: O grito claro (Poesia), 1958, Viagem através duma nebulosa (Poesia), 1960, Voz inicial (Poesia), 1960, Sobre o rosto da terra (Poesia), 1961, Poesia, liberdade livre, 1962 ; 1986, Ocupação do espaço (Poesia), 1963, Terrear (Poesia), 1964, Estou vivo e escrevo sol (Poesia), 1966, A construção do corpo (Poesia), 1969, Líricas Portuguesas: 4.ª série, selec., pref. e notas de Ramos Rosa (Antologia Poética), 1969, Nos seus olhos de silêncio (Poesia), 1970, A pedra nua (Poesia), 1972, Horizonte imediato (Antologia), 1974, Não posso adiar o coração. Obra poética, 1º vol (Antologia), 1974, Ciclo do cavalo (Poesia), 1975, Animal olhar. Obra poética, 2º vol. (Antologia), 1975, Respirar a sombra viva. Obra poética, 3º vol. (Antologia), 1975, Boca incompleta (Poesia), 1977, A imagem (Poesia), 1977, A palavra e o lugar (Antologia), 1977, As marcas no deserto (Poesia), 1978 ; 1980, A nuvem sobre a página (Poesia), 1978, Círculo aberto (Poesia), 1979, A poesia moderna e a interrogação do real, 2 vols., 1979 ; 1980, Figurações (Poesia), 1979, Declives (Poesia), 1980, Le domaine enchanté (Poesia), 1980, O incêndio dos aspectos (Poesia), 1980, Figuras: fragmentos (Poesia), 1980, O centro na distância (Poesia), 1981, O incerto exacto (Poesia), 1982, Gravitações (Poesia), 1983, Quando o inexorável (Poesia), 1983, Matéria de amor (Antologia), 1983, Dinâmica subtil (Poesia), 1984, Ficção (Poesia), 1985, Mediadoras (Poesia), 1985, Clareiras (Poesia), 1986, Vinte poemas para Albano Martins (Poesia), 1986, Volante verde (Poesia), 1986, Incisões oblíquas, 1987, No calcanhar do vento (Poesia), 1987, A mão de água e a mão de fogo (Antologia), 1987, O deus nu(lo) (Poesia), 1988, O livro da ignorância (Poesia), 1988, Duas águas: um rio, em col. (Poesia), em colab. com Casimiro de Brito, 1989 ; 2002, Acordes (Poesia), 1989, Três lições materiais (Poesia), 1989, Obra poética, 1º vol. (Antologia), 1989, Estrias (Poesia), 1990, O não e o sim (Poesia), 1990, Facilidade do ar (Poesia), 1990, Oásis branco (Poesia), 1991, A intacta ferida (Poesia), 1991, A rosa esquerda (Poesia), 1991, A parede azul. Estudos sobre poesia e artes plásticas, 1991, Rotações, em col. (Poesia), em colab. com Agripina Costa Marques, Carlos Poças Falcão, 1991, As armas imprecisas (Poesia), 1992, Clamores (Poesia), 1992, Dezassete poemas (Poesia), 1992, Pólen-silêncio (Poesia), 1992, Lâmpadas com alguns insectos (Poesia), 1993, O centro inteiro, em col. (Poesia), em colab. com Agripina Costa Marques, António Magalhães, 1993, O navio da matéria (Poesia), 1994, O teu rosto (Poesia), 1994 ; 2002, Três (Poesia), 1995, À la table du vent, ed. bilingue, trad. Patrick Quillier, pref. Robert Brechon (Poesia), 1995, Delta seguido de Pela primeira vez (Poesia), 1996, Figuras solares (Poesia), 1996, Nomes de ninguém (Poesia), 1997, À mesa do vento seguido de As espirais de Dioniso (Poesia), 1997, Versões/Inversões (Poesia), 1997, Poemas escolhidos, org. Maria Filipe Ramos Rosa (Antologia), 1997, A imagem e o desejo (Poesia), 1998, A imobilidade fulminante (Poesia), 1998, Pátria soberana seguido de Nova ficção (Poesia), 1999 ; 2001, O princípio da água (Poesia), 2000, As palavras (Poesia), 2001, Antologia poética, pref., selec. e bibliog. de Ana Paula Coutinho Mendes (Antologia), 2001, Deambulações oblíquas (Poesia), 2001, O deus da incerta ignorância seguido de Incertezas ou evidências (Poesia), 2001, O aprendiz secreto (Poesia), 2001, Os volúveis diademas (Poesia), 2002, O alvor do mundo. Diálogo poético, em col. (Poesia), 2002, Cada árvore é um ser para ser em nós (Poesia), 2002, O sol é todo o espaço (Poesia), 2002, Os animais do sol e da sombra seguido de O corpo inicial (Poesia), 2003, Meditações metapoéticas, em col. c/ Robert Bréchon (Poesia), 2003, O que não pode ser dito (Poesia), 2003, Relâmpago do nada (Poesia), 2004, O poeta na rua. Antologia portátil, sel. e pref. de Ana Paula Coutinho Neves (Antologia Poética), 2004, Génese seguido de Constelações (Poesia), 2005.
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